Mário Moreno/ janeiro 15, 2018/ Artigos

Conflito Israel Líbano

HISTÓRIA – Os antecedentes

Com o fim da Primeira Guerra Mundial e a vitória sobre o império Otomano, os britânicos passaram a controlar a região da Palestina ou Terra Santa. Na mesma época, o movimento sionista ganha força e, em 1917, é divulgada a Declaração de Balfour, que defende a criação de um Estado judeu na região.

Após uma série de conflitos entre árabes, judeus e ingleses, as Nações Unidas aprovam – com forte apoio norte-americano – a criação de um Estado judeu e o fim do mandato dos britânicos na região é marcado para 14 de maio de 1948.

No mesmo dia, os dois principais líderes judeus, Chaim Weizmann (principal figura da Organização Sionista Mundial) e David Ben-Gurion anunciam a Declaração de Independência do Estado de Israel. Os regimes árabes não aceitaram a criação de Israel como proposto pela ONU – os judeus, que eram minoria da população da região, controlavam praticamente todo o território.

Os principais líderes da região se uniram em uma guerra contra o novo país com o objetivo de destruí-lo. A Guerra de 1948-49 foi a primeira de muitas que Israel viria a enfrentar.

Mas os árabes, que começaram a guerra com certa vantagem, não atingiram seu objetivo. Com apoio norte-americano, os israelenses conseguiram conter a invasão de seus vizinhos e ainda conquistaram territórios ao norte e, principalmente, ao sul.

Esta primeira guerra criou um dos mais complicados problemas para a paz na região: um imenso número de palestinos refugiados. Já na época eles eram mais de 300 mil. Os palestinos, árabes que viviam na região antes da criação do Estado de Israel, ficaram sem uma nação. Muitos fugiram para o Líbano, ao norte, para Gaza, ao sul, ou para a Jordânia, a leste, região hoje conhecida como Margem Ocidental.

Entenda os conflitos

Em 14 de maio de 1948, uma resolução da ONU dividiu o território da Palestina entre árabes e judeus, criando o Estado de Israel.

Todos os regimes árabes da época rejeitaram a criação de Israel, e prometaram destruir o novo Estado judeu. Era o começo do conflito, que já dura mais de 50 anos.

Após vários anos de guerra, em 1967, Israel invadiu e tomou a Margem Ocidental (controlado pela Jordânia), incluindo a cidade de Jerusalém, as colinas de Golã (que pertenciam à Síria), e a faixa de Gaza (Egito).

A bem-sucedida invasão, que durou apenas seis dias, criou uma enorme quantidade de refugiados palestinos, que viviam nas áreas invadidas.

A partir da década de 70 começaram a surgir importantes grupos terroristas, como o Hamas e o Hizbollah, que, segundo Israel, têm o financiamento e a colaboração de países como Líbano, Irã e Síria.

Com a finalidade de se proteger de ataques terroristas contra o norte de seu território, Israel invadiu o Líbano, para onde os grupos terroristas fugiram depois de terem sido expulsos pela Jordânia.

Em 1993, o então primeiro-ministro israelense Yitzak Rabin (assassinado em 1995 por um extremista judeu) e o líder palestino, Iasser Arafat, fecharam o primeiro acordo que daria o controle da Margem Ocidental e da faixa de Gaza aos palestinos. Conhecido como o Acordo de Oslo, é a base para o processo de paz discutido entre Israel e a Autoridade Palestina.

HISTÓRIA – Cronologia do processo de paz

(Desde os acordos de Oslo em setembro de 1993)

1993
– 13 de setembro: Depois de seis meses de negociações secretas em Oslo (Noruega), Israel e a OLP (Organização pela Libertação da Palestina) chegam a um primeiro acordo sobre uma autonomia palestina transitória.

Histórico aperto de mãos na Casa Branca entre o primeiro-ministro israelense Itzhak Rabin e o chefe da OLP, Iasser Arafat.

1994
– 9 de fevereiro: Assinatura, no Cairo, de um acordo sobre as questões de segurança relativas à autonomia.

– 1 julho: Arafat volta para a Palestina depois de 27 anos de exílio e forma em Gaza um governo autônomo, a Autoridade Palestina.

– 29 de agosto: Acordo sobre a transferência à Autoridade Palestina de quatro assuntos civis na Cisjordânia: serviços sociais, fiscalização, saúde e turismo.

1995
– 28 de setembro: Rabin e Arafat assinam, em Washington, um acordo interino sobre a extensão da autonomia palestina na Cisjordânia, chamado de Oslo 2.

– 13 de novembro a 21 de dezembro: Retirada israelense de Jenin, Kalkiliya, Tulkarem, Naplusa, Ramalá e Belém.

