O que lembrar
“Faça vestuário sagrado para Aharon, seu irmão, para a glória e para o esplendor” – (Shemos 28:2).
Há muitas maneiras de descrever o propósito da criação. No entanto, todos eles vêm para baixo a 
uma única ideia:
Se você analisar os dias de idade que precedeu, a partir do momento em que D-us criou o homem sobre a terra, e investigar de uma extremidade dos céus até o outro lado dos céus, você pode encontrar qualquer coisa que tenha ocorrido tão grande como esta; alguma vez já foi ouvida? Será que um povo já ouviu a voz de D-us falando fora do meio do fogo, como você fez, e ainda sobreviver? Alguma vez D-us tomou uma nação do meio de uma outra nação, através de testes e sinais, por maravilhas, pela guerra, por uma mão forte e esticou o braço, com temor, como D-us, o seu D-us fez por você no Egito diante de seus olhos? Isso foi mostrado a você para que você pudesse saber que D-us é D-us, e que não há mais ninguém além dele. (Devarim 4:32-35)
Para apreciar o que isso realmente significa, é importante ser mais específico, especialmente considerando o que o texto hebraico diz:
… Saber que Hashem é Elokim, e não há mais ninguém além dele.
Não é simplesmente uma questão de saber que “D-us é D-us”, mas especificamente de saber que Hashem, soletrado yud-heh-vav-Heh, é “Elokim”, como repetimos sete vezes no final do Yom Kippur. Elokim pode executar o mundo em um silêncio por trás da maneira demonstrada, que os outros chamam de “natureza”, mas é realmente Hashem executando todo o show.
Para entender melhor o que isso significa, a Torah mais tarde adverte sobre uma realidade oposta:
“Eu vou ficar muito zangado com eles naquele dia, e vou abandoná-los e esconder meu rosto deles. Eles serão devorados, e atormentados por muitos males que vão afligi-los, e vai dizer: ‘ não sofremos porque D-us nos deixou? “(Devarim 31:17)
Será como se eu não visse seus problemas.
Rashi.
“Como se“, mas não na verdade. Durante Hester panim, quando D-us esconde seu rosto, assim-por-dizer, o resultado é uma percepção de abandono por D-us, como resultado do que acontece na história e como. D-us sempre comanda o show, e está tão envolvido na vida e destino do povo judeu como sempre. Ele simplesmente não vai aparecer assim na mente do povo judeu, o resultado de previamente ter ignorado Deus.
Assim, o Ba’al HaTurim revela que:
As letras finais [das palavras hebraicas para “esconder meu rosto deles. Eles serão devorados”] têm a Gematria de ‘Haman’, e isso é o que os rabinos aprendem em Chullin (139B), que “Anochi haster astir” aponta para Esther.
Haman, o infame descendente de Amaleque, cuja principal ofensa é interferir com a percepção do povo judeu:
“A mão está no trono de D-us…” (Shemos 17:16)
A mão de D-us é levantada para jurar pelo seu trono ter guerra eterna e ódio contra Amaleque. Por que é escrito Chof-Samech e não Chof-Samech-Alef; por que o nome é dividido em dois? D-us jurou que a sua… O trono não será completo até que o nome de Amaleque seja completamente obliterado. (Rashi, Shemos 17:16)
Isso significa que Amaleque existe para criar dúvidas sobre Hashgochah Pratis — divina providência — fazendo parecer que D-us não vê tudo o que acontece no mundo do homem, ou pelo menos, que ele não se importa. Assim, a Guematria de seu nome é igual a 240, o mesmo que a palavra hebraica “suffek”, que significa “dúvida”.
“Amaleque” também pode ser lido, ayin-mem-lamed-KUF – o que significa “olho cortado”, porque é isso que ele faz: ele corta o olho da mente do povo judeu. Mas, aparentemente, é apenas um olho que o povo judeu começara a se cortar:
Então veio Amaleque e atacou o povo judeu em Refidim. (Devarim 17:8)
A Torah coloca esta seção imediatamente após este versículo (quando eles perguntaram: “está D-us entre nós ou não?”) para implicar, “Eu estou sempre entre vocês e pronto à mão para tudo que você precisa, e ainda assim você diz, ‘está D-us entre nós ou não?” Por suas vidas, esse cão virá e mordê-lo, e você vai chorar por mim e então você vai saber onde eu estou! É como um homem que carregava seu filho em seus ombros e foi em uma jornada. O filho viu um artigo e disse: “pai, pegue essa coisa e dê para mim.” Ele deu a ele, e assim uma segunda vez e também uma terceira vez. No entanto, quando encontraram um certo homem ao longo da viagem, o filho perguntou-lhe: “Você viu o meu pai em qualquer lugar?” Portanto, o pai disse-lhe: “você não sabe onde eu estou?” Em que ponto ele colocou-o para baixo e um cão veio e mordeu-o. (Rashi, Shemos 17:8)
Com base nisso, parece que Amaleque é o nome do vazio espiritual que resulta quando o povo judeu deixa de ser real com a ideia de que “Hashem é Elokim.” É por isso que o potencial para Amaleque, a forma de Haman, resultou quando Adão comeu do Etz HaDa’as tov v’Ra — a árvore do conhecimento do bem e do mal, como afirma o Talmud:
Onde há uma alusão a Haman no Torah? No versículo, “você comeu da – hamin – árvore?” (Chullin 139B).
É um jogo sobre a palavra “hamin”, que também pode ser lido, “Haman”, estabelecendo uma conexão entre Haman e os “Etz HaDa’as tov v’Ra. Portanto, o resultado principal do comer em si, a Torah diz foi:
“D-us chamou o homem, “onde você está?” Ele respondeu: “Eu ouvi a sua voz no jardim. Eu estava com medo porque eu estava nu, então eu me escondi“. (Bereishis 3:9-10)
Se esconder de D-us? Isso é mesmo possível? Não. Mas, uma pessoa pode pensar que eles estão se escondendo de D-us, se eles não são reais com a ideia de que “Hashem é Elokim.” Se uma pessoa toma o silêncio de D-us como prova de sua ausência, ela pode facilmente iludir-se a acreditar que D-us vai para outro lugar às vezes.
É por isso que não é coincidência, mas Hashgochah Pratis, que Parashas zachor é geralmente Parashas Tetzaveh. É o papel dos Cohanim através de seu ofício, e a “nação dos sacerdotes” através de seu estilo de vida, para fazer a realidade de que “Hashem é Elokim” aparente a todos. Se não o fizermos, então nos tornamos evidência de que exatamente o oposto, sofrendo como resultado e profanando o nome de D-us no processo.
Tradução: Mário Moreno.