Jesus ou Ieshua?

Mário Moreno/ janeiro 4, 2018/ Artigos

Jesus ou Ieshua?

O que está por trás de um nome?

Será que o nome verdadeiro do Messias é Jesus, ou será este um nome criado por erros contínuos de traduções mal feitas das Escrituras? Vamos dar início a uma caminhada com argumentos que nos farão pensar e nos levarão a uma tomada de posição sobre o certo e o errado.

O significado do nome na tradição judaica

A tradição judaica nos ensina que:

Quando D’us fez o primeiro homem, Adam, instruiu-o a dar nomes a tudo que Ele criara. Nossos sábios nos dizem que Adam compreendia as origens de todas as criaturas e assim era capaz de designar para cada coisa um nome apropriado correspondente à sua fonte nos céus.

Semelhantemente, segundo a tradição, os pais recebem uma inspiração Divina ao selecionarem nomes para os seus filhos. Deste modo, não importa qual o nome judaico escolhido, certamente ele será o mais adequado para aquele menino ou menina.

Um nome ajuda a estabelecer um elo entre a criança e a herança do seu povo. Geralmente é selecionado através do vasto tesouro de nomes encontrados na Torah e no Talmud ou em nomes tradicionais judaicos que foram dados a crianças judias no decorrer de gerações.

O nome da pessoa está intimamente ligado à essência de sua alma. Se uma pessoa desmaiar, poderá ser reanimada se alguém sussurrar-lhe ao ouvido seu nome judaico.

Fonte: http://www.chabad.org.br/ciclodavida/nascimento/educacao.html.

O nome de alguém reflete a sua personalidade e seu caráter e portanto tem uma importância vital na vida da pessoa. Por isso o nome nunca é traduzido! Esta é uma regra básica que todo o tradutor conhece. Infelizmente esta regra não foi seguida pelos tradutores das Escrituras. Vou mostrar abaixo um pequeno exemplo extraído da Internet:

Nomes próprios nunca devem ser traduzidos, pois em outro idioma podem não ter o mesmo significado. Ou pior ainda ter significado ridículo. Alguns nomes têm equivalente direto, outros não. Veja só:

Edward – Eduardo
Mary – Maria
John – João
Matthew – Mateus
Joseph – José

No Entanto:
William – Guilherme
James – Thiago

É normal nos EUA e Inglaterra o uso de palavras comuns como nome próprio. Exemplos:
James Marshall (ator) =  Thiago Marechal
Tom Cruise (ator) =  Tom (nome dado ao gato macho) Cruzeiro (viagem por mar)
Louis Armstrong (musico de Jazz) =  Luiz Braçoforte
William Hurt (ator) = Guilherme Machucado
Paul Newman (ator) =  Paulo NovoHomem
John Carpenter (diretor de cinema) =  João Carpinteiro
Brad Pitt (ator) = Prego sem cabeça – Buraco no solo
James Bond (personagem de filme) =  Thiago Compromisso
Johnny Weaver (cantor country) =  Joãozinho Tecelão
Johnny Rivers (cantor)  =  Joãozinho Rios
James Taylor (cantor) =  Thiago Alfaiate {alfaiate -(tailor) é com “i” mas na pronuncia é igual}

Fonte: http://www.steacher.pro.br/names.html.

O fundo histórico da época de Ieshua

Na época de Ieshua se falava o hebraico e o aramaico babilônico que surgira na Babilônia na época do exílio. Ali não se falava grego ou outra língua; mesmo entre os soldados romanos que ali estavam havia um entendimento do hebraico e até mesmo dos mandamentos da Torah. Um exemplo disso está em Lucas 7:2-5 onde está escrito: “E o filho de um certo centurião, a quem muito estimava, estava doente e moribundo. E, quando ouviu falar de Ieshua, enviou-lhe uns anciãos dos judeus, rogando-lhe que viesse sarar o seu filho. E, chegando eles junto de Ieshua, rogaram-lhe muito, dizendo: É digno de que lhe concedas isto. Porque ama a nossa nação e ele mesmo nos edificou a sinagoga”. Este relato nos mostra que o centurião estava totalmente adaptado a Israel inclusive “culturalmente” falando. E mais: quando ele ouviu dizer que um certo Rabino chamado Ieshua se aproximava da aldeia onde ele residia, foi pessoalmente falar com ele, mesmo sendo um estrangeiro.

