Mário Moreno/ novembro 13, 2017/ Parasha da semana

Toledot

(Gerações)

Gn 25.19 – 28.9 / Ml 1:1–2:7 / Rm 9:1-13

        Nesta Porção da Torah estaremos falando sobre as gerações de Itshaq e sobre os destinos tanto de Esav quanto de seu irmão Ia´aqov. Os destinos de dois grandes povos são traçados aqui através das palavras de Itshaq. Comprovemos então como as palavras tem um peso muito grande no reino espiritual e na vida das pessoas através deste passeio pela Escritura.

Talvez não haja figura mais enigmática em toda a Torah que nosso antepassado Itshaq. Além da Porção desta semana, quase nada aprendemos sobre o homem, seu tempo, e o que fez durante sua vida. Em vez disso, somos levados a crer que após o clímax do seu feito de esticar o pescoço para receber o golpe da lâmina do pai, esta pessoa elevada retira-se a uma vida pacífica, cavando poços.

Igualmente frustrante é o papel aparentemente passivo e sem destaque que ele desempenhou nos episódios em que aparece. É levado por seu pai para ser sacrificado a D’us; o servente de Avraham (Avraham), Eliezer, é enviado para encontrar-lhe uma esposa; sua mulher o pressiona para que envie Ia´aqov para encontrar uma esposa; seu filho Ia´aqov o manipula para receber suas bênçãos.

Por que Itshaq parece ser movido como uma marionete, simples argila nas mãos daqueles que o rodeiam? Que lições podemos tirar do comportamento aparentemente fora do comum do segundo grande Patriarca de nosso povo?

Nossos Sábios ensinam que os Patriarcas eram muito mais que progenitores biológicos da nação judaica. Cada um agia como “guardião dos portões”, que destrancavam os portais celestiais, permitindo-nos estabelecer um relacionamento com D’us em maneiras singularmente únicas. Pela sua incorporação dos mesmos atributos com os quais D’us age conosco, ao espelhar Suas maneiras, eles foram capazes de elevar sua constituição genética, legando aos descendentes as qualidades Divinas que foram suas conquistas durante a vida.

Avraham personifica a qualidade de Chessed, bondade, de D’us. Cada ação, cada pensamento, cada palavra que falou estava repleta de amor e preocupação pela humanidade. Itshaq é a personificação do Divino atributo de gvurá, força. Em Pirkei Avot, Ética dos Pais, nossos rabis nos ensinam: “Quem é forte? Aquele que domina suas paixões.”

A força não é medida por aquilo que você faz, mas por aquilo que não faz.

Auto-controle, disciplina, organização são as ferramentas do forte, daquele que não pode ser levado por emoções fugazes e pelos caprichos do instinto. A lógica ditaria que esta qualidade deveria estar presente em todos os relacionamentos de Itshaq. Certamente ninguém questionaria que foi necessária uma força imensurável para calmamente se oferecer no altar, mas e quanto ao resto de sua vida? Onde mais vemos esta atitude se destacar?

A Criação é uma manifestação da bondade de D’us. Ele não tem necessidade pessoal de trazer-nos à vida. D’us é a essência da perfeição, a própria antítese do conceito de “necessidade”. Suas intenções eram apenas que Ele desejava nos conceder o maior de todos os prêmios, o dom da eternidade que vem apenas de nos conectarmos a Ele através de Seus mandamentos.

Entretanto, há um ligeiro problema, por assim dizer, com Seu amor transbordante. O desejo de dar é tão forte que se não fosse controlado, D’us derramaria Sua Divina luz em quantidades tais que mesmo o propósito da Criação seria abolido. Ao invés de dar aos seres humanos a oportunidade de atingir a perfeição, de batalhar e de aprender a lutar por si mesmo, Ele teria nos concedido a recompensa sem que precisássemos levantar um dedo.

Embora pareça tentador viver uma vida de tranquilidade, sem desafios ou obstáculos para superar, bem sabemos que isto não seria verdadeiramente satisfatório. Nos sentiríamos roubados de nossa dignidade, se nos fosse negada a chance de conseguir algo por nós mesmos. Por isso, foi necessário para D’us se restringir, ou seja, refrear Seu amor abundante, dando-nos a chance de “conseguir através de esforço”.

Isso de modo algum diminui o amor, pelo contrário, aumenta-o, tornando-o mais real. Isso é similar ao modo como os pais se sentem quando observam os filhos lutando contra a adversidade. Como desejamos aparar os golpes para eles, protegê-los da humilhação e da dor da derrota. Mesmo assim, sabemos que fazê-lo destruiria seu próprio ego, seus sentimentos de competência e segurança interior.

Esta é a aplicação dos atributos de bondade e força de D’us. Sua bondade deseja derramar sobre nós o maior bem imaginável. O atributo da força, restrição, impede que Sua bondade nos sobrepuje, nos sufoque. Poderíamos dizer que é a qualidade de força que possibilita que o atributo da bondade se torne significativo e eficaz, dando-nos o espaço necessário para criar nossa própria eternidade.

