Mário Moreno/ novembro 24, 2017/ Artigos

Mudanças…

Desde há muito que temos visto diariamente mudanças sendo realizadas na Igreja a fim de “atrair” um público cada vez maior e que venha, assim, a participar do chamado “Corpo do Ungido”. Seriam estas mudanças “lícitas” em termos bíblicos? Poderiam elas ter sido feitas pelos líderes da igreja desde os tempos mais remotos do cristianismo até hoje?

Vejamos alguns pontos e consideremos sua validade ou não:

  1. Mudanças foram realizadas na tradução da Escritura, abrindo-se mão da terminologia judaica e “real” por termos mais “amenos” que dão sentidos “quase” iguais aos originais. Palavras e até mesmo frases inteiras são mal traduzidas justamente por “conveniência doutrinária”. Os responsáveis dizem assim: “Nossa tradução diz assim, pois cremos nisto e naquilo desta forma!” Ora, isso é completamente absurdo! A integridade da Palavra foi violada justamente por causa de “interesses” maiores daqueles que a traduzem!

O argumento usado é o seguinte: “Nós não podemos agora mudar as “tradições” do cristianismo justamente por causa da tradução de algumas palavras!”

  1. Mudanças foram também realizadas quanto à interpretação bíblica através dos tempos. Hoje, a Escritura não é mais tão “séria” assim! Nós não precisamos observar tudo ao pé da letra! Algumas coisas foram somente para aquele tempo! O mundo evoluiu e nós precisamos seguir o curso da evolução das coisas, enfim, tudo mudou!

Estes são alguns argumentos e desculpas esfarrapadas para que sejam aceitas as mudanças realizadas por “teólogos” na interpretação bíblica, colocando assim por terra toda a credibilidade da Palavra de D-us! Segundo estes “senhores” a Bíblia está mentindo quando afirma a imutabilidade do D-us Eterno! A validade dos preceitos contidos na Escritura são questionadas e somos levados a crer que, na realidade, a Bíblia é mais um “livro de museu” do que a revelação limpa e pura do Criador de todas as coisas!

Se isso realmente for verdade (que houveram “mudanças” naquilo que foi determinado por D-us) então esse deus do qual eles falam eu não o quero para mim! Se seu caráter é tão volúvel quanto o de um humano qualquer, eu não posso confiar minha vida à ele!

  1. Mudanças tem sido realizadas quanto à tradições bíblicas e judaicas, que são descaradamente ignoradas e substituídas por outras advindas do paganismo como algo meramente “normal”. Ignora-se aquilo que está escrito e, simplesmente, substitui-se por outra coisa de procedência maligna como uma forma também de “atrair” mais gente para o culto “cristão”!

Um exemplo bem claro – dentre muitos outros – é a inserção de festas puramente pagãs no seio da igreja, tais como, Carnaval, Páscoa, Festas Junina, Natal, etc… e que são ainda denominadas pelos líderes como “Festas ao Senhor!”

Houve um claro abandono da Escritura, da tradição bíblica e judaica em detrimento da “vontade” de homens que não compreendiam e nem compreendem que a Palavra é Eterna e que os preceitos dados pelo Eterno ao homem devem ser guardados independentemente de época e lugar!

Hoje temos uma igreja chamada “mística”, que abriga em seu seio tradições e festas puramente humanas! Deixamos toda a simbologia bíblica, judaica, de D-us, para adotarmos os padrões que nos foram “legados” por Satanás! Deixamos de celebrar as festas bíblicas, listadas em Levítico capítulo 23, que nos foram dadas como marcos proféticos que apontavam para nossa redenção, para enfim celebrarmos as cerimônias pagãs….

Nestas cerimônias nossos filhos são consagrados aos demônios (pois as celebrações são pertinentes a eles!) e em meio ao nosso rebanho abrem-se “brechas” e imensas “avenidas” espirituais, através das quais os demônios causam dor, opressão, medo, angústia, etc… E nós ainda nos perguntamos: porque será que o povo de D-us sofre tanto…

Vejamos o que os judeus dizem a respeito da Palavra que lhes foi dada por Deus (e depois transmitida à nós):

“O judaísmo não é um produto à venda cuja veracidade depende de uma aceitação pública, ou de sua capacidade de abrir mercados. A religião judaica tem origem divina, com tradições milenares que nos foram acompanhando durante toda a nossa história. Assim como ela protege e preserva o povo judeu há milênios, hoje cabe a nós preservá-la. Se acreditarmos em seu caráter divino, se acreditarmos que foi D-us quem nos outorgou a Torah, não há necessidade de mudanças. Esse D-us em quem acreditamos é a Perfeição e a obra que Ele deu não precisa de correções ou retoques humanos. A verdade é algo absoluto. Por isso, o argumento de que devemos mudar as leis para atrair mais é perigoso; estaríamos invalidando a Lei, implicando que D-us não é perfeito. Estaríamos tratando uma obra divina como se fosse humana e que, como tal, precisaria de melhoramentos, retificações. No momento em que uma religião começa a mudar para se adaptar não há limites para estas mudanças. A ética e a moral judaica não dependem da aprovação popular. Maimônides dizia que “a verdade não é mais ou menos verdade dependendo do número de pessoas que acreditam nela”. A Torah não pode ser distorcida, devemos mantê-la assim como ela nos foi dada por D-us, da forma mais autêntica possível”.

A Torah não é um “produto”, é uma obra Divina. É algo que nos foi dado por D-us cujo objetivo é nos melhorar, elevar-nos espiritualmente, tornar-mos mais próximo Dele. A única forma de um ser finito se comunicar com o D-us infinito é usar os instrumentos que Ele nos deu, não os nossos próprios” (Texto extraído da Revista Morashá – Ano VII, número 25 de junho de 1999, pg. 38).

O que dizermos então? Estes são apenas alguns poucos argumentos que nos mostram o quanto precisamos ser restaurados à verdade! Precisamos urgentemente de mudanças que nos re-conduzam à D-us e a Sua Palavra!

Nós não precisamos de mais um (ou vários) Martinho Lutero nos dias de hoje, mas sim homens cujo coração seja impactado pela urgência dos tempos e cujas mentes sejam tocadas para discernirem entre o mundano e o divino e então lançarem-se neste grande empreendimento pelo Corpo do Ungido: a restauração da Noiva! Para isso necessitamos abandonar aquilo que nos foi legado por “Roma” e pelo sistema mundano (conhecido também por Babilônia) e voltarmos ao início, lugar de onde nunca deveríamos ter saído!

Baruch Há Shem!

(Bendito Seja o Seu Nome!)

Mário Moreno.