Esta prova textual coloca por terra o argumento de que os judeus falavam grego em sua própria nação! Certamente este centurião falava hebraico e foi conversar com o Rabino Ieshua sobre seu problema.

Isso nos mostra que a língua falada na época era o hebraico. Então vem a pergunta: como era o nome do Messias? Seria “Jesus”? Ou seria Ieshua?

Vamos ver mais uma evidência textual sobre isso:

“E eis que em teu ventre conceberás, e darás à luz um filho, e pôr-lhe-ás o nome de Ieshua” Lc 1.31.

“E intentando ele isto, eis que em sonho lhe apareceu um anjo do IHVH, dizendo: Iosef, filho de David, não temas receber a Mirian tua mulher, porque o que nela está concebido, do Espírito o Santo é. E dará à luz um filho que pôr-lhe-ás por nome Ieshua, porque ele salvará a seu povo de seus pecados” Mt 1.20-21.

A pergunta que devemos fazer é: O anjo – mensageiro – do Eterno que falou com Mirian e depois com Iosef falou em que língua? Grego? Português? Inglês? Não, ele falou em hebraico e este mensageiro diz QUAL será o nome do Messias! Isso é mais uma evidência de que o nome do Messias não pode ser “Jesus”.

Qual é o nome do Messias?

Então vem a pergunta: de onde vem este nome?

Vejamos abaixo uma transcrição de um documento da Sociedade Bíblica do Brasil sobre este assunto:

As explicações da Comissão de Tradução, Revisão e Consulta da SBB sobre o nome de Ieshua, tema que vem despertando dúvidas em vários leitores.

Pergunta:

Tem fundamento a afirmativa de que o nome de Ieshua é de origem grega e não hebraica?

Resposta:

Não, não tem. Esse nome transliterado para o grego como Iesous, é hebraico e vem de Ieshua” (as aspas representam a letra hebraica ayin). A forma plena da palavra é Yehoshua”, que, a partir do cativeiro, passou a dar lugar, à forma mais abreviada Ieshua”.

Até o começo do segundo século d.C. Iesous (Ieshua”) era um nome muito comum entre os judeus. Na Septuaginta, versão do Antigo Testamento que os judeus fizeram entre os anos 285 e 150 a.C., do hebraico para o grego, o nome Iesous aparece para referir-se tanto a Iehoshua (quatro indivíduos) como aos oito Jesua mencionaods em Esdras e Neemias.

Iesous não é nome de nenhum D-us da mitologia grega, tanto que não aparece em nenhum clássico grego. Ver, por exemplo, o Dictionaire Grec-Français, de C. Alexandre, que, no apêndice de nomes históricos, mitológicos e geográficos, traz no verbete Iesous apenas o seguinte: “Ieshua, nome hebraico”.

Pergunta:

Como o nome Yehoshua” se tornou Ieshua?

Resposta:

Já vimos que o vocábulo Ieshua não se deriva diretamente de Yehoshua”, mas da forma abreviada Ieshua”, através do grego e do latim. A letra j inicial se explica da seguinte forma: os judeus da Dispersão, empenhados em traduzir as Escrituras do hebraico para o grego (a Septuaginta), não encontraram nessa língua uma consoante correspondente no hebraico. A solução, então, foi recorrer à vogal grega iota, que corresponde ao nosso i. Então escreveram Ieremias, começando com i, e assim por diante, inclusive Iesous.

Mas como foi que esse i se tornou j? Foi através do latim, que deu origem às línguas neolatinas, entre as quais está o português. No latim posterior à Idade Média, começou a aparecer na escrita a distinção que já existia na pronúncia entre i vogal e i consoante, o qual passou a ser grafado como j. Por isso, o Dicionário Latino-Português, de Santos Saraiva, traz verbetes como estes: Iesus ou Ieshua; Ieremias ver Jeremias.

Agora a explicação para o s médio de Ieshua. No vocábulo hebraico Ieshua” o grupo sh representa a consoante shin. Por não haver em grego som correspondente a essa consoante fricativa palatal (que soa como a letra x em “eixo”), os judeus a substituíram por sigma, também fricativa mas linguodental (que em grego, mesmo entre as vogais, soa como nosso ss). O ditongo grego ou soa u.

