Os imortais

Mário Moreno/ dezembro 15, 2017/ Artigos

Os imortais

Quem jamais sonhou, em seus sonhos impossíveis e devaneios em ser um ser imortal, em viver para sempre! Creio que todos nós, pelo menos uma vez, já paramos para pensar sobre isso. É interessante como nós temos a necessidade de viver, não somente uma dimensão imediatista, do dia-a-dia mas também uma dimensão futura que nos dê esperanças para continuarmos nossa ca­minhada. Mas, o que é ser imortal? Quem são os imortais? O poeta escreveu assim:

“Não há tempo para nós

Não ha lugar para nós

Que coisas são estas que povoam nossos sonhos

Quem quer viver para sempre

Não há chance para nós

Tudo está decidido

Este mundo tem poucos doces momentos em nossas vidas

Quem quer viver para sempre

Quem ousa amar para sempre…

Quando amar significa morrer…”

O poeta parece tentar desafogar um anseio que estrangula seu coração pela eternidade, pois ele também tem uma di­mensão eterna que precisa se encontrar para estar preparada para partir deste mundo para a eternidade, pois ser imortal não significa permanecer vivo eternamente aqui na terra, vivenciando fatos e conhecendo pessoas geração após geração, tempo após tempo, época após época, mas signi­fica a certeza inabalável que O Eterno nos aguarda para estarmos ao seu lado pela eternidade.

D-us quando cria o homem lhe dá um de seus atributos: a eternidade. Ele cria Adam como um ser eterno, imortal, um homem como jamais a raça humana pôde imaginar, alguém que tinha acesso direto à Divindade, pois eram semelhantes entre si: “E ouviram a voz do IHVH Elohim, que passeava no jardim pela viração do dia; e esconderam-se Adão e sua mulher da presença do IHVH Elohim, entre as árvores do jardim. E chamou o IHVH Elohim a Adão, e disse-lhe: Onde estás? E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me” Gn 3.8-10. Então aparece na história humana ha Satan (O adversário), que persuade a mulher a trocar a imortalidade da raça humana pela morte, como se a morte fosse melhor do que a vida. A partir de então a humani­dade passa a sofrer amargamente, pois agora todas as conseqüências do pecado estão presentes e atuantes na vida do ho­mem! Pobre homem… Perdeu a eterni­dade, perdeu a imortalidade, perdeu a co­munhão com a Divindade… Agora tudo parece perdido; sombras ao redor mostram a nova perspectiva da vida humana, e agora, o homem está definitivamente afastado de D-us por sua livre escolha: amou mais a mentira dita por ha Satan do que a eterna Palavra de D-us. Mas espere: há uma esperança! O Eterno lhes promete um li­bertador, um homem que haveria de re­conquistar a imortalidade, a eternidade e a comunhão definitiva com a Divindade. Para isso acontecer este homem teria de vencer aquele que iludiu a humanidade afirmando ser a morte melhor que a vida. Então, “na plenitude dos tempos” Elohim envia Seu Filho, Ieshua como aquele que venceria o arqui-inimigo da humani­dade: ha Satan. O mundo é agitado pela chegada do Ungido (tanto o mundo físico quanto o espiritual) e logo notam-se reflexos em todas as partes: estrelas anunciam a Ungido, os homens são avi­sados pelos anjos e buscam-no para adora­rem, e aos humildes é revelada a Divin­dade!

Mas enquanto isso acontece, nos bastidores o ini­migo procura deter o avanço do Filho bendito de Elohim e tenta, em várias vezes, frustrar os planos de Elohim, matando seu Filho. Porém o Eterno está envolvido até o pescoço nisto e preserva milagrosamente seu Filho, para que se cumpra o que es­tava escrito sobre Êle. E o menino se torna homem, inicia seu ministério com um encontro assustador: no deserto, defronta-se com o Mentiroso Universal que o incita, tenta, mente, mas não consegue seu in­tento, pois o Filho de Elohim sai do embate vitorioso e ainda humilha o inimigo di­zendo-lhe: “Não tentarás ao IHVH TEU Elohim” (Mt 4.7 – grifo nosso). Ha Satan teve de ouvir que Ieshua era e é o Elohim dele, ou seja, Ieshua foi, é e será sempre superior a ele, não somente como Criador mas também como homem ele o foi. O inimigo ao final retira-se mas fica sempre à es­preita do Filho de Elohim esperando um bom momento para o ataque.

Depois de passados aproximadamente três anos, novamente o inimigo ataca o Filho de Elohim, ferindo-o e matando-o (pregando-o na estaca de execução). Neste exato momento novamente o mundo físico e espiritual sentem a morte do Príncipe da vida e reagem violenta­mente: “E eis que o véu do templo se rasgou em dois, de alto a baixo; e tremeu a terra, e fenderam-se as pedras; e abriram-se os sepulcros, e muitos corpos de santos que dormiam foram ressuscitados; e, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dele, entraram na cidade santa, e apareceram a muitos” Mt 27.51-53. Neste ínterim, o Príncipe da Trevas, julgando-se vitorioso, festeja nas profundezas a derrota do Eterno e seu recém-adquirido domínio do mundo físico e espiritual, pois agora, através da derrota que a eternidade sofrera – com a morte de Ieshua – tudo será possível à ele (há satan) por isso todos os seus aliados festejavam a morte da Divindade e o nascimento de outro deus: Satan. Os dias passaram-se, e o mundo já não era mais o mesmo, pois o Filho de Elohim deixara profundas marcas que não seriam facilmente esquecidas por aqueles que haviam presenciado tudo o que Ele fora capaz de fazer e dizer, algo que nunca fora visto antes, fatos singula­res, só possíveis para alguém que fosse o próprio Criador.

Mas após três dias, há uma profunda revolução no mundo espiritual e físico, pois enquanto festejavam a vitória nas profundezas do mundo espiritual, ha satan e seus demônios têm sua festa in­terrompida de forma brusca por um Ser singular: de repente, em meio a eles surge o Cordeiro que foi morto, o Príncipe da Vida. Ha Satan, profundamente assom­brado diz: “Não é possível, você não pode estar vivo, pois eu mesmo lhe matei e to­dos contemplaram isso”. A resposta de Ieshua a Satanás é surpreendente: “Como poderia você matar a própria Vida? Vejo que você se esqueceu do que eu te disse: Eu sou o IHVH Teu Elohim! Portanto, agora que venci a morte, retomo a autori­dade sobre a morte e sobre o inferno”. Neste momento o Filho de Elohim humilha a ha Satan, retirando dele a autoridade que ele havia usurpado através do engodo no Éden. Que maravilhosa notícia! Ieshua é mais Senhor do que nunca! Não há poder no céu, na terra ou abaixo dela capaz de­ vencer ao Senhor Ieshua! Agora, Ieshua de­volve ao homem a condição de ser imortal, de poder novamente ter uma profunda comunhão com o Eterno e de participar da eternidade! Agora, através do Espírito o Santo podemos novamente participar de todas estas bênçãos que nos foram outor­gadas pelo Filho de Elohim, o Vencedor do Calvário, o Ressurreto entre os mortos, o Desejado das Nações!

Não nos esqueçamos disso: so­mente Êle é capaz de nos dar tudo o que desejamos, pois foi Êle quem venceu para que com Êle herdássemos também todas as coisas! Novamente podemos dizer: em Ieshua somos Imortais!

Amém.

Mário Moreno.

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