Mário Moreno/ dezembro 6, 2017/ Artigos

Natal?

A comercialização do Natal

Noite Feliz, noite feliz….

O Natal devia ser uma época de sonho, de alegria, de auto-doação, de caridade, en­fim, de felicidade. Devia ser uma época em que todas as pessoas pensassem ape­nas em ser boas, em ajudarem os outros, em sorrirem, em falarem palavras doces, em serem amáveis. A ocupação principal dos cristãos deveria ser cantar hinos de louvor ao Eterno pelo nascimento de Ieshua, lerem a história desse maravilhoso acon­tecimento que mudou o curso da história a huma­nidade, e agradecerem ao Eterno pelo Maior Presente que a humani­dade já recebeu – a própria pessoa de IESHUA.

Este deveria ser o “espírito” desta festa, ainda que comemorada da forma errada, pois Ieshua não nasceu no dia 25 de dezembro! Quando me refiro ao “espírito” da Festa estou falando da intenção de coração com que não somente esta data, mas qualquer celebração deveria acontecer, pois o motivo de uma celebração é a alegria! Sem alegria a celebração não existe! Então para os verdadeiros “crentes” esta celebração deveria ser abolida, pois ela não está registrada nas Escrituras e nem na história dos primeiros judeus crentes no Ungido, mas falaremos disso mais adiante.

Houve tempos em que o Natal era assim, todos se preparavam, durante o mês de dezembro, para comemorar o Na­tal da maneira mais pura possível. Todos se esmeravam em ser bons, amá­veis, cor­datos… todos deixavam as desavenças para outra época, e tudo eram mesuras, sorrisos, alegria, paz.

Foi então que os negociantes des­cobriram que o costume de dar presentes durante a época do Natal podia propiciar-lhes maior fonte de renda. Os mais ga­nanciosos começaram a dedicar todos os seus esforços para transformar o Natal em uma época de Vendas Especiais, de maio­res lucros, de “records” de comercia­liza­ção. E começou a procura infindável de produtos que pudessem chamar a atenção dos possíveis compra­dores, de técnicas de venda que apelassem para os melhores sentimentos altruísticos da época do Na­tal, que, enfim, levassem o maior número possível de pes­soas a esvaziarem os seus bolsos e bolsas, a fim de encher o bolso dos empresários.

E então começou a ser criado um mercado específico e característico da época natalina, com arti­gos supérfluos, mas que todo mundo acha im­portantes e necessários, cujo único objetivo é enri­que­cer quem os vende: bolas coloridas para enfeitar a árvore de Natal, a própria árvore que agora não é mais cortada do bosque, mas comprada nas lojas, desmontável, feita de plástico; séries de lâmpadas multi-coloridas, com dispositivo pisca-pisca, para enfeitar a mesma árvore; festões de papel ou de plástico para serem estendidos dentro de casa; co­roas do mesmo material para serem colocadas na porta de entrada da casa; cartões de felicitações, coloridos lindamente e com frases de efeito, cheias de carinho…

Além disso, o próprio público, quando começa o mês de dezembro, já começa a preparar as listas de presentes e a relação do nome das pessoas para quem “precisa” mandar presente, um cartão de Natal, um telegrama, ou para quem pre­cisa telefo­nar.

Assim, o Natal tornou-se uma ocasião em que se gasta mais do que se pode; em que se sente a “obrigação” de dar um presente para alguém, por­que essa pessoa nos presenteou no ano passado… porque nos fez um favor… porque é amigo íntimo…. porque… As­sim, os presentes não são “dados”, mas existe uma “troca” de presentes. Os presentes tor­nam-se uma es­pécie de pagamento por benefícios re­cebidos durante o ano, de reconhecimento por favores especiais, de de­monstração de gratidão ou de carinho especial. Haja vista que, dependendo da posição que a pessoas ocupa numa empresa, recebe incontável número de presentes.

Uma demonstração bem clara de que não há o mínimo cumprimento das Escrituras na maneira atual de comemorar o Natal é um fato que deixou admirados alguns cristãos ocidentais que visitaram o Japão recente­mente. Apesar de ser um país pagão, em que apenas uma minoria é cristã, em de­zembro as ruas se enchem de gente fa­zendo compras, há uma árvore de Natal em cada casa, e a figura do Papai Noel aparece em todas as lojas. E isto está aconte­cendo em todo o mundo. Países em que o cristia­nismo é perseguido e até ba­nido, comemoram o Natal como uma festa de fraternidade humana, de con­graça­mento, de alegria. Isso demonstra então que, por ser uma festa pagã, o Natal adapta-se muito facilmente em outras culturas que não conhecem ao Eterno e não partilham de Sua Palavra!

Outro aspecto negativo é o exagero de grande parte das pessoas em comer e beber nessa época. Isso acontece em todo o mundo e inclusive os cristãos usam especialmente a época do Natal para dar lugar à carne, comendo e bebendo a mais não poder. Pessoas circunspectas, que jamais bebem uma gota de álcool durante o ano, no Natal não resistem à tentação de participa­rem de uma ceia es­pecial regada a bebidas alcóoli­cas, com muita carne e outros alimentos indigestos.