1996
– 20 de janeiro: Iasser Arafat é eleito presidente da Autoridade Palestina.
– 5 de maio: Abertura formal, em Taba (Egito), de negociações sobre um acordo de paz definitivo.

– 1 e 2 de outubro: Reunião de cúpula em Washington entre o presidente americano Bill Clinton, Arafat, Benjamin Netanyahu e o rei Hussein da Jordânia.

1997
– 15 de janeiro: Netanyahu e Arafat chegam a um acordo sobre a aplicação da autonomia palestina em Hebron. No dia seguinte, o exército israelense evacuou 4/5 da cidade palestina.

– 6 de outubro: Retomada das conversas de paz depois de sete meses de suspensão.
– 30 novembro: Israel aceita o princípio da retirada limitada da Cisjordânia.

1998
– 15 a 23 de outubro: Em oito dias, Bill Clinton dedica mais de 70 horas às negociações israelo-palestinas, que terminam com o acordo de Wye Plantation. O documento define a forma de uma segunda retirada militar israelense da Cisjordânia e a libertação, por parte de Israel, de 750 prisioneiros palestinos.
– 20 de novembro: Israel transfere aos palestinos a autoridade civil sobre 21% da Cisjordânia, de acordo com a primeira fase do acordo de Wye Plantation.

1999
– 25 de agosto: Israelenses e palestinos concluem um acordo de princípios sobre o calendário da retirada militar israelense da Cisjordânia. A primeira etapa (7% de retirada) foi marcada para começar em 1º de setembro. A saída dos 4% restantes foi agendada para estar concluída no meio de janeiro.

– 5 de setembro: Ehud Barak e Iasser Arafat assinam em Charm el-Cheij (Egito) uma versão renegociada dos acordos de Wye Plantation

– 10 de setembro: Israel efetua uma retirada da Cisjordânia (7%).
– 8 de novembro: Começo de negociações israelense-palestinas sobre o estatuto final da Cisjordânia, “lançadas” oficialmente em 13 de setembro.

– 20 de dezembro: Negociadores israelenses e palestinos retomam discussões sobre o estatuto final de Cisjordânia e Gaza.

2000
– 3 de fevereiro – Erez: Israelenses e palestinos se separam em uma atmosfera de crise depois do fracasso da cúpula destinada a relançar as negociações de paz. A direção da OLP anuncia que um Estado Palestino independente, com capital em Jerusalém, será proclamado em setembro.

– 11 de março: O negociador-chefe palestino, Saeb Erekat, se reúne com seu colega israelense Oded Eran, na retomada das negociações entre as duas partes, em Washington.

– 21 de março: Israel transfere aos palestinos o controle total de 6,1% da Cisjordânia. Os palestinos controlam agora cerca de 40% da região.
– 25 de junho: O presidente palestino, Iasser Arafat, declara em um discurso em Naplusa, Cisjordânia, que um estado palestino será proclamado “em algumas semanas”.
– 28 de junho: Arafat recusa uma proposta americana de organizar uma cúpula trilateral nos Estados Unidos a partir de 15 de julho.
– 3 de julho: O Conselho Central da OLP (CCOLP), reunido em Gaza, decide que os palestinos proclamarão um Estado Independente em 13 de setembro de 2000.

2001
– 6 de fevereiro: O líder do partido Likud, Ariel Sharon, 72, é eleito primeiro-ministro de Israel ao vencer o premiê trabalhista, Ehud Barak, em 6 de fevereiro. Sharon obteve sua vitória prometendo segurança e a retomada do processo de paz com os palestinos só depois do fim da Intifada (revolta palestina, iniciada em 28 de setembro.
– 1º de junho: Um terrorista suicida mata cerca de 15 pessoas e fere cerca de 70 na orla de uma badalada praia de Tel Aviv. Foi o maior atentado terrorista desde o início da nova Intifada.
– 9 de agosto: Um terrorista suicida palestino detona explosivos atados a seu corpo e mata pelo menos 15 pessoas, em um restaurante de Jerusalém. Entre as vítimas estavam seis crianças e o brasileiro Jorge Ballaz, 60. Sua mulher e sua filha ficaram feridas. O grupo extremista Hamas reivindica a autoria do atentado. O líder palestino Iasser Arafat condena a ação e sugere a Israel um comunicado conjunto de cessar-fogo. O governo israelense, porém, aprova uma reação militar.
– 28 de setembro: Seis palestinos morrem e dezenas ficam feridos em choques com soldados israelenses durante protestos para marcar o primeiro aniversário da Intifada.
– 17 de outubro: Extremistas do grupo palestino Frente Popular para a Libertação da Palestina matam, num hotel de Jerusalém, o ministro israelense de extrema direita Rehavam Zeevi.