Itshaq personifica a força. É sua missão facilitar a bondade de Avraham.

Como pode fazer isso? Ele “sai” do contexto; retrai-se e permite que a memória e o legado de seu pai sejam perpetuados. Poderia ter criado seus próprios seguidores, ter uma “plataforma de partido” de acordo com sua vontade, mesmo assim escolheu a negação de sua identidade para que o mundo recebesse uma dose adicional da bondade de Avraham. Nossos Sábios nos dizem que Itshaq era uma cópia exata do pai. Não é uma coincidência. Era seu trabalho ser seu pai.

Qual a diferença entre um poço e uma fonte? Um poço retira a água de uma reserva específica e contém uma quantidade finita de água. Por outro lado, uma fonte é viva, tem vitalidade própria. Itshaq cavava poços, mas não simplesmente poços, abria os poços que seu pai havia cavado e lhes atribuia os mesmos nomes que seu pai. Não está vivo por seu próprio direito, está conectado à fonte de seu pai.

Em cada relacionamento do qual participou, Itshaq desempenha o papel passivo. Não é tolo ou incompetente. Pelo contrário!

Dominou a habilidade de se ocultar nos bastidores, de fazer crer que não está ali. Mesmo assim permanece, sutilmente trazendo à tona o melhor aqueles à sua volta, deixando que se sintam importantes, deixando-os sentir que conquistam, enquanto realizam ações para ele. Esta é de fato um grande sinal de força!

Nós, como pais, devemos extrair a lição daquele pai que nossos Sábios dizem ser “o verdadeiro pai”, aprendendo a soltar nossos filhos, a não dominar cada decisão que eles tomam. Como uma sombra, devemos adejar cuidadosamente, tocando e não tocando, para que eles possam vir a descobrir sua própria identidade por si mesmos. Esta é a verdadeira bondade, aquela que imita a bondade Divina.

Começamos nosso estudo com a seguinte informação: “E estas são as gerações de Itshaq, filho de Avraham: Avraham gerou a Itshaq; e era Itshaq da idade de quarenta anos, quando tomou por mulher a Rivca, filha de Betuel, arameu de Padã-Arã, irmã de Labão, arameu. E Itshaq orou insistentemente ao Senhor por sua mulher, porquanto era estéril; e o Senhor ouviu as suas orações, e Rivca sua mulher concebeu” (Gn 25:19-21). Este parágrafo começa nos falando sobre toledot, que em hebraico significa “gerações, nascimentos”. A palavra vem do yalad que significa “gerar”. Significa algo que é produzido ou levado a existir por alguém ou aquilo que procede de tal pessoa. Veremos aqui quem foram os filhos de Itshaq e Rivca. O texto também nos informa que Itshaq casou-se aos quarenta anos! Isso nos parece um tanto incomum para os nossos padrões atuais, mas a Escritura nos fala sobre um homem maduro – física, espiritual e emocionalmente – que agora procura casar-se. Isso não se trata e um simples capricho de Itshaq, mas sim em dar continuidade à promessa que o Eterno fez à sua família. Agora, aos quarenta anos ele está pronto (em todos os aspectos) para casar-se com Rivca. A palavra “gerar” em hebraico é yalad e significa “dar á luz, gerar, produzir, procriar”.

Agora somos informados que após casar-se com Rivca, Itshaq orou por ela ao Senhor por sua mulher, pois ela era estéril! Novamente notamos quão bela é a Palavra do Eterno! A palavra usada aqui para Senhor é o tetragrama (IHVH – hw”hy) e significa que o Senhor se tornaria aquilo que Itshaq necessitava naquele momento: a cura de Rivca! O texto nos diz que ela era ‘aqar, que em hebraico significa “estéril”. Isso nos fala sobre a sua incapacidade em gerar um filho de seu próprio ventre. Na antigüidade as mulheres estéreis eram consideradas como amaldiçoadas. Certamente que Itshaq sabia disso e foi Àquele que poderia resolver seu problema e o Eterno ouviu seu clamor. Novamente a Palavra nos diz o seguinte: “e o IHVH ouviu as suas orações, e Rivca sua mulher concebeu”. A palavra “conceber” em hebraico é harâ e significa “conceber, engravidar”. Aquilo que parecia uma maldição agora é devidamente mudado pelo Eterno que dá a Rivca a capacidade de engravidar e ter um filho sem qualquer interferência humana! Nós sabemos que o Eterno agiu neste curto período duas vezes a fim de trazer a nação de Israel à existência: curou Sara e Rivca de esterilidade! Sim, quando o eterno determina que algo deva acontecer ele usa de seus ilimitados recursos a fim de cumprir cada um de seus bons propósitos na vida do homem!