Recentemente várias pessoas se manifesta­ram sobre o que sentem durante o Natal: algumas se sentem solitárias, ou­tras se sentem frustadas por falta de di­nheiro, outras sentem ressentimento con­tra alguém, muitas se sentem cansadas pelas tarefas desse dia. Co­merciários trabalham até altas horas, para que seus patrões fi­quem mais ricos, etc.

Em resumo, a comemoração do Natal se tem revestido de características que não estão ligadas às Escrituras e portanto são decidi­damente pagãs. Não há diferença entre a comemo­ração do Natal em um país chamado cristão, como Brasil ou França, e em um país chamado bu­dista, como o Japão. Por que acontece isso? O Natal, da maneira e na época em que é comemorado atual­mente, não passa de uma festa pagã. Isto nos leva à conclu­são de que os verdadeiros crentes preci­sam mudar drasticamente a maneira de comemorar o nascimento do seu Salvador. Urge uma mudança drástica nessa come­moração, para conformar-se novamente aos padrões bíblicos, e ao que a Palavra de D-us nos ensina e recomenda acerca desse dia.

O PINHEIRO DE NATAL

Um dos símbolos mais marcantes do Natal é a árvore de Natal, geral­mente um pinheiro, iluminada com séries de lâmpadas minúsculas e coloridas, mu­nidas de um dis­positivo que as faz se acenderem e apagarem intermiten­temente. Geralmente, uma estrela bri­lhante coroa essa árvore, pois ela é outro símbolo do Natal, da maneira como ele é comemo­rado hodiernamente.

Qual é a origem da árvore de Na­tal? Vá­rias lendas européias tentam expli­car o motivo porque ela é usada como símbolo do Natal. Na verdade essas len­das estão ligadas quase sempre ao fato de que algum povo da Europa Central ou da Escandinávia adorava árvores. Sacrifícios eram feitos na Escandinávia ao deus Thor, sempre ao pé de alguma árvore bem fron­dosa. A Enci­clopédia Barsa diz textual­mente: “A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de S. Boni­fácio (cerca de 800 d.C.). Foi adotada para substi­tuir os sacrifícios ao carvalho sa­grado de Odin (deus germâ­nico, demônio das tempestades – obser­vações do autor), adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino”.

Os povos da Escandinávia (região que com­preende a Suécia e a Noruega) outrora adora­vam árvo­res. Quando se tor­naram cristãos, fizeram das árvores de folhas duras (pinheiros, ciprestes, etc.) uma parte importante dos seus festivais cris­tãos. Em outras pala­vras, um exemplo flagrante de simples transposição de cos­tumes pagãos para a igreja cristã – evi­dência de que não houve conversão total e genuína, mas de que aquelas pessoas sim­plesmente “viraram cristãs” sem uma profunda experiência com Ieshua.

O costume de decorar casa e igre­jas com fes­tões e guirlandas de cipreste (ou imitações manu­fatura­das dele) come­çou nos tempos antigos. Os romanos tro­cavam entre si ramos de árvores verdes como sinal de que desejavam boa sorte, nas calen­das (primeiro dia) de janeiro. Os ingleses tomaram este costume empres­tado para usá-lo durante as comemorações do Natal.

Os alemães provavelmente foram os pri­meiros a enfeitarem as árvores de Natal. Eles deco­ravam as suas árvores com estrelas, anjos, brinque­dos, castanhas douradas e bolas envolvidas em papéis brilhantes. Mais tarde eles acrescentaram lantejoulas e velas acesas. Esses costumes foram copiados por outros povos euro­peus com pequenas modificações, daí passaram para os Estados Unidos, e daí chegaram até o Brasil e todo o resto do mundo.

Em outras palavras, não há ne­nhuma base genuinamente escriturística para se ter introduzido a árvore ou o pinheiro de Natal nas comemorações do nas­cimento de Ieshua. Pelo contrário, é costume em­prestado das religiões pagãs da Europa Medieval, e da Roma primi­tiva.

Além disso, existe uma indicação bem clara de que já na época de Jeremias os pagãos costumavam cortar árvores, trazê-las para sua casa, enfeitá-las, e dessa forma exercerem uma espécie de culto pagão à natureza, mais especificamente à árvore: “Assim diz o IHVH: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações. Porque os costumes dos povos são vaidade; pois corta-se do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, feita com machado; com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova” Jr 10:2-4.

Podemos então constatar que um dos sím­bolos mais característicos do Na­tal, da forma como é come­morado em nossos dias, é de origem pagã, e está um­belicalmente ligado com a idolatria.

O mesmo poderíamos dizer de outros costu­mes natalinos, como o presé­pio. Segundo a tradição, ele foi introdu­zido no século XIII, por São Francisco de Assis. Na Irlanda as pessoas deixam uma vela acesa na janela, para iluminar o ca­minho do Menino Jesus na Véspera de Natal, como se não fosse Ele próprio a Luz do Mundo.

