Mário Moreno/ setembro 26, 2017/ Artigos

Chuva

O que é a chuva? Essa parece uma pergunta muito óbvia, mas a Enciclopédia nos responde assim: “Chuva é um fenômeno meteorológico que resulta da precipitação das gotas líquidas ou sólidas da água das nuvens sobre a superfície da Terra”.

Dada esta definição poderíamos afirmar que as chuvas vêm das nuvens que estão nos céus. Porém vamos descobrir que essa é uma definição muito pobre e simplista, pois a chuva tem ligações com os céus, mas não somente com as nuvens!

A chuva vem do Eterno

Pela Escritura podemos afirmar que as chuvas vêm do Eterno e que é Ele quem controla aquilo que julgamos ser um “Fenômeno meteorológico” que se manifesta em conjunto com o “clima” e as condições geográficas de cada localidade.

A dádiva da chuva está ligada a bondade do Eterno e a outros fatores que veremos mais adiante, mas por hora vamos entender a origem das chuvas. A escritura no diz:

“Tu, ó Elohim, mandaste a chuva em abundância, confortaste a tua herança, quando estava cansada” Sl 68.9.

“Ele descerá como a chuva sobre a erva ceifada, como os chuveiros que umedecem a terra” Sl 72.6.

“O qual passando pelo vale de Baca, faz dele uma fonte; a chuva também enche os tanques” Sl 84.6.

“Faz subir os vapores das extremidades da terra: faz os relâmpagos para a chuva: tira os ventos dos seus tesouros” Sl 135.7.

“Ele é que cobre os céus de nuvens, que prepara a chuva para a terra, e que faz produzir erva sobre os montes” Sl 147.8.

“…para que sejais filhos do vosso pai que está nos céus; porque faz que o seu sol se levante sobre maus e bons e a chuva desça sobre justos e injustos” Mt 5.45.

Estes versos simplesmente comprovam aquilo que já sabemos: que as chuvas vêm do Eterno e que este “fenômeno” é na realidade uma manifestação de uma faceta da personalidade do Eterno em todo o planeta. A chuva traz “descanso” para aqueles que enfrentam uma estiagem prolongada e buscam por um “refrigério”; neste caso há um renascimento que vem através da chuva!

A chuva enche os “tanques” e os reservatórios de água e permite que o homem possa guardar ali o suprimento para sua manutenção nos meses em que as chuvas não são tão constantes. A precipitação da chuva faz com que a terra produza seu produto desde a erva até as flores e frutos!

O profeta Jeremias exorta aos israelitas que temam ao Eterno para que Ele envie a chuva nas épocas determinadas para que a colheita possa ser feita e a nação possa ter mantimento em abundância!

Ieshua fala sobre a chuva vindo sobre justos e injustos como uma bênção! Aqui Ele cita o sol em conjunto com a chuva, pois o trabalho de ambos é que faz com que a terra produza seus frutos. Só a ação do sol traria a seca e mataria a vegetação; só a ação da chuva inundaria o solo e faria com que a erva apodrecesse, pois a terra necessita do sol para disparar e dar continuidade no processo de crescimento da vegetação.

Até este momento podemos entender que a chuva é muito importante não somente para o planeta como também para o homem!

A chuva como Benção

A chuva é encarada nas Escrituras como uma forma de premiar o homem por sua obediência ao Eterno. E a chuva para cumprir seu papel deve chegar numa boa medida e numa época propícia e é justamente isso que as Escrituras nos prometem: “Então darei a chuva da vossa terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu grão, e o teu mosto e o teu azeite” Dt 11.14. Quando somos obedientes a chuva vem a seu tempo e faz com que o nosso trabalho obtenha um resultado desejado, ou seja, colheremos os frutos daquilo que plantamos e nosso trabalho será recompensado!

Uma outra característica da chuva é que ela faz parte do “tesouro dos céus” e que traz bênçãos aos servos do Eterno. “O IHVH te abrirá o seu bom tesouro, os céus, para dar chuva à tua terra no seu tempo, e para abençoar toda a obra das tuas mãos; e emprestarás a muitas gentes, porém tu não tomarás emprestado” Dt 28.12. Esta benção está ligada inclusive ao nosso sucesso! O Eterno faz com que nosso trabalho possa dar muitos frutos e desta forma recebemos o sucesso que advém da obediência!