Agora é Rivca quem entra em cena: “E os filhos lutavam dentro dela; então disse: Se assim é, por que sou eu assim? E foi perguntar ao IHVH. E o IHVH lhe disse: Duas nações há no teu ventre, e dois povos se dividirão das tuas entranhas, e um povo será mais forte do que o outro povo, e o maior servirá ao menor” (Gn 25:22-23). Novamente a palavra que define o Eterno aqui é o tetragrama (IHVH)! Agora é Rivca quem busca por algo e o Eterno torna-se para ela a resposta ao seu questionamento! O que lhe é dito nos mostra novamente a extensão do plano do Eterno para com as nações do mundo: Ele falou-lhe que havia dentro do ventre dela haviam duas nações. A palavra “ventre” é beten e significa “ventre, barriga”. No hebraico esta palavra denota “o abdômen inferior”. A palavra “nações” em hebraico é goi e significa “nações gentílicas”. Isso não nos parece estranho? Sabemos que Esav é o pai dos edomitas, mas Ia´aqov dá origem às doze tribos de Israel. Como então entender esta palavra? Isso somente pode ser entendido quando percorremos a história e vemos que o Eterno fez com que Israel fosse pulverizado pelo mundo pelo menos em duas ocasiões: no cativeiro Assírio – quando dez tribos foram para lá e não mais retornaram. Os que voltaram foram somente um pequeno remanescente – e na destruição de Israel no ano 70 d. C. pelo general romano Tito. Isso nos mostra que durante a história da humanidade houve uma assimilação muito grande dos judeus no mundo e isso também nos fala de pessoas que viriam a conhecer ao Eterno sem que realmente soubessem quem são. Há muitos judeus cujas identidades foram perdidas durante a história e que hoje são crentes em Ieshua! Então agora percebemos o por que desta palavra dada a Rivca sobre seus filhos! Seu cumprimento maior estendia-se até os nossos dias e com uma amplitude ainda desconhecida por nós!

Versículo 25:22

E os filhos lutaram dentro dela”.

“Toda vez que Rivka passava por um portal de estudo de Torah na academia de Shem e Ever, Ia´aqov empurrava e se agitava para sair; e quando passava por uma casa de adoração de ídolos, Essav lutava para emergir…” (comentário de Rashi)

O ETROG SEM CABEÇA

Certo dia, Rabi Israel Báal Shem Tov disse a seus discípulos:

“Numa vila próxima, vive um certo Reb Dovid, um judeu simples que ganhava seu magro sustento com dificuldade labutando com as mãos. Apesar de sua pobreza, Reb Dovid estava determinado a adquirir um etrog da mais fina qualidade para a Festa de Sucot, a fim de cumprir a mitsvá de lulav e etrog da melhor maneira.

“Durante todo o ano ele poupou o mais que pôde, negando-se até mesmo as necessidades mais essenciais. Fez então a longa e cansativa viagem até a cidade, voltando com um etrog que nem mesmo o homem mais rico da cidade

podia rivalizar em qualidade.

“A esposa de Reb Dovid ficou furiosa. Com apenas um pedaço de pão para colocar sobre a mesa, seu marido vai e gasta uma pequena fortuna num etrog!

Em sua fúria e frustração, agarrou o etrog e mordeu fora sua ponta, tornando-o inválido para a festa.

“Reb Dovid conseguiu manter a paz. Viu o incidente como um sinal de que não merecia ter um etrog tão magnífico: ‘Como sou presunçoso, pensou ele, acreditar que um simples judeu como eu pudesse aspirar a um etrog como este…’

“Jamais, desde o dia em que Avraham amarrou Itshaq sobre o altar,” o Báal Shem Tov concluiu sua história, “um homem passou por um teste com tal integridade como a que Reb Dovid mostrou, ao recusar-se a ceder à raiva.”

O nascimento dos garotos se deu assim: “E saiu o primeiro ruivo e todo como um vestido de pêlo; por isso chamaram o seu nome Esav. E depois saiu o seu irmão, agarrada sua mão ao calcanhar de Esav; por isso se chamou o seu nome Ia´aqov. E era Itshaq da idade de sessenta anos quando os gerou” (Gn 25:25-26). Temos agora um vívido retrato de como tudo aconteceu! Os garotos nasceram prontamente foram diferenciados: Esav significa “cabeludo”. Isso se deu porque o menino tinha muito cabelo (pêlo) em seu corpo. Já seu irmão foi chamado de Ia´aqov justamente por estar segurando no calcanhar (que é tido como o ponto fraco do homem). Seu nome significa “calcanhar de Iá”. Quando os garotos nasceram Itshaq já tinha sessenta anos! Vimos acima que ele casa-se com quarenta anos e que ele orou durante vinte anos para que sua esposa concebesse! Isso nos faz pensar muito, pois vivemos num mundo instantâneo, onde buscamos sempre os caminhos mais fáceis a fim de atingirmos os resultados desejados mais rapidamente. Itshaq orou sem desistir durante muito tempo a fim de que sua esposa fosse curada! Ele não percorreu nenhum caminho mais fácil ou buscou um atalho para receber aquilo que tanto necessitava. Aprendemos com Itshaq a não desfalecermos, ainda que a resposta tão esperada não venha imediatamente como esperamos.