Comentário:

Os atuais conflitos e a guerra entre Israel e o Líbano tem profundas raízes num passado de lutas entre Israel e os países do Oriente Médio.

O conflito atual teve início com dois sequestros de soldados israelenses: um perpetrado pelo grupo terrorista Hamas e outro pelo grupo terrorista Hezbolah. Ambos parecem se utilizar da mesa estratégia em suas ações: ataques covardes contra alvos diversos.

O que percebemos é que estes grupos terroristas agem historicamente com uma finalidade: promover o terror e incitar o mundo contra Israel! As ações do Hamas são muito conhecidas em todo o mundo e uma de suas estratégias é treinar crianças com a finalidade de se tornarem “escudos e alvos” humanos durante os conflitos para assim fazer cm que a opinião pública se volte contra Israel. Um outro detalhe interessante: os conhecidos “homens bomba” ganharam um reforço, pois agora temos as “mulheres bomba”! Segundo o Corão, a recompensa recebida por um homem deste é que quando ele chega ao “Paraíso”, encontra-se com 72 virgens que estão à sua disposição! Qual será a “recompensa” para as mulheres bomba? Terão elas 72 homens que estarão à sua disposição? Nem é bom pensar nisso…

Quando falamos sobre isso nos lembramos que na lista dos “Acordos de Paz” feitos entre Israel e os Palestinos temos uma particularidade muito interessante: Israel sempre cumpriu sua parte devolvendo territórios, trocando prisioneiros, etc… Porém os Palestinos NUNCA cumpriram sua parte em nenhum dos acordos firmados entre as partes! Não seria isso por si só uma grande incoerência? Por que será que a mídia mundial não informa ao mundo sobre isso e demonstra que o que está acontecendo nos dias atuais tem fundamentos históricos de descumprimento de acordos por parte dos Palestinos? Por que não informar ao mundo que os ataques terroristas foram perpetrados somente por Palestinos. Você já ouviu falar de um judeu como homem-bomba??? Quando o mundo “ordena” que Israel pare com sua contra-ofensiva eles certamente fazem seu papel como mediadores. Mas, por que não fazem também o mesmo com os grupos terroristas? Parece que temos aqui um impasse, pois a luta é muito desigual! Temos muitas vozes no mundo que condenam Israel e suas atitudes; enquanto isso poucos falam em defesa das atitudes dos judeus nas circunstâncias sobre as quais temos visto acontecer! Se Israel contra-ataca – dizem os críticos – eles o fazem com “força excessiva”; se mata terroristas os grupos de direitos humanos criticam, se tentan expulsar os grupos terroristas de Israel isso é desumano… Ora isso nos parece mesmo um absurdo, pois a opinião “pública” está sempre contra Israel, aconteça o que acontecer!

Bem, esperamos que cada um de nós possa analisar os fatos e desenvolver nosso “senso crítico” em relação aos fatos que se desenrolam diante de nossos olhos. O que pedimos aos nossos amados leitores é que estejam atentos para as formas como a mídia aborda estes assuntos – relacionados com Israel – pois num ataque terrorista eles dizem: “Terroristas explodem bomba e matam tantas pessoas em Israel”. Já quando Israel contra-ataca, a manchete aparece assim: “Israel ASSASSINA tantos Palestinos!” Isso é um absurdo, pois os judeus tem sido chamados de ASSASSINOS já há muito tempo sem ter agido como tal! Preste atenção inclusive nos verbos usados para descrever um ataque Palestino e um israelense! Você verá que diferença a mídia faz entre eles.

Nosso papel é de orientar aos nossos amados internautas que frequentam nosso site e buscam explicações para o que está ocorrendo em Israel. Por isso estamos aqui expondo os fatos – históricos – e comentando-os de tal forma que possamos perceber o que realmente está acontecendo. Não queremos ser parciais, pois quando Israel errar certamente seremos uma voz que falará contra nosso povo. Porém no que tange a este assunto não podemos nos omitir em dizer: estamos ao lado de Israel neste conflito e somos uma voz que se levanta em defesa de nosso povo.

Continuamos orando para que Israel permaneça no lugar que lhe foi dado como herança pelo Eterno D-us. Oramos para que haja Paz em Jerusalém (Sl 122) e para que os propósitos do Eterno se cumpram através desta tão amada nação!

Nosso clamor é um só: AME ISRAEL AGORA!!!!!

Shalom!

Mário Moreno.

Fundador do Ministério Profético Shema Israel.