Maldição

A outra faceta disso é a falta de chuva, que pode ser interpretada como uma forma de “maldição”. A Torah nos diz o seguinte: “O IHVH por chuva da tua terra te dará pó e poeira; dos céus descerá sobre ti, até que pereças” Dt 28.24. A falta de chuva é então uma forma de juízo e que fará com que o desobediente receba o “pó e a poeira” em lugar da chuva e estas coisas virão dos céus!

O pecado faz com que os céus fiquem fechados para aquelas pessoas que não querem se curvar diante do Eterno! A maior quantidade de desertos está na Ásia (5) vindo logo depois a África (3) e quando olhamos para estes dois continentes nos lembramos da grande quantidade de idolatria e feitiçaria que estes continentes abarcam; os povos que vivem ali são de fato extremamente idólatras e buscam também na feitiçaria a solução de seus problemas.

Uma outra questão é que com a migração o maligno tem usado pessoas para viajarem de um lado ao outro do mundo levando suas “filosofias” e exportando “demônios” e religiões das mais diversas mas que tem uma característica em comum: a desobediência à Palavra do Eterno! Então a Escritura nos adverte: “Quando os céus se cerrarem, e não houver chuva, por terem pecado contra ti, e orarem neste lugar, e confessarem o teu nome, e se converterem dos seus pecados, havendo-os tu afligido” I Rs 8.35. O pecado fecha os céus! E não só isso, o pecado traz consigo mais outras consequências que são: “Se eu cerrar os céus, e não houver chuva; ou se ordenar aos gafanhotos que consumam a terra; ou se enviar a peste entre o meu povo” II Cr 7.13.

Vamos destacar aqui que, além de fechar os céus para a chuva o pecado traz consigo as pragas da “natureza” como os gafanhotos que consomem o restante da plantação que conseguiu sobreviver com a pouca chuva e também a peste, que pode ser entendida como doenças que virão sobre as pessoas e serão arrasadoras! É importante lembrar que as maiores epidemias vieram destes dois continentes na atualidade como a gripe asiática, a AIDS e mais recentemente o Ebola!

Será que conseguimos entender que a chuva – ou a falta delas – é um sinal dado pelos céus como um “termômetro” para sinalizar o nível de espiritualidade e obediência ao Eterno? Vamos nos lembrar de que isso ocorre também no Brasil onde temos duas regiões que são atingidas de forma muito clara com esse “sinal”: a região nordeste e a região sul. O nordeste já é conhecido por suas áreas áridas porém na região sul isso é mais raro mas acontece no Rio Grande do Sul, estado que, segundo informações, possui o maior número de feiticeiros e bruxos em toda a nação! Já no nordeste a idolatria é muito intensa e foi disseminada de uma forma tão profunda que gera uma “devoção” doentia nas pessoas, que preferem adorar a uma estátua – seja ela de quem for – a adorar ao Criador dos céus e da terra!

Todos os crentes no Brasil precisam orar para que o Eterno possa ter Sua Palavra alcançando a vida destas pessoas e trazendo-lhes salvação. Certamente isso não findará até a vinda de Ieshua, pois tais pessoas ESCOLHERAM servir aos demônios em lugar de servir ao Eterno e isso trará consequências não somente aqui na terra como também na eternidade!

A oração por chuvas

Na tradição judaica existem orações que são feitas para que as chuvas possam vir na estação certa e além das orações a Festa de Sucot também está ligada à chuva que será enviada no ano para a nação que a Celebrar.

Vejamos o que diz a tradição judaica sobre isso:

“Na festa de Shemini Atsêret, o serviço de Mussaf (Prece Adicional) começa com uma bênção especial com pedidos pela chuva. Desde aquela época, e durante os meses de inverno, até o primeiro dia de Pêssach, pronunciamos na Amidá as palavras “Mashiv haruach umorid hagueshem” – “Aquele que faz o vento soprar e a chuva cair”.

No primeiro dia de Pêssach, uma prece similar por tal, orvalho, é recitada, e do primeiro dia de Pêssach em diante, durante todo os meses de verão, as palavras “Mashiv haruach…”, são substituídas pelas palavras “Morid hatal” – “Aquele que faz cair o orvalho”.

A razão para estas preces especiais é bem compreensível. Os meses de inverno na Terra de Israel formam a estação chuvosa, e toda a vida do país depende da chuva. Se cai chuva na época apropriada e em quantidade suficiente, o solo irrigado produz frutas e colheitas abundantes; caso contrário, o país está fadado à fome e à escassez.