Com o passar do tempo cada qual se “especializa” em alguma coisa: Esav foi um perito em caça; já Ia´aqov viva uma vida tranquila, mais caseira. Foi num destes episódios de caça que aconteceu um dos fatos que revelaram aquilo que Esav sentia de fato por si mesmo e pelos direitos que possuía: “E Ia´aqov cozera um guisado; e veio Esav do campo, e estava ele cansado; e disse Esav a Ia´aqov: Deixa-me, peço-te, comer desse guisado vermelho, porque estou cansado. Por isso se chamou Edom. Então disse Ia´aqov: Vende-me hoje a tua primogenitura. E disse Esav: Eis que estou a ponto de morrer; para que me servirá a primogenitura? Então disse Ia´aqov: Jura-me hoje. E jurou-lhe e vendeu a sua primogenitura a Ia´aqov” (Gn 25:29-33). Aqui Ia´aqov tira proveito da situação de seu irmão e “compra-lhe” o direito de primogenitura. A palavra traduzida por “rimogenitura” é bekorâ e significa “direito de primogenitura”. A idéia envolve especialmente as reivindicações legais do filho mais velho de uma porção dupla da herança e de outros direitos que lhe poderiam pertencer como mais velho.

Esav então faz aquele negócio com seu irmão e demonstra o que pensa sobre isso: “E Ia´aqov deu pão a Esav e o guisado de lentilhas; e ele comeu, e bebeu, e levantou-se, e saiu. Assim desprezou Esav a sua primogenitura” (Gn 25:34). A Escritura nos diz que Esav desprezou a sua primogenitura. A palavra “desprezar” é bazâ e significa “desprezar, desdenhar, manter sob desdém”. O sentido básico da raiz é “dar pouco valor a alguma coisa”. Quando Esav desdenha seu direito sobre as bênçãos que naturalmente seriam suas, o próprio D-us então transfere a Ia´aqov este direito a fim de cumprir também a profecia que fora dada a Rivca de que “o maior serviria ao menor”. O Eterno age de forma a concretizar seus objetivos e planos através da vida daqueles que lhe obedecem.

Quando houve um período de fome na terra de Canaã, Itshaq vai para o Egito a fim de não ser atingido por essa assolação. Quando isso acontece então o Eterno fala com Itshaq dizendo-lhe: “E apareceu-lhe o IHVH, e disse: Não desças ao Egito; habita na terra que eu te disser” (Gn 26:2). A palavra que define o Eterno aqui é novamente o tetragrama! Isso significa que o Eterno se tornaria aquilo que Itshaq novamente necessitaria: a provisão contra a fome! Itshaq somente teria de obedecer a fim de receber aquilo que o eterno já havia preparado para ele!

A palavra do Eterno para Itshaq foi: “Peregrina nesta terra, e serei contigo, e te abençoarei; porque a ti e à tua descendência darei todas estas terras, e confirmarei o juramento que tenho jurado a Avraham teu pai; e multiplicarei a tua descendência como as estrelas dos céus, e darei à tua descendência todas estas terras; e por meio dela serão benditas todas as nações da terra; porquanto Avraham obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis” (Gn 26:3-5). As primeiras palavras do Senhor para Itshaq foram: Peregrina nesta terra! A palavra “peregrinar” é gûr em hebraico e significa “residir, ajuntar-se, ser estrangeiro, morar (em/com), reunir, permanecer, peregrinar, habitar”. Houve também a menção do Eterno de abençoar a Itshaq. A palavra “abençoar” é barak, e significa “dar poder a alguém par ser próspero, bem sucedido e fecundo”. Quando juntamos tudo temos o seguinte: o Eterno ordena a Itshaq que resida, habite temporariamente numa terra estranha – pois ali não seria seu lar definitivo – e ele ainda diz que mesmo numa terra estranha ele o abençoaria, dando-lhe poder para ser próspero, bem-sucedido e fecundo! E há ainda outros detalhes: o Eterno continua dizendo que daria à descendência de Itshaq aquelas terras. A palavra “descendência” é zerá e significa “descendentes físicos”. A terra outrora fora prometida a Avraham e novamente o Eterno repete a promessa que já havia feito a Avraham sobre a terra onde agora eles pisavam! Não há como impedir o agir do Eterno!

