Natal?
Natal?
A comercialização do Natal
Noite Feliz, noite feliz….
O Natal devia ser uma época de sonho, de alegria, de auto-doação, de caridade, enfim, de felicidade. Devia ser uma época em que todas as pessoas pensassem apenas em ser boas, em ajudarem os outros, em sorrirem, em falarem palavras doces, em serem amáveis. A ocupação principal dos cristãos deveria ser cantar hinos de louvor ao Eterno pelo nascimento de Ieshua, lerem a história desse maravilhoso acontecimento que mudou o curso da história a humanidade, e agradecerem ao Eterno pelo Maior Presente que a humanidade já recebeu – a própria pessoa de IESHUA.
Este deveria ser o “espírito” desta festa, ainda que comemorada da forma errada, pois Ieshua não nasceu no dia 25 de dezembro! Quando me refiro ao “espírito” da Festa estou falando da intenção de coração com que não somente esta data, mas qualquer celebração deveria acontecer, pois o motivo de uma celebração é a alegria! Sem alegria a celebração não existe! Então para os verdadeiros “crentes” esta celebração deveria ser abolida, pois ela não está registrada nas Escrituras e nem na história dos primeiros judeus crentes no Ungido, mas falaremos disso mais adiante.
Houve tempos em que o Natal era assim, todos se preparavam, durante o mês de dezembro, para comemorar o Natal da maneira mais pura possível. Todos se esmeravam em ser bons, amáveis, cordatos… todos deixavam as desavenças para outra época, e tudo eram mesuras, sorrisos, alegria, paz.
Foi então que os negociantes descobriram que o costume de dar presentes durante a época do Natal podia propiciar-lhes maior fonte de renda. Os mais gananciosos começaram a dedicar todos os seus esforços para transformar o Natal em uma época de Vendas Especiais, de maiores lucros, de “records” de comercialização. E começou a procura infindável de produtos que pudessem chamar a atenção dos possíveis compradores, de técnicas de venda que apelassem para os melhores sentimentos altruísticos da época do Natal, que, enfim, levassem o maior número possível de pessoas a esvaziarem os seus bolsos e bolsas, a fim de encher o bolso dos empresários.
E então começou a ser criado um mercado específico e característico da época natalina, com artigos supérfluos, mas que todo mundo acha importantes e necessários, cujo único objetivo é enriquecer quem os vende: bolas coloridas para enfeitar a árvore de Natal, a própria árvore que agora não é mais cortada do bosque, mas comprada nas lojas, desmontável, feita de plástico; séries de lâmpadas multi-coloridas, com dispositivo pisca-pisca, para enfeitar a mesma árvore; festões de papel ou de plástico para serem estendidos dentro de casa; coroas do mesmo material para serem colocadas na porta de entrada da casa; cartões de felicitações, coloridos lindamente e com frases de efeito, cheias de carinho…
Além disso, o próprio público, quando começa o mês de dezembro, já começa a preparar as listas de presentes e a relação do nome das pessoas para quem “precisa” mandar presente, um cartão de Natal, um telegrama, ou para quem precisa telefonar.
Assim, o Natal tornou-se uma ocasião em que se gasta mais do que se pode; em que se sente a “obrigação” de dar um presente para alguém, porque essa pessoa nos presenteou no ano passado… porque nos fez um favor… porque é amigo íntimo…. porque… Assim, os presentes não são “dados”, mas existe uma “troca” de presentes. Os presentes tornam-se uma espécie de pagamento por benefícios recebidos durante o ano, de reconhecimento por favores especiais, de demonstração de gratidão ou de carinho especial. Haja vista que, dependendo da posição que a pessoas ocupa numa empresa, recebe incontável número de presentes.
Uma demonstração bem clara de que não há o mínimo cumprimento das Escrituras na maneira atual de comemorar o Natal é um fato que deixou admirados alguns cristãos ocidentais que visitaram o Japão recentemente. Apesar de ser um país pagão, em que apenas uma minoria é cristã, em dezembro as ruas se enchem de gente fazendo compras, há uma árvore de Natal em cada casa, e a figura do Papai Noel aparece em todas as lojas. E isto está acontecendo em todo o mundo. Países em que o cristianismo é perseguido e até banido, comemoram o Natal como uma festa de fraternidade humana, de congraçamento, de alegria. Isso demonstra então que, por ser uma festa pagã, o Natal adapta-se muito facilmente em outras culturas que não conhecem ao Eterno e não partilham de Sua Palavra!
Outro aspecto negativo é o exagero de grande parte das pessoas em comer e beber nessa época. Isso acontece em todo o mundo e inclusive os cristãos usam especialmente a época do Natal para dar lugar à carne, comendo e bebendo a mais não poder. Pessoas circunspectas, que jamais bebem uma gota de álcool durante o ano, no Natal não resistem à tentação de participarem de uma ceia especial regada a bebidas alcóolicas, com muita carne e outros alimentos indigestos.