Durante os meses de verão não há chuva; é a estação seca. Nestes meses, a terra ficaria completamente ressecada, a camada superior do solo se transformaria em pó e seria levada pelo vento. A terra se tornaria um deserto estéril se não fosse pelo orvalho que cai no solo frio ensopando a terra com a umidade suave do orvalho, e que cintila sob os primeiros raios de sol da manhã.

Assim, a chuva no inverno, e o orvalho no verão, são vitais para sustentar a vida. E como os judeus reconhecem que D’us é o Dono do mundo, que domina o vento e as nuvens, que faz chover quando e onde deseja, nos voltamos para Ele através de nossas preces; chuva em Shemini Atsêret, no início do inverno; orvalho em Pêssach na primavera, no início do verão”.

Fonte: http://www.chabad.org.br/datas/shemini/shi003.html.

Isso nos mostra a importância da realização das Festas Bíblicas e neste caso da Festa de Sucot! O profeta Zacarias fala sobre esta festa e adverte: “E acontecerá que, todos os que restarem de todas as nações que vieram contra Jerusalém, subirão de ano em ano para adorarem o Rei, o IHVH dos Exércitos, e celebrarem a festa das cabanas. E acontecerá que se alguma das famílias da terra não subir a Jerusalém, para adorar o Rei, o IHVH dos Exércitos, não virá sobre ela a chuva” Zc 14.16-17.

Então para que a chuva aconteça da forma correta e no tempo certo é necessário que haja a obediência. E isso só acontece para aquelas pessoas que temem ao Eterno! O profeta Jeremias nos informa: “E não dizem no seu coração: Temamos agora ao IHVH nosso Elohim, que dá chuva, a temporã e a tardia, a seu tempo; e as semanas determinadas da sega nos conserva” Jr 5.24. Ele liga o temor ao Eterno às chuvas e consequentemente à colheita – sega.

Esse verso então pode nos enviar a uma outra conclusão: a falta de chuvas é consequência da falta de temor – e obediência – ao Eterno! O salmista diz: “Elohim faz que o solitário viva em família: liberta aqueles que estão presos em grilhões; mas os rebeldes habitam no deserto” Sl 68.6.

Aqui temos três coisas que estão num mesmo contexto: o solitário que passa a ter uma família; a libertação dos presos e o rebelde que vive no deserto! Duas coisas são positivas e elas acontecem por causa do grande amor do Eterno para com o homem; porém ao rebelde Ele trata de uma outra forma.

Vamos analisar as palavras finais deste texto para podermos entender o que o autor nos diz: “mas os rebeldes habitam no deserto”. A palavra “rebelde” aqui vem do termo hebraico XEQ” sur, que significa “desviar-se, afastar-se”. Então podemos inferir que o deserto – ou os lugares muito “secos” – é o lugar onde estão os que se desviaram da presença do Eterno! A seca vem então como uma forma de dizer às pessoas que elas precisam retornar para o Eterno. A falta de água é um sinal que deveria acender uma luz de alerta aos que conhecem ao Eterno e à Sua Palavra, pois quando a chuva não vem isso é sinal de perigo! Algo está acontecendo no reino espiritual na forma de “infidelidade” ao Eterno, ou seja, menos pessoas estão se preocupando em obedecer aos preceitos dos céus e como consequência a terra recebe menos chuva. Isso afeta não somente na economia como também na saúde das pessoas, pois os desobedientes atraem sobre si um maior número de enfermidades que são lançadas pelas trevas e atingem de forma certeira aos desobedientes!

Por isso é tão importante notarmos que a própria “natureza” denuncia o nível espiritual que estamos vivenciando e o quanto necessitamos orar não somente por nós e nossos queridos, mas pela nossa nação e pelos governantes, pois eles podem de fato trazer um grau maior ou menor de obediência ao Eterno e influenciar a vida de muitas pessoas.

Conclusão:

Podemos então concluir que vivemos em tempos em que o conhecimento do Eterno e de Sua Palavra estão em todo o mundo e as pessoas podem optar por servir aos céus ou ao inferno.

Nós como crentes no Ungido Ieshua devemos nos levantar e trazer à nossa geração não somente a Palavra do Eterno como também um exemplo de obediência e de santidade para que tenhamos condições de influenciar os desobedientes a abandonarem seus maus caminhos e se converterem a Ieshua, o verdadeiro Redentor da humanidade e o único que pode interceder por nós nos céus!

Baruch há Shem!

Mário Moreno.