O Senhor continua falado sobre a descendência física de Itshaq, dizendo que seriam “numerosos”, em hebraico rabah que significa “ser grande, tornar-se grande, ser numeroso, tornar-se numeroso”. Além disso foi-lhe dito que através dessa descendência física todas as “nações” da terra – goi – “nações gentílicas”, seriam abençoadas. Estas nações então receberiam poder para ser prósperos, bem-sucedidos e fecundos! O Senhor liga isso à obediência de Avraham que ouviu-lhe à voz e portanto recebeu do Eterno inúmeras bênçãos!

Itshaq, juntamente com sua família habitou em Gerar. Seus novos vizinhos quiseram saber quem eram eles e o que os levara para ali. A postura de Itshaq foi a mesma de Avraham quando desceu ao Egito: ele mentiu sobre sua esposa. E isso quase trouxe uma tragédia sobre o povo que ali habitava! Está escrito assim: “E perguntando-lhe os homens daquele lugar acerca de sua mulher, disse: É minha irmã; porque temia dizer: É minha mulher; para que porventura (dizia ele) não me matem os homens daquele lugar por amor de Rivca; porque era formosa à vista. E aconteceu que, como ele esteve ali muito tempo, Abimeleque, rei dos filisteus, olhou por uma janela, e viu, e eis que Itshaq estava brincando com Rivca sua mulher” (Gn 26:7-8). Apesar daquilo que Itshaq tinha dito sobre Rivca, Abimeleque notou algo estranho entre eles. A nossa tradução diz que eles “brincavam”; no hebraico esta palavra é tsahaq e significa “rir, divertir-se, acariciar, trocar carícias íntimas”. É lógico que alguém veria que entre Itshaq e Rivca haviam intimidades muito maiores que aquelas que julgamos “normais” entre irmãos! O que acontecia entre eles era que mantinham uma postura tal que procuravam evitar um contato físico maior entre si em público! Porém parece que alguns atos “escaparam” de seu controle e foram vistos “trocando carícias íntimas” entre si. Isso assusta Abimeleque que chama a Itshaq a fim de questioná-lo sobre o fato, e quando lhe é confirmada a verdade – que Rivca e Itshaq eram cônjuges – Abimeleque ordena que nenhum homem da terra toque em Rivca, pois ele sabia que se tal fato ocorresse isso atrairia um enorme problema para todo o povo da cidade.

Quando Itshaq diz a verdade, ele libera o poder do Eterno a fim de abençoa-lo e multiplica sobre si a consumação daquilo que já havia sido prometido à ele: “E semeou Itshaq naquela mesma terra, e colheu naquele mesmo ano cem medidas, porque o IHVH o abençoava. E engrandeceu-se o homem, e ia enriquecendo-se, até que se tornou mui poderoso” (Gn 26:12-13). Isso demonstra para nós que a obediência aos preceitos do Eterno realmente liberam sobre a vida do homem as suas promessas. Note que Itshaq estava semeando em terra estranha, mas mesmo assim ele colheu “cem medidas”, porque o Senhor dava a ele poder para ser próspero, bem sucedido e fecundo em todas as coisas que realizava!

Versículo 26:19

E os servos de Itshaq cavaram no vale, e encontraram um manancial de água viva”.

Se uma pessoa lhe disser: “Labutei mas não encontrei”, não acredite. (Talmud Meguilá 6b)

CAVANDO EM BUSCA DO MACARRÃO

Rabi Sholom Dovber de Lubavitch estava imerso em pensamentos, lutando com alguma idéia fugidia encravada nos recessos de sua mente arguta. Uma tigela de sopa havia sido colocada à sua frente algum tempo antes, mas o Rebe estava em outro mundo; fundas linhas de concentração riscavam sua testa enquanto, lá sentado, perscrutava dentro da tigela e vagarosamente mexia a sopa com a colher, distraído.

O empregado do Rebe, que pensava que este estava procurando os fios de macarrão dentro da sopa, exclamou:

“Rebe, cave mais fundo! O lokshen [macarrão em Yidish], está mais no fundo.”

Uma onda de contentamento passou sobre as feições tensas do Rebe:

“Obrigado,” disse ao criado. “Você reviveu minha alma…”

Com o crescimento e o enriquecimento alarmante de Itshaq, surgiram também os problemas inerentes a ser rico. Os pastores – que eram os empregados de Itshaq – começaram a ter problemas com aqueles que tinham rebanhos em Gerar, pois eles disputavam entre si os melhores pastos e a água disponível, cada qual para seu rebanho. Itshaq e os seus saem de Gerar e vão até Berseba. Ali acontece algo ainda mais extraordinário: “E apareceu-lhe o IHVH naquela mesma noite, e disse: Eu sou o Elohim de Avraham teu pai; não temas, porque eu sou contigo, e abençoar-te-ei, e multiplicarei a tua descendência por amor de Avraham meu servo. Então edificou ali um altar, e invocou o nome do IHVH, e armou ali a sua tenda; e os servos de Itshaq cavaram ali um poço” (Gn 26:24-25). Agora o Eterno é visto por Itshaq! No original aparece a palavra ra’ah que significa “ver, contemplar”, juntamente com o tetragrama – IHVH – o que nos diz que “Aquele que se torna aquilo que necessita o homem” estava diante de Itshaq a fim de tornar-se a solução de seu atual problema! O Eterno diz a Itshaq que ele é Elohim – o D-us Criador que apareceu a Avraham. Ele lhe informa que seria com Itshaq e que o abençoaria – dar-lhe-ia poder para ser próspero (mais ainda), bem-sucedido e fecundo e que ele teria sua descendência física – zerá – multiplicada por amor a Avraham seu pai!

