Por amor a Sião

Mário Moreno/ dezembro 23, 2017/ Artigos

Por amor a Sião

DE QUE LADO ESTAMOS?

As câmaras de vídeo de todo o mundo se voltaram para o Oriente Médio. Os sangrentos conflitos entre judeus e palestinos tornaram-se não só notícia de destaque, mas também uma oportunidade para as opiniões se manifestarem e, com elas, uma posição ser tomada.

Quem está com a razão? A quem apoiar? De que lado ficar? Isso pode parecer uma questão simples ou até sem muitas consequências, para nós, aqui no Brasil, um País de paz, longe da guerra e sem ligações diretas com aquela região do Planeta.

“Ah, mas sem dúvida isso nos atinge, porque atinge a economia mundial”, pode alguém dizer. “A questão do Petróleo, a globalização… O que acontece no mundo, que não atinge o mundo?”

Esta é, sem dúvida, uma avaliação consciente, de alguém bem informado. Mas os atuais conflitos na Terra de Israel nos atingem muito mais do que podemos imaginar. Vejamos porque:

Porque a nação e o reino que não te servirem perecerão; sim, essas nações serão de todo assoladas” – Isaías 60:12.

Porque aquele que toca em vós toca na menina do Seu olho” – Zacarias 2:8.

Abençoarei aos que te abençoarem, e amaldiçoarei àquele que te amaldiçoar” – Gênesis 12:3.

Eis que envergonhados e confundidos serão todos os que se irritam contra ti, tornar-se-ão em nada; e os que contenderem contigo perecerão” – Isaías 41:11.

Pois o IHVH tem um dia de vingança, um ano de retribuições pela causa de Sião” – Isaías 34:8.

Tu te levantarás e terás piedade de Sião; pois é tempo de te compadeceres dela; sim, o tempo determinado já chegou” – Salmo 102:13.

Não bastassem todas estas palavras bíblicas, que dispensam comentários e são totalmente atuais, porque “Israel e Judá não foram abandonados do seu Elohim, o IHVH dos exércitos, ainda que a terra deles esteja cheia de culpas contra o Santo de Israel” (Jeremias 51:5) e porque “Elohim não rejeitou ao seu povo que antes conheceu” (Romanos 11:2), uma razão a mais nos atinge diretamente como Nação Brasileira: Nós, crentes em Ieshua O Ungido e seus verdadeiros seguidores, temos uma obrigação espiritual de estar ao lado de Israel.

Mas por que? Porque, uma vez “enxertados na oliveira verdadeira” e tornados parte dela, não podemos nos omitir como se isso mão fizesse diferença, pois a nossa omissão ou posicionamento contrário deporá contra nós mesmos.

Infelizmente, em outros momentos da história da humanidade o povo judeu passou por sérias e mortais perseguições, crises e guerras e o que a Igreja fez, com raríssimas exceções, foi, ou ser a própria autora das atrocidades (Cruzadas, Inquisição) ou assistir a tudo por detrás das cortinas, “lavando as mãos” (Pogrons, Holocausto Nazista, Guerra dos Seis Dias, Guerra de Iom Kipur, dentre outras.).

Mas as Sagradas Escrituras nos deixaram a instrução de orar por Israel e com ele contribuir, até mesmo materialmente:

Orai pela paz em Jerusalém, prosperem aqueles que te amam” (Salmo 122);

Isto pois lhes pareceu bem, como devedores que são para com eles. Porque, se os gentios foram participantes das bênçãos espirituais dos judeus, devem também servir a estes com as materiais” (Romanos 15:27).

E estes chamados não podem, definitivamente, ser negligenciados, a menos que queiramos nos rebelar contra D-us ou nos tornarmos maus seguidores daquele que deu a sua vida por nós.

Na prática isso quer dizer:

Que devemos tomar posição ao lado de Israel, percebendo o mover espiritual que está por trás dos atos violentos palestinos, que levam homens, mulheres e crianças a atos suicidas, com a ilusória promessa do “céu”.

Quer dizer também orar pelos árabes e trabalhar tanto quanto possível pelo seu conhecimento de Ieshua, “o qual deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade” (I Timóteo 2:4).

Quer dizer orar por Israel, para que D-us, que endureceu, Ele mesmo quebrante e abra os seus olhos (“…foram endurecidos, como está escrito: D-us lhes deu um espírito entorpecido, olhos para não verem, e ouvidos para não ouvirem, até o dia de hoje. “Porque não quero, irmãos, que ignoreis este mistério (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado; e assim todo o Israel será salvo, como está escrito…” – Romanos 11:8,25,26)

E quer dizer, ainda, e principalmente, que devemos agir em favor daqueles que “são israelitas, de quem é a adoção, e a glória, e os pactos, e a promulgação da lei, e o culto, e as promessas” (Romanos 9:4) e a quem “foram confiados os oráculos de Elohim” (Romanos 3:2), e isso com atitudes práticas e bem objetivas, tais como defender em público, apoiar financeiramente e até refugiar. E isso não é uma questão distante ou só para os filmes…

Portanto, se um judeu estiver sendo atacado e perseguido ao nosso lado, não porque cometeu algum delito, fique bem claro, mas simplesmente porque é judeu e pertence à Nação que D-us lhe deu por herança, o que faremos? Se ele precisar se esconder, nós o ajudaremos? E se ele precisar de nosso apoio, a ponto de sermos também perseguidos, o que faremos? Orar é importante, mas às vezes não é tudo. Qual será a nossa posição?

D-us está do lado de Israel, como comprovam as Escrituras Sagradas.

E nós, de que lado estamos?

Por amor de Sião não me calarei, e por amor de Jerusalém  não descansarei, até que saia a sua justiça como um resplendor e a sua salvação como uma tocha acesa” Isaías 62:1.

Mário Moreno.

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