O aparecimento do s final do nome Ieshua se explica pela necessidade de tornar esse nome declinável: os judeus substituíram a letra ayin final pela letra sigma (o s do grego) do caso nominativo. Nos outros casos a palavra se declina assim: Iesou (genitivo), Iesoi (dativo), Iesoun (acusativo) e Iesou (vocativo). Com isso, foram resolvidos dois problemas de uma só vez: o nome ficou declinável, e o ayin final, que não tem equivalente em grego, foi substituído por um sigma (letra s).

Fato semelhante se deu com Judas, que reflete a forma grega Ioudas, que em hebraico é Yehudah (Iehuda). Outros nomes hebraicos que terminam com a gutural he tem em grego, em latim e em português o som s: Isaías, Jeremias, Josias e Sofonias. Outro exemplo é o vocábulo Mashiac, que termina com a gutural sonora cheth (ch), a qual em grego, em latim e em português deu lugar ao som de s: Ungido.

A evolução do termo de uma língua para outra é a seguinte: Ieshua” (hebraico) > Iesous (grego) > Jesus (latim) > Jesus (português).

Artigo extraído da revista “A Bíblia no Brasil” edição de julho a dezembro de 1.995 – página 27.

Comentário: Notemos que o nome de Ieshua no original hebraico é este mesmo não podendo ser modificado de forma alguma. O nome Ieshua em português é correto e nada há que prove ao contrário e independente de Ieshua ou Ieshua” este é o nome pelo qual importa que os homens sejam salvos e a este nome “todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Ieshua é o Senhor”. D-us deu ao seu Filho um nome e preservou-o durante séculos como O Nome que está acima de todo nome. Por isso não tenhamos qualquer dúvida de que a soberania e sabedoria de D-us prepararam-nos Ieshua (ou Ieshua”) para que pudéssemos desfrutar da salvação e das bênçãos que estão nele. Amém.

Este documento acima nos mostra que as Sociedades Bíblicas no mundo inteiro sabem da verdade porém não fazem nada para consertar um erro que já dura muito e continuam fazendo que as pessoas creiam em algo que não é verdadeiro, ou seja, o nome de Jesus.

A Brit Hadasha – Novo testamento – foi escrita em hebraico e os cinco manuscritos existentes não mostram outro nome a não ser Ieshua! Esta é uma poderosa ferramenta para provar-se que o verdadeiro nome do Messias é Ieshua e não um outro nome qualquer inventado por alguém, pois o que os tradutores das Escrituras fizeram foi inventar um nome para o Messias – sem falar nos demais nomes que foram trocados nas Escrituras – a fim de “facilitar” as pessoas a pronunciarem-no. Mas há algo muito sério nas Escrituras que deveria ter gerado temor e tremor nestas pessoas que tem a responsabilidade de trazer o público cristão/evangélico as Escrituras para que eles possam ler, estudar e crer naquilo que está escrito. Na Bíblia temos dois versos que dizem:

“Não acrescentareis à palavra que vos mando, nem diminuireis dela, para que guardeis os mandamentos do IHVH vosso Elohim, que eu vos mando” Dt 4.2.

“Ora eu protesto a cada qual que ouvir as palavras da profecia deste livro que, se alguém lhes acrescentar alguma coisa, Elohim fará vir sobre ele as pragas que estão escritas neste livro; e, se alguém diminuir das palavras do livro desta profecia, Elohim tirará a sua parte do livro da vida e da cidade santa, e das coisas que estão escritas neste livro” Ap 22.18-19.

Estes versos não precisam de interpretação; eles falam por si só! Então fica a pergunta: qual é o verdadeiro nome do Messias? Tire suas próprias conclusões, mas saiba que nestes últimos tempos o Eterno tem trazido à tona a verdade para que possamos experimentar um grande mover dos céus na terra, e este mover virá a partir do conhecimento da Palavra do Eterno! Veremos ainda muitos milagres e outras evidências que serão trazidas para entre nosso povo por causa de Sua Palavra!

Que o Eterno nos ajude a entendermos a Sua Palavra e também que possamos ser participantes deste grande evento dos dias finais.

Mário Moreno.

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