Nós podemos perceber o seguinte: por causa da promessa que havia sido feita à Avraham e ratificada a Itshaq, agora o Eterno aparece a este mesmo Itshaq a fim de somente confirmar aquilo que já estava sobre sua vida: o fato concreto de estar recebendo tudo o que lhe fora prometido! Nós já vimos que Itshaq era um homem muito próspero, graças à sua obediência! Mas o Eterno diz-lhe que ele receberia ainda mais prosperidade e engrandecimento familiar! Novamente somos levados a crer que todas estas coisas não devem ocupar o primeiro lugar em nossas vidas. Itshaq não as pediu; porém o Eterno D-us é que apareceu-lhe e informou-lhe que tudo isso seria-lhe dado como uma confirmação da aliança que havia entre o Eterno e Itshaq!

Todos estes fatos ilustram algo que já sabemos, porém não praticamos: a obediência ilimitada traz sobre o homem os ilimitados recursos e bênçãos as mais variadas. Lembre-se que existem nas Escrituras cerca de 8.000 (oito mil) promessas nas mais variadas áreas de nossa vida!

        Enquanto isso acontecia, Abimeleque antevia o que seria necessário acontecer: uma aliança entre Itshaq e ele! A Escritura nos diz o seguinte: “E Abimeleque veio a ele de Gerar, com Auzate seu amigo, e Ficol, príncipe do seu exército. E disse-lhes Itshaq: Por que viestes a mim, pois que vós me odiais e me repelistes de vós? E eles disseram: Havemos visto, na verdade, que o IHVH é contigo, por isso dissemos: Haja agora juramento entre nós, entre nós e ti; e façamos aliança contigo. Que não nos faças mal, como nós te não temos tocado, e como te fizemos somente bem, e te deixamos ir em paz. Agora tu és o bendito do IHVH. Então lhes fez um banquete, e comeram e beberam” (Gn 26:26-30). Aqui fica claro que a intenção de Abimeleque em fazer uma aliança com Itshaq era justamente o temor que ele tinha quanto ao fato de Itshaq, como estrangeiro, estar crescendo tanto, a ponto de trazer-lhe um certo incômodo quanto à segurança de seu povo. Abimeleque em sua conversa com Itshaq confessa duas coisas importantes: a primeira é quando ele diz “… Havemos visto, na verdade, que o IHVH é contigo”. Nesta palavra temos a tetragrama no original e isso nos diz que Abimeleque reconhecia que ao lado de Itshaq estava Aquele que se torna aquilo que Itshaq necessitava, e que quando Itshaq clamava a este D-us a resposta era dada a ele. Em segundo lugar Abimeleque confessa que necessita fazer um pacto com Itshaq. A palavra “pacto” ou “aliança” em hebraico é berith e significa “um pacto feito com derramamento de sangue”. Era de domínio público que tal aliança não poderia ser desfeita, a não ser que houvesse uma aliança superior àquela feita entre eles. Isso implicaria em que deveria haver um sangue superior ao que fora derramado pelo animal que seria sacrificado para selar o pacto entre eles!

A proposta de Abimeleque inclui os termos: “Haja agora juramento entre nós, entre nós e ti; e façamos aliança contigo. Que não nos faças mal, como nós te não temos tocado, e como te fizemos somente bem, e te deixamos ir em paz”. Quando ele diz que os deixaria ir em paz, está utilizando a palavra shalom em hebraico que significa “paz, prosperidade, bem, saúde, inteireza, segurança”. O que Abimeleque diz é que Itshaq parte dentre eles com tudo o que lhe é de direito, mas também com a aus6encia de conflitos, com prosperidade – física, mental e espiritual -, com inteireza e segurança totais! Novamente ele confessa que Itshaq é bendito – barak – do Senhor. Aqui novamente aparece o tetragrama. Outra confissão de que Aquele que se torna o que Itshaq necessita tinha-lhe dado poder para que ele se tornasse próspero, bem sucedido e fecundo! Tudo isso é “selado” com um banquete! O banquete na antiguidade era usado a fim de reconciliar-se pessoas inimigas. Neste caso a aliança foi confirmada entre eles e os ânimos foram apaziguados através da comunhão que tiveram quando comeram juntos.

