Menorah Menorah não é realmente um nome, mas uma daquelas palavras ordinárias hebraicas que a fizeram no vernáculo moderno (como Amén, Shalom, Aleluia). A palavra Menorah descreve o candelabro de sete hastes (Êx 25:32) com sete lâmpadas destacáveis (Êx 25:37, Nm 8:2) que foi um dos itens mais proeminentes do Tabernáculo interno (Êx 25:31-39 e 37:17-24), que por sua vez foi a parte do Tabernáculo complexo que ninguém, mas apenas os sacerdotes tem que ver. Ao longo do tempo, a menorah tornou-se um símbolo em Israel, mas muito poucos israelitas que não os sacerdotes realmente sabiam o que parecia. Na verdade, a sua representação familiar que remonta ao arco de Titus e além, é antes de tudo um palpite e em segundo lugar, provavelmente, uma tentativa de visualização das dez Menoroth Salomônicos, ao invés do um mosaico (I Rs 7.49). A menorah original foi feita por Bezalel e Oholiab, de acordo com padrões que IHVH mostrou a Moshe na montanha (Êx 25:40, 31:8), e a menos que assumamos que o Senhor estava tão preocupado com a decoração interior (invisível para arrancar) que a Bíblia gasta mais tempo sobre o projeto do complexo do Tabernáculo do que sobre a criação e inundação de Noah combinados, há obviamente algo mais para o Tabernáculo do que um design bacana ou impressionante – o Tabernáculo não foi muito impressionante em tudo, na
BRIT MILÁ – Circuncisão O nascimento de uma criança é uma experiência emocional para todos que dela participam. É um verdadeiro milagre que se reproduz a cada nascimento e transforma a vida dos pais. É um dos instantes singulares no qual se tem consciência da grandiosidade Divina. E a mãe, que passou 40 semanas apreensiva, enfrentando o desconforto do final da gravidez, esquece todas as dores, vivenciando apenas essa experiência única. Esse milagre, obra do poder de D’us, está presente no relato da Bíblia sobre a imensa alegria de Eva após ter dado à luz seu primeiro filho. Ao segurar em seus braços “carne de sua própria carne”, sente uma alegria que jamais sentira e percebe que D’us participou nesse processo de criação. Um midrash explica que há três parceiros no nascimento de uma criança: o pai, a mãe e D’us. O pai é o responsável pela matéria branca, como os ossos, cavidades, unhas, cérebro e a parte branca dos olhos. A mãe é quem dá a matéria vermelha, que forma a carne, o cabelo, o sangue, a pele e a parte escura dos olhos. D’us oferece o espírito, o hálito, a beleza dos traços, a capacidade de ver, ouvir, pensar, falar e andar. Desde os primórdios do judaísmo as crianças são consideradas algo precioso, que deve ser protegido, merecedor de tempo e energia. Esta visão não era
Tefilin Tefilin (em hebraico תפילין, com raiz na palavra tefilá, significando “prece”) é o nome dado a duas caixinhas de couro, cada qual presa a uma tira de couro de animal kasher, dentro das quais está contido um pergaminho com os quatro trechos da Torah em que se baseia o uso dos filactérios (Shemá Israel, Vehaiá Im Shamoa, Cadêsh Li e Vehayá Ki Yeviachá). Também é conhecido em português como filactério, vindo do termo grego phylaktérion, que significa basicamente “posto avançado”, “fortificação” ou “proteção”, o que explica a utilização destes objetos como proteção ou amuleto. Conteúdo dos tefilin Os tefilins contêm pergaminhos onde estão inscritos quatro trechos da Torah que enfatizam a recordação dos mandamentos e da obediência a Deus. Essas porções do texto bíblico, conforme vertidos para português pela tradução Almeida Corrigida Fiel, são alistados em seguida segundo a ordem em que surgem no conjunto dos textos sagrados: Êxodo 13:1-10 “Então falou o IHVH a Moshe, dizendo: Santifica-me todo o primogênito, o que abrir toda a madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é. E Moshe disse ao povo: Lembrai-vos deste mesmo dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; pois com mão forte o IHVH vos tirou daqui; portanto não comereis pão levedado. Hoje, no mês de Abibe, vós saís. E acontecerá que, quando o IHVH te houver
