Mário Moreno/ janeiro 18, 2018/ Artigos

Um Rabino Muito Especial

1 – INTRODUÇÃO

As três primeiras partes deste estudo mostravam como Ieshua se encaixa na descrição normal de um rabino do Primeiro Século em Israel. Mas, naturalmente, o Filho de Elohim era um rabino muito especial. Podemos citar pelo menos três diferenças básicas entre Ieshua e os outros rabinos.

2 – SUA MENSAGEM: O PODER SOBERANO DE ELOHIM

Sua mensagem focava no fato de que era chegado o Poder soberano dos Céus. Este era um assunto que era muito discutido entre os sábios da época, e esperado por alguns dos segmentos do Judaísmo. Os essênios, por exemplo, viviam na expectativa apocalíptica da chegada do Poder soberano dos Céus, que culminaria na batalha entre os Filhos da Luz e os Filhos das Trevas. Porém, nenhum rabino jamais houvera anunciado a chegada do Poder soberano dos Céus. Ieshua veio proclamando o advento do Reino de Elohim, e o restante da Sua mensagem está relacionada à urgência da restauração do nosso relacionamento para com D-us, em virtude da chegada do Poder soberano.

3 – A SEMICHAH DE IESHUA

Enquanto os outros sábios, para poder validar sua autoridade, ensinavam em nome de seus professores e predecessores, Ieshua ensinava no nome que lhe foi dado pelo Pai (Yud-Hey-Vav-Hey – o maior nome que existe acima nos céus e abaixo na terra).

Até hoje, a autoridade rabínica é conhecida como “semichah”, e é obtida através da imposição de mãos por alguém que a tenha recebido anteriormente. Sem tal autoridade, um rabino não poderia ensinar, muito menos tecer seus próprios comentários acerca das Escrituras.

Ieshua não recebeu sua “semichah” pela imposição de mãos de homens, mas sim pela autoridade do Pai. Este evento é representado pelo mikveh (imersão) de Ieshua, onde a Ruach HaKodesh (o Espírito Santo) desceu sobre Ele.

Ieshua foi o único rabino com autoridade para questionar até mesmo as tradições rabínicas anteriores. O próprio Judaísmo rabínico reconhece que o Messias tem autoridade para mudar a Halacha (as decisões sobre como observar corretamente a Torah), e ensinar a observar propriamente a Lei do Eterno. Ieshua não mudou a Torah, pois o Eterno não muda, mas questionou muitas tradições rabínicas (embora tenha concordado com outras). Ieshua disse “Vocês têm ouvido… mas Eu lhes digo”. Quando dizia esta frase, Ieshua mostrava Sua autoridade absoluta. Por isto lemos “Ao concluir Ieshua este discurso, as multidões se maravilhavam da sua doutrina; porque as ensinava como tendo semichah, e não como os seus professores da Torah”. (Matitiahu / Mateus 7:28-29)

4 – OS MILAGRES DO NOSSO RABINO

O ministério de ensinamento do rabino Ieshua foi complementado e validado pelas manifestações dos milagres do Reino dos Céus que o acompanhavam. Os doentes foram curados, os que eram oprimidos por demônios foram libertos, os famintos foram alimentados, os cegos voltaram a ver, os aleijados andaram, os surdos ouviram, e os mortos voltaram à vida. Milagres desta magnitude eram muito raros dentre outros rabinos. Mas no ministério do rabino Ieshua, os milagres eram a regra, e não a exceção.

5 – UM RABINO SE TORNA MALDIÇÃO

Os rabinos do Primeiro Século conheciam muito bem a Torah. Sabiam que a Torah, como Palavra do Eterno, é árvore da vida, mas também pode trazer morte. Por que? Porque o conhecimento do bem não vem sem o conhecimento do mal, e eles sabiam quais eram as conseqüências de não viverem de acordo com a Torah. Sabiam de todas as terríveis maldições que viriam como conseqüência disto. Certamente encontraríamos no Primeiro Século, e até mesmo hoje em dia, muitos rabinos que dariam sua vida para salvar a alguém.

No entanto, nenhum rabino que se preze aceitaria tomar sobre si todas as horríveis maldições que a Torah descreve como sendo conseqüência da transgressão. Certamente que não aceitariam nem mesmo a metade.

Ieshua, como rabino, conhecia bem a Torah. Sabia de todas as horríveis maldições, tanto físicas quanto espirituais, que estaria para sofrer, em nosso lugar. E em Seu grande amor, Ieshua decidiu nos salvar. O maior rabino de todos os tempos também demonstrou o maior amor de todos os tempos, ao tomar sobre si algo que todos os outros rabinos julgavam e ainda julgam impensável.

6 – O RABINO QUE VOLTOU DOS MORTOS

Ieshua também foi o único rabino a ressurgir de dentre os mortos. Nenhum outro rabino na história jamais fez, e jamais fará tal coisa. Se você ainda tem dúvidas sobre isto, imagine a seguinte situação: após a sua morte, os seus talmidim (discípulos) estavam dispersos e completamente desnorteados. Eram pobres, sem as doações que eram feitas ao ministério de Ieshua, não tinham como se sustentar. Estavam desapontados, pois esperavam ver o seu rabino coroado como rei em Ierushalaim, e no entanto seu rabino foi preso, torturado, morto e nada fez para impedir. A grande maioria das multidões que o seguiam agora também estavam desapontadas, se sentindo desiludidas pois também esperavam que Ieshua os libertasse de Roma. Sem dinheiro, sem as multidões, sem rumo, sem o seu pastor, confusos, desiludidos, amedrontados, dispersos, perseguidos por Roma e por muitos moradores da região de Iehudah: este era o quadro dos talmidim (discípulos) de Ieshua. E no entanto, algo acontecesse. Eles passam de adolescentes amedrontados a intrépidos proclamadores do Reino dos Céus, ao ponto de levarem adiante a mensagem de Ieshua até os confins da Terra, dispostos a darem suas vidas por esta mensagem. O que mudou? Justamente o fato de que Ieshua ressurgiu dos mortos, e apareceu para eles. Sem isto seria impossível imaginar que os talmidim (discípulos) seriam capazes de levarem sozinhos uma mentira adiante.

7 – SEGUINDO O RABINO IESHUA

Uma coisa é saber que Ieshua foi um rabino e até chamá-lo de rabino Ieshua. Outra coisa bem diferente fazer d´Ele o seu rabino. Tal como no Primeiro Século, até os dias de hoje existe uma grande diferença entre aqueles que são curados ou salvos por Ieshua, e aqueles que decidem serem seus talmidim (discípulos). Para realmente aprendermos de Ieshua como os primeiros talmidim (discípulos) faziam, temos que entender como Ele vivia, e procurar viver da mesma forma, e seguí-lo.

Pois o chamado de Ieshua é para que nós o sigamos. Se desejamos conhecê-Lo como Ele realmente é, devemos experimentá-Lo não apenas como Salvador, mas também como Mestre e Senhor, e devemos dedicar nossas vidas ao discipulado d´Ele.

Assim como ocorria no contexto do Primeiro Século, devemos entender que ser discípulo de Ieshua é estar aprendendo constantemente d´Ele. É um processo de uma vida inteira. O mesmo chamado de Ieshua está disponível até hoje.

(Baseado em diversas fontes da Internet)

Mário Moreno.