Após este incidente, aparecem dois versículos, como se fossem um apêndice ao texto nos dando informações sobre Esav. “Ora, sendo Esav da idade de quarenta anos, tomou por mulher a Judite, filha de Beeri, heteu, e a Basemate, filha de Elom, heteu. E estas foram para Itshaq e Rivca uma amargura de espírito” (Gn 26:34-35). Esav, de forma contrária ao que certamente lhe fora ensinado, toma por esposas mulheres que não temem – nem conhecem – ao Eterno D-us de seus pais. O resultado está nas últimas palavras desde capítulo: elas tornaram-se amargura de espírito para Itshaq e Rivca, pois certamente conduziam Esav por caminhos que lhes desagradavam profundamente!

Na sequência temos o pedido de Itshaq feito ao seu primogênito Esav para lhe faça um guisado, a fim de que ele Itshaq possa abençoá-lo antes de sua morte. Enquanto Esav sai para caçar o animal, Rivca chama Ia´aqov e fala-lhe sobre o que irá acontecer. Ela planeja o que acontecerá então: “Agora, pois, filho meu, ouve a minha voz naquilo que eu te mando: Vai agora ao rebanho, e traze-me de lá dois bons cabritos, e eu farei deles um guisado saboroso para teu pai, como ele gosta; e levá-lo-ás a teu pai, para que o coma; para que te abençoe antes da sua morte” (Gn 27:8-10). Rivca quer que Ia´aqov receba a bênção de Itshaq seu pai e não Esav! A palavra “abençoe” em hebraico é barak! Ela deseja que Ia´aqov receba o poder dado por seu pai para ser próspero, bem sucedido e fecundo, pois certamente ela consegue discernir que em Ia´aqov serão chamados os filhos de Israel!

Ia´aqov argumenta com sua mãe dizendo: “Então disse Ia´aqov a Rivca, sua mãe: Eis que Esav meu irmão é homem cabeludo, e eu homem liso; PPorventura me apalpará o meu pai, e serei aos seus olhos como enganador; assim trarei eu sobre mim maldição, e não bênção” (Gn 27:11-12). Ia´aqov temia ser amaldiçoado por seu pai Itshaq. A palavra maldição em hebraico é qelalâ e exprime o ser afastado da escolha divina. Perceba que para Ia´aqov o não ser incluído nos planos do Eterno é o mesmo que ser amaldiçoado! Isso nos mostra a força do relacionamento que havia entre o Eterno e Ia´aqov. Ele não queria ser excluído dos planos que já haviam sido traçados na Eternidade pelo Senhor! A resposta de Rivca é ainda mais contundente: “E disse-lhe sua mãe: Meu filho, sobre mim seja a tua maldição; somente obedece à minha voz, e vai, traze-mos” (Gn 27:13). Rivca assume o ônus da maldição, caso seu plano dê errado!

Ia´aqov faz conforme o que lhe é dito por sua mãe e tudo dá certo, conforme ela planejou! O resultado é que Ia´aqov recebe uma das mais belas e poderosas bênçãos que um homem pode receber em sua vida: “Assim, pois, te dê Elohim do orvalho dos céus, e das gorduras da terra, e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem” (Gn 27:28-29). Esta bênção é completa sobre a vida de Ia´aqov, pois inclui a provisão do céu – aquilo que a eternidade liberaria a fim de supri-lo no reino espiritual -, também a fartura e abundância da terra – produto de seu trabalho que lhe seria dado pela terra onde ele estivesse. Aqui a terra produz para ele de forma natural -, a abundância de trigo e mosto, que representam a provisão diária e a alegria de vida que nunca cessaria de estar sobre ele e seus descendentes.

Há ainda algo mais profundo: o Eterno lhe outorga autoridade sobre seus irmãos de tal forma que eles deveriam curvar-se diante dele! Isso equivale a dizer que os judeus receberam autoridade sobre os povos árabes – que são seus “irmãos” – e que estes devem curvar-se à eles – gostem disso ou não – é o que deve ser feito! E a palavra completa-se com uma “repetição” de Gênesis 12.3: “…malditos sejam os que te amaldiçoarem, e benditos sejam os que te abençoarem”. A palavra “malditos” – ou maldição – aqui é arar e significa “prender por encantamento, cercar com obstáculos, deixar sem forças para resistir”. Isso significa que todos os que amaldiçoam a Israel ou aos judeus recebem como “prêmio” do Eterno a punição de serem presos pelos encantamentos das trevas, além de serem cercados por vários obstáculos e também serem deixados sem forças para resistir ao mal! Isso tudo porque entram em conflito com aqueles que deveriam abençoar, pois quando isso acontece há uma reciprocidade no reino do espírito e estas pessoas recebem poder para serem prósperas, bem-sucedidas e fecundas em todos os aspectos de sua vida!