A Kipá A Kipá… uma indumentária judaica nos conecta ao Eterno e também nos remete à nossa identidade judaica como aqueles que tem origem no Povo escolhido pelo Eterno para trazer a redenção aos homens que a desejam. O significado da palavra kipá é “arco”, que fica compreensível quando pensamos em seu formato. A kipá é um lembrete constante da presença de D’us. Relembra o homem de que existe alguém acima dele, de que há Alguém Maior que o está acompanhando em todos os lugares e está sempre o protegendo, como o arco, e o guiando. Onde quer que vá, o judeu estará sempre acompanhado de D’us. Nossos sábios afirmam que cobrir a cabeça também está associado à humildade, pois nos lembra que existe algo acima de nossa cabeça (nosso intelecto): D’us. A kipá deve estar sempre sobre a cabeça, lembrando que há alguém acima de nós observando todos nossos atos. Isso faz com que reflitamos mais sobre nosso comportamento e nossas ações. O Talmud, no tratado de Shabat, traz a passagem, “Hicon licrat Elokecha Yisrael“, “Prepare-te diante de seu D’us, Israel”. Baseado nesse versículo, nossos Sábios costumavam preparar-se no momento da prece demonstrando que estavam prestes a ter um encontro com o Rei dos Reis. O Talmud também ilustra este assunto trazendo a história de um menino que era cleptomaníaco. Porém pelo mérito de manter a cabeça
O mês de Tishrei Segundo o Sefer Yetzirá, cada mês do ano judaico tem uma letra do alfabeto hebraico, um signo do zodíaco, uma das doze tribos de Israel, um sentido e um membro do corpo que corresponde a ele. Tishrei é o sétimo dos doze meses do calendário judaico. Tishrei começa com o “período” (tekufá) do outono (cujos três meses – Tishrei, Cheshvan e Kislêv – correspondem às três tribos do acampamento de Efraim – Efraim, Menashe, Benjamim – que estavam situadas a oeste). Na Torá, Tishrei é chamado yerach ha’etanim, “o mês dos fortes” ou “o mês dos antigos”. No que diz respeito ao cálculo dos “anos”, Tishrei é o primeiro mês do ano (antes da Outorga da Torá a Israel, Tishrei era o primeiro mês do ano). Tishrei permuta com reishit, “princípio”, como está escrito [sobre a Divina Providência sobre a Terra de Israel e o mundo inteiro]: “Sempre estão os olhos de Havayá ter D’us ali, do princípio até o fim do ano”). Como o sétimo mês a partir de Nissan (o mês da redenção e independência judaicas), Tishrei é o “mais querido” dos meses, como está escrito: “Todos os sete são queridos.” A palavra “sete” é cognata de “saciado”, e assim é o mês de Tishrei referido como “o mais saciado dos meses”, pois mais que qualquer outro mês do ano ele está
A Estrela de David Esta estrela de seis pontas (hexagrama), feita de dois triângulos entrelaçados, pode ser encontrada em mezuzot, menorás, bolsas de talit e kipot. As ambulâncias em Israel exibem o desenho da “Estrela Vermelha de David”, e a bandeira do país tem uma Estrela de David plantada bem no centro. Qual é a origem desse símbolo de seis pontas? As seis pontas simbolizam o governo de D’us sobre o universo em todas as seis direções. No decorrer da longa e difícil história do povo judeu, atingimos a compreensão de que nossa única esperança é colocar nossa confiança em D’us. Originalmente, o nome hebraico – Maguen David – literalmente “Escudo de David” – referia-se poeticamente a D’us. Reconhece que nosso herói militar, o Rei David, não venceu pela própria força, mas pelo apoio do Todo Poderoso. Isso também é mencionado na terceira bênção após a leitura da Haftará no Shabat: “Bendito sejas Tu, D’us, Escudo de David.” Existem várias outras explicações sobre o significado por trás da Estrela de David. Uma ideia é que uma estrela de seis pontas recebe forma e substância do seu centro sólido. Este âmago interior representa a dimensão espiritual, cercada pelas seis direções universais. (uma ideia similar aplica-se ao Shabat – o sétimo dia, que dá equilíbrio e perspectiva aos seis dias da semana). Na Cabalá, os dois triângulos representam a dicotomia