Recentemente várias pessoas se manifestaram sobre o que sentem durante o Natal: algumas se sentem solitárias, outras se sentem frustadas por falta de dinheiro, outras sentem ressentimento contra alguém, muitas se sentem cansadas pelas tarefas desse dia. Comerciários trabalham até altas horas, para que seus patrões fiquem mais ricos, etc.
Em resumo, a comemoração do Natal se tem revestido de características que não estão ligadas às Escrituras e portanto são decididamente pagãs. Não há diferença entre a comemoração do Natal em um país chamado cristão, como Brasil ou França, e em um país chamado budista, como o Japão. Por que acontece isso? O Natal, da maneira e na época em que é comemorado atualmente, não passa de uma festa pagã. Isto nos leva à conclusão de que os verdadeiros crentes precisam mudar drasticamente a maneira de comemorar o nascimento do seu Salvador. Urge uma mudança drástica nessa comemoração, para conformar-se novamente aos padrões bíblicos, e ao que a Palavra de D-us nos ensina e recomenda acerca desse dia.
O PINHEIRO DE NATAL
Um dos símbolos mais marcantes do Natal é a árvore de Natal, geralmente um pinheiro, iluminada com séries de lâmpadas minúsculas e coloridas, munidas de um dispositivo que as faz se acenderem e apagarem intermitentemente. Geralmente, uma estrela brilhante coroa essa árvore, pois ela é outro símbolo do Natal, da maneira como ele é comemorado hodiernamente.
Qual é a origem da árvore de Natal? Várias lendas européias tentam explicar o motivo porque ela é usada como símbolo do Natal. Na verdade essas lendas estão ligadas quase sempre ao fato de que algum povo da Europa Central ou da Escandinávia adorava árvores. Sacrifícios eram feitos na Escandinávia ao deus Thor, sempre ao pé de alguma árvore bem frondosa. A Enciclopédia Barsa diz textualmente: “A árvore de Natal é de origem germânica, datando do tempo de S. Bonifácio (cerca de 800 d.C.). Foi adotada para substituir os sacrifícios ao carvalho sagrado de Odin (deus germânico, demônio das tempestades – observações do autor), adorando-se uma árvore, em homenagem ao Deus-menino”.
Os povos da Escandinávia (região que compreende a Suécia e a Noruega) outrora adoravam árvores. Quando se tornaram cristãos, fizeram das árvores de folhas duras (pinheiros, ciprestes, etc.) uma parte importante dos seus festivais cristãos. Em outras palavras, um exemplo flagrante de simples transposição de costumes pagãos para a igreja cristã – evidência de que não houve conversão total e genuína, mas de que aquelas pessoas simplesmente “viraram cristãs” sem uma profunda experiência com Ieshua.
O costume de decorar casa e igrejas com festões e guirlandas de cipreste (ou imitações manufaturadas dele) começou nos tempos antigos. Os romanos trocavam entre si ramos de árvores verdes como sinal de que desejavam boa sorte, nas calendas (primeiro dia) de janeiro. Os ingleses tomaram este costume emprestado para usá-lo durante as comemorações do Natal.
Os alemães provavelmente foram os primeiros a enfeitarem as árvores de Natal. Eles decoravam as suas árvores com estrelas, anjos, brinquedos, castanhas douradas e bolas envolvidas em papéis brilhantes. Mais tarde eles acrescentaram lantejoulas e velas acesas. Esses costumes foram copiados por outros povos europeus com pequenas modificações, daí passaram para os Estados Unidos, e daí chegaram até o Brasil e todo o resto do mundo.
Em outras palavras, não há nenhuma base genuinamente escriturística para se ter introduzido a árvore ou o pinheiro de Natal nas comemorações do nascimento de Ieshua. Pelo contrário, é costume emprestado das religiões pagãs da Europa Medieval, e da Roma primitiva.
Além disso, existe uma indicação bem clara de que já na época de Jeremias os pagãos costumavam cortar árvores, trazê-las para sua casa, enfeitá-las, e dessa forma exercerem uma espécie de culto pagão à natureza, mais especificamente à árvore: “Assim diz o IHVH: Não aprendais o caminho dos gentios, nem vos espanteis dos sinais dos céus; porque com eles se atemorizam as nações. Porque os costumes dos povos são vaidade; pois corta-se do bosque um madeiro, obra das mãos do artífice, feita com machado; com prata e com ouro o enfeitam, com pregos e com martelos o firmam, para que não se mova” Jr 10:2-4.
Podemos então constatar que um dos símbolos mais característicos do Natal, da forma como é comemorado em nossos dias, é de origem pagã, e está umbelicalmente ligado com a idolatria.
O mesmo poderíamos dizer de outros costumes natalinos, como o presépio. Segundo a tradição, ele foi introduzido no século XIII, por São Francisco de Assis. Na Irlanda as pessoas deixam uma vela acesa na janela, para iluminar o caminho do Menino Jesus na Véspera de Natal, como se não fosse Ele próprio a Luz do Mundo.
