Mário Moreno/ julho 13, 2021/ Artigos

Apocalipse 5

E vi na mão direita do que estava assentado sobre o trono um livro escrito por dentro e por fora, selado com sete selos. E vi um mensageiro forte, apregoando em alta voz: Quem é digno de abrir o livro e desatar os seus selos? E ninguém nos céus, nem na terra, nem debaixo da terra, podia abrir o livro, nem olhar nele. E eu chorava muito, porque ninguém fora achado digno de abrir o livro, nem de o ler, nem de olhar nele. E disse-me um dos anciãos: Não chores; eis aqui o Leão da tribo de Judá, a raiz de David venceu para abrir o livro e desatar os seus sete selos. E olhei, e eis que estava no meio do trono e dos quatro animais e no meio dos anciãos um Cordeiro que estava como matado, e tinha sete chifres e sete olhos: que são os sete espíritos de Elohim enviados a toda a terra. E veio, e tomou o livro da mão direita do que estava assentado sobre o trono. E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de perfumes, que são as orações dos santos. E cantavam um novo cântico, dizendo: Digno és de tomar o livro e de abrir os seus selos, porque foste morto e com o teu sangue redimiste para Deus homens de toda tribo, e língua, e povo, e nação; e para o nosso Elohim nos fizeste reis e sacerdotes; e reinaremos sobre a terra. Então olhei, e ouvi uma voz de muitos mensageiros ao redor do trono, e dos animais, e dos anciãos: e era o número deles milhões de milhões e mil de milhares, que com grande voz diziam: Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber potência, e riquezas, e sapiência, e força, e honra, e glória, e louvor. E ouvi a toda criatura que está no céu, e na terra, e debaixo da terra, e que está no mar, e a todas as coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro seja louvor, e honra, e glória, e potência, para todo o sempre já mais. E os quatro animais diziam: Amém. E os vinte e quatro anciãos prostraram-se e adoraram ao que vive para todo o sempre” Ap 5.1-14.

Sefer Katub (ספר כתוב) Livro do contrato nupcial – A Palavra “Ketub” está associada à “escrever, registrar, alistar”; porém em sua raiz temos o termo “ketubá” é o contrato matrimonial judaico, que tem sido parte integrante dos casamentos por aproximadamente dois milênios. Tradicionalmente, as Ketubot (plural de Ketubá) são escritas em aramaico – o idioma utilizado pelos judeus durante o período do exílio babilônico e mais tarde quando eles retornaram à terra de Israel – e definem as responsabilidades matrimoniais. Há também versões em hebraico, que podem ainda ser acompanhadas por texto em português.

O que podemos dizer disso?

Entendemos que este livro que será aberto é o livro que está ligado à identidade da Noiva do Cordeiro. Mas, perguntamos, quem é a Noiva do Cordeiro?

A Noiva é ISRAEL, a nação que gerou o Noivo e que espera ansiosamente que Ele venha para desposá-la! “Porque, como o mancebo se casa com a donzela, assim teus filhos se casarão contigo: e, como o noivo se alegra da noiva, assim se alegrará de ti o teu Elohim” Is 62.5. A literatura judaica está repleta de alusões a Israel como “A Noiva” do Eterno e a Bíblia também aponta para isso. Nós entendemos que existe um povo que faz parte da Noiva – foi “enxertado” ali – e que também fará parte deste grande evento. O povo a que me refiro são os justos que creem em Ieshua e que foram conectados a Israel – a oliveira – conforme Sha´ul nos ensina em Romanos capítulo 11.

Já o capítulo 6 de Apocalipse nos mostra uma “transição” entre a abertura deste livro e a manifestação dos quatro cavaleiros. O que acontece para transicionar estes eventos é o arrebatamento, que dará início à grande tribulação, que curiosamente durará sete anos – o casamento judaico dura sete dias!

É preciso considerar que o livro de Apocalipse é cronológico pois apresenta os fatos que ocorrerão de um ponto de vista celestial, pois Iochanan – João – foi levado à eternidade e dali viu os fatos acontecendo um após o outro, ou seja, numa ordem cronológica.

Este evento – o arrebatamento – é somente para aqueles que fizeram um “contrato de casamento” com o Eterno através de seu Filho Ieshua.

Mas, a quem foi destinado este contrato?

A Escritura nos responde dizendo: “Porque isto é bom e agradável diante de Elohim, nosso Salvador, que quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade” I Tm 2.3,4.

Porém quem fará uso deste privilégio?

Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Elohim: aos que crêem no seu nome” Jo 1.12.

E os filhos são aqueles que foram gerados por Ieshua e também – de tabela – se tornaram parte da Noiva, que estão ligados a Israel.

Dirás, pois: Os ramos foram quebrados, para que eu fosse enxertado. Está bem: pela sua incredulidade foram quebrados, e tu estás em pé pela fé: então, não te ensoberbeças, mas teme. Porque, se Elohim não poupou os ramos naturais, olha que porventura não te poupe a ti também. Considera, pois, a bondade e a severidade de Elohim: para com os que caíram, severidade; mas para contigo, benignidade, se permaneceres na sua benignidade; de outra maneira também tu serás cortado. E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Elohim para os tornar a enxertar. Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais, serão enxertados na sua própria oliveira! Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não sejais sábios em vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado” Rm 11.20-25.

Estas são questões importantes e que merecem nossa atenção e também muito cuidado, pois envolvem não somente a salvação de muitas vidas como também a expectativa que devemos ter pela vinda de Ieshua. Em nossos dias temos visto um aumento da incredulidade e também da negação do arrebatamento. Nas redes sociais a divulgação destes conceitos tem aumentado e feito com que pessoas sinceras percam sua esperança na vida de Ieshua por ouvirem palavras contrárias e que tiram a esperança dos mais fracos na fé.

O argumento dos incrédulos e daqueles que negam as Escrituras é: “Ele não veio em 2000 anos então não virá agora”. Para qualquer pessoa mais esclarecida o argumento é no mínimo idiota, pois esbarra com a soberania do Eterno em enviar Ieshua QUANDO ELE QUISER. Os sinais dos tempos avançam e nos dão “dicas” de quando isso poderá acontecer com a finalidade de ficarmos atentos, mas o momento exato do arrebatamento ninguém sabe. Por isso estar sempre preparado não é opcional; é nossa obrigação.

O que vem a seguir?

Sabemos que vivemos nos últimos dias e estres são dias difíceis conforme nos foi dito por Sha´ul: “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos; porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presuntuosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, temerários, inchados, mais amigos dos deleites do que amantes de Elohim, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.” II Tm 3.1-5. Parece que as palavras de Sha´ul foram escritas em nossos dias tamanha é a sua aplicação ao contexto em que vivemos! O que foi dito pelos homens de D-us nas Escrituras está se cumprindo dia após dia, então podemos dizer que muito em breve teremos surpresas que poderão mudar os destinos de toda a humanidade. Por isso cabe a cada um de nós olhar para entro de si e perguntar: “Estou pronto para o arrebatamento?” ou mesmo “Estou pronto para a morte?” Em ambos casos a resposta determinará o destino final de cada pessoa e por isso é muito importante que cuidemos de nossa vida espiritual, pois o período que estamos aqui é passageiro, mas vamos sair desta dimensão física para uma espiritual que será eterna. O que fazemos aqui determinará onde estaremos em nosso próximo passo rumo à eternidade. A escolha é pessoal e intransferível. Seja sábio em suas próximas escolhas no que tange à eternidade.

Baruch ha Shem!

Mário Moreno.