Foi justamente por isso que dissemos que esta bênção que foi dada a Ia´aqov é uma das mais completas que existem nas Escrituras! Oxalá todos nós possamos ter o real discernimento de que quando nos posicionamos ao lado do Eterno abençoando a Israel e aos judeus, a conseqüência é que somos liberados no mundo espiritual e recebemos o poder que precisamos para triunfarmos! Quando nos posicionamos do lado contrário, certamente estaremos muito próximos de nossa derrota e da falência de nossos projetos, pois o inferno terá livre acesso a nós através de nossa atitude para com Israel!

Após Ia´aqov ter tomado a bênção de Esav, então acontece que chega ao local em que está Itshaq seu filho Esav e recebe a triste notícia: “Então disse ele: Não é o seu nome justamente Ia´aqov, tanto que já duas vezes me enganou? A minha primogenitura me tomou, e eis que agora me tomou a minha bênção. E perguntou: Não reservaste, pois, para mim nenhuma bênção? Então respondeu Itshaq a Esav dizendo: Eis que o tenho posto por senhor sobre ti, e todos os seus irmãos lhe tenho dado por servos; e de trigo e de mosto o tenho fortalecido; que te farei, pois, agora, meu filho? E disse Esav a seu pai: Tens uma só bênção, meu pai? Abençoa-me também a mim, meu pai. E levantou Esav a sua voz, e chorou. Então respondeu Itshaq, seu pai, e disse-lhe: Eis que a tua habitação será nas gorduras da terra e no orvalho dos altos céus. E pela tua espada viverás, e ao teu irmão servirás. Acontecerá, porém, que quando te assenhoreares, então sacudirás o seu jugo do teu pescoço. E Esav odiou a Ia´aqov por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esav disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; e matarei a Ia´aqov meu irmão” (Gn 27:36-41).

Após o fato acima as relações entre Esav e Ia´aqov ficaram muito abaladas, pois Esav agora queria somente a morte de Ia´aqov, pois fora enganado pelo mesmo por duas vezes!

Sabendo disso Itshaq envia Ia´aqov para Padã-Ara a fim de tomar para si uma mulher de entre sua família! Itshaq não queria que Ia´aqov seguisse os passos de Esav casando-se com uma mulher que não conhecia ao Eterno. E quando ele envia a Ia´aqov suas palavras novamente demonstram com quem estava a bênção do eterno: “E El Todo-Poderoso te abençoe, e te faça frutificar, e te multiplique, para que sejas uma multidão de povos; e te dê a bênção de Avraham, a ti e à tua descendência contigo, para que em herança possuas a terra de tuas peregrinações, que Elohim deu a Avraham” (Gn 28:3-4). A primeira coisa que Itshaq diz a Ia´aqov é que El-Shaday o faça barak. Além disso ele chama sobre Ia´aqov a bênção da “frutificação” – que me hebraico é parã – e significa “frutificar, ser fecundo, ramificar”. Isso nos dá a idéia de que através da descendência de Ia´aqov Israel se espalharia como ramos por toda a terra! Além disso o Eterno os faria multiplicar onde quer que fossem “plantados”, mantendo sempre o caráter de “povo” – am em hebraico. Esta palavra é usada exclusivamente para designar o povo de Israel. Então Israel se tornaria uma multidão de povos em todo o mundo! Isso realmente cumpriu-se, pois hoje os judeus que voltam para Israel a fim de comporem a nação provém de 127 diferentes nações do mundo!

O restante da promessa nos fala que Israel possuiria a sua herança. Eles receberiam as bênçãos de Avraham e também para que em herança viessem a possuir a terra. A palavra “herança” é yarash e significa “tomar posse de, desalojar, herdar, ocupar, apoderar-se”. Isso nos mostra que Israel receberia do Eterno a autoridade para desalojar da terra todos aqueles que ali estavam, pois a mesma já fora dada a Avraham como uma possessão eterna por Elohim – o Criador dos céus e da terra!

Itshaq faz como lhe ordena seu pai e vai para Padã-Ara em busca de uma esposa. Já Esav quando vê isso faz justamente o contrário: “Vendo, pois, Esav que Itshaq abençoara a Ia´aqov, e o enviara a Padã-Arã, para tomar mulher dali para si, e que, abençoando-o, lhe ordenara, dizendo: Não tomes mulher das filhas de Canaã; e que Ia´aqov obedecera a seu pai e a sua mãe, e se fora a Padã-Arã; vendo também Esav que as filhas de Canaã eram más aos olhos de Itshaq seu pai, foi Esav a Ismael, e tomou para si por mulher, além das suas mulheres, a Maalate filha de Ismael, filho de Avraham, irmã de Nebaiote” (Gn 28:6-9). Novamente fica explícito aqui que Ia´aqov estava honrando seus pais através da obediência. Já Esav fazia justamente o contrário e certamente receberia o prêmio por tal atitude!

Que o D-us Eterno nos ajude a compreendermos que seus objetivos jamais podem ser frustrados em tempo algum!

Mário Moreno.