A nossa conclamação é para que todos os genuínos crentes deixem de lado os costumes pagãos, a fim de comemorar o nascimento de Ieshua. Não há registro nas Escrituras nem na história do primeiro século que os judeus crentes comemoravam o nascimento de Ieshua!
PAPAI NOEL
A palavra “Noel” significa Natal em francês. Portanto, a expressão Papai Noel significa literalmente Papai Natal. Quem é esse “bom velhinho” que entrou sorrateiramente nas comemorações do Natal, sem ser convidado ou bem-vindo? Essa figura e o costume de ligá-lo com o Natal, não tem nenhuma base bíblica, e – pior do que isto – não tem origem cristã, mas é uma figura decididamente pagã, transplantada para o cristianismo pelos povos que não experimentaram uma conversão genuína a Ieshua, mediante uma experiência verdadeira de salvação, mas simplesmente “viraram cristãos” por conveniência, injunções políticas ou econômicas, ou então por ignorância e falta de ensino verdadeiramente bíblico, misturaram práticas pagãs com a mensagem do Evangelho, trazendo costumes estranhos ao cristianismo para o seio da igreja cristã.
Qual é a origem do Papai Noel? Quase certamente a sua origem é pagã. Há, contudo, quem ligue o mito de Papai Noel com a lenda de São Nicolau. São Nicolau foi bispo de Mira, na Ásia Menor, no século IV. Tornou-se famoso por sua generosidade; muita gente passou a crer que qualquer dádiva feita de surpresa vinha dele. O povo da Holanda escolheu São Nicolau como patrono das crianças, e a sua fama pouco a pouco se espalhou. Em vários países europeus as crianças crêem que São Nicolau é quem lhes traz os presentes que recebem do Natal.
Contudo, muito mais disseminada é a figura do velho gordo, barbudo, bigodudo e sorridente, de cabelos completamente brancos, que vem voando pelo céu guiando um trenó puxado por duas ou mais juntas de renas, que o identifica como proveniente do polo norte, pois é onde se usa trenó, e onde vivem as renas.
Em outros países:
- na França ele é chamado de Pére Noel;
- na Itália, La Befena;
- na Suíça, Christkindli numa visível tentativa de confundí-lo com Ieshua o Ungido.
Ainda na Europa, onde as lareiras estão sempre acesas durante essa época do ano, por se comemorar o Natal bem no meio do inverno, difundiu-se a crença de que Papai Noel entra nas casas pela chaminé da lareira. Por isso as crianças são instadas a deixarem sua meia ou sapato no lugar bem visível, para que Papai Noel, ao chegar, os encha de doces, balas ou bombons, além de presentes vários, como brinquedos e outros objetos. Essa idéia desenvolveu-se de uma antiga lenda norueguesa. Os noruegueses criam que a deusa Hertha aparecia na lareira e trazia boa sorte para o lar.
Esse costume chegou no Brasil e não são poucas as crianças que acreditam piamente que os presentes que receberam foram trazidos por Papai Noel. Mais tarde, ao crescerem, descobrem que isso não passava de mentira, o que as leva a relacionar a festa do nascimento de Ieshua como uma das maiores mentiras que lhes foi impingida em sua infância. Subliminarmente, isso as inibe de acreditarem em Ieshua, pois se um fato central do Natal como a figura de Papai Noel provou-se ser pura lenda, porque não é lenda o resto dos fatos relacionados com o Natal?
Outra coisa que deixa tristes os cristãos que desejam ver a igreja de Cristo em toda a sua pureza e resplendor é o fato de homens sérios, cristãos devotos, que jamais teriam a coragem de vestir uma fantasia de CARNAVAL, NÃO SE ACANHEM DE FANTASIAR-SE DE PAPAI NOEL, e “fingir” que distribuem às crianças da igreja os presentes que seus próprios pais já haviam comprado de antemão… E esse velho mitológico está, pouco a pouco, tomando o lugar do personagem que deveria ser o dono da festa, ao ponto de o Natal, ao invés de ser chamado FESTA DE IESHUA, estar recebendo o título de “FESTA DE PAPAI NOEL”.
QUANDO IESHUA NASCEU?
A conclusão surpreendente a que chegamos é de que Ieshua não nasceu nem poderia ter nascido em dezembro, nem poderia usar para nascer uma data de festividade pagã, como a Saturnália romana ou o natalis invicti solis, mas usou uma festa judaica, a Festa de Tabernáculos, que no calendário judaico corresponde ao sétimo mês (que cai entre o fim de setembro e o fim de outubro do nosso calendário), como ocasião para vir ao mundo.
Por isso devemos agora nos perguntar: “O que fazer com as chamadas Festas Pagãs na Igreja”? A resposta é: abolir totalmente! Precisamos de uma medida radical para podermos retornar ao Eterno e assim podermos então ter a certeza de que estaremos de novo em sua presença da forma como Ele deseja celebrando as Festas que estão designadas em Sua Palavra!
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Mário Moreno.