A nossa conclamação é para que todos os genuínos crentes deixem de lado os costumes pa­gãos, a fim de comemorar o nascimento de Ieshua. Não há registro nas Escrituras nem na história do primeiro século que os judeus crentes comemoravam o nascimento de Ieshua!

PAPAI NOEL

A palavra “Noel” significa Natal em francês. Por­tanto, a expressão Pa­pai Noel significa literalmente Papai Na­tal. Quem é esse “bom velhinho” que en­trou sorratei­ramente nas comemorações do Natal, sem ser convi­dado ou bem-vindo? Essa figura e o costume de ligá-lo com o Natal, não tem nenhuma base bíblica, e – pior do que isto – não tem origem cristã, mas é uma figura decididamente pagã, trans­plantada para o cristianismo pelos povos que não experimentaram uma con­versão genuína a Ieshua, mediante uma ex­periência verdadeira de salvação, mas simplesmente “viraram cristãos” por con­veni­ência, injunções políticas ou econô­micas, ou então por ignorância e falta de ensino verdadeiramente bíblico, mistura­ram práticas pagãs com a mensagem do Evangelho, trazendo costumes estranhos ao cristia­nismo para o seio da igreja cristã.

Qual é a origem do Papai Noel? Quase certa­mente a sua origem é pagã. Há, contudo, quem ligue o mito de Papai Noel com a lenda de São Nicolau. São Nicolau foi bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV. Tornou-se famoso por sua generosidade; muita gente passou a crer que qual­quer dádiva feita de sur­presa vi­nha dele. O povo da Holanda escolheu São Nicolau como patrono das crianças, e a sua fama pouco a pouco se espalhou. Em vários países europeus as crianças crêem que São Nicolau é quem lhes traz os pre­sentes que recebem do Natal.

Contudo, muito mais disseminada é a figura do velho gordo, barbudo, bigo­dudo e sorri­dente, de cabelos completa­mente brancos, que vem voando pelo céu guiando um trenó puxado por duas ou mais juntas de renas, que o identifica como proveniente do polo norte, pois é onde se usa trenó, e onde vivem as renas.

Em outros países:

  • na França ele é chamado de Pére Noel;
  • na Itália, La Befena;
  • na Suíça, Christkindli numa visível ten­tativa de con­fundí-lo com Ieshua o Ungido.

Ainda na Europa, onde as lareiras estão sem­pre acesas durante essa época do ano, por se comemo­rar o Natal bem no meio do inverno, difun­diu-se a crença de que Papai Noel entra nas casas pela cha­miné da lareira. Por isso as crianças são instadas a deixarem sua meia ou sapato no lugar bem visível, para que Papai Noel, ao chegar, os encha de doces, balas ou bom­bons, além de presen­tes vários, como brinquedos e outros objetos. Essa idéia desenvolveu-se de uma antiga lenda noru­eguesa. Os noruegueses criam que a deusa Hertha aparecia na lareira e trazia boa sorte para o lar.

Esse costume chegou no Brasil e não são pou­cas as crianças que acreditam piamente que os presen­tes que receberam foram trazidos por Papai Noel. Mais tarde, ao crescerem, descobrem que isso não passava de mentira, o que as leva a relaci­onar a festa do nasci­mento de Ieshua como uma das maiores mentiras que lhes foi impingida em sua infância. Subliminar­mente, isso as inibe de acreditarem em Ieshua, pois se um fato central do Natal como a figura de Papai Noel provou-se ser pura lenda, porque não é lenda o resto dos fatos relacionados com o Natal?

Outra coisa que deixa tristes os cristãos que desejam ver a igreja de Cristo em toda a sua pureza e resplendor é o fato de homens sérios, cris­tãos devotos, que jamais teriam a coragem de vestir uma fantasia de CARNAVAL, NÃO SE ACANHEM DE FANTASIAR-SE DE PAPAI NOEL, e “fingir” que distribuem às crianças da igreja os presentes que seus próprios pais já haviam comprado de an­te­mão… E esse velho mitológico está, pouco a pouco, tomando o lugar do perso­nagem que deveria ser o dono da festa, ao ponto de o Natal, ao invés de ser chamado FESTA DE IESHUA, estar recebendo o título de “FESTA DE PAPAI NOEL”.

QUANDO IESHUA NASCEU?

A conclusão surpreendente a que che­gamos é de que Ieshua não nasceu nem poderia ter nascido em dezembro, nem poderia usar para nascer uma data de festividade pagã, como a Saturnália ro­mana ou o natalis invicti solis, mas usou uma festa ju­daica, a Festa de Taberná­culos, que no calendário judaico corresponde ao sétimo mês (que cai entre o fim de setembro e o fim de outubro do nosso calen­dário), como oca­sião para vir ao mundo.

Por isso devemos agora nos perguntar: “O que fazer com as chamadas Festas Pagãs na Igreja”? A resposta é: abolir totalmente! Precisamos de uma medida radical para podermos retornar ao Eterno e assim podermos então ter a certeza de que estaremos de novo em sua presença da forma como Ele deseja celebrando as Festas que estão designadas em Sua Palavra!

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Mário Moreno.