Mário Moreno/ outubro 25, 2017/ Artigos

O Arco Celeste

O que é o arco que aparece nos céus logo após uma chuva? Nós convencionamos chama-lo de “arco celeste”, mas o que está por trás desse “fenômeno” ótico? Vamos tentar descobrir de acordo com os subsídios que nos são dados pelas Escrituras.

A palavra “Qeshet” significa “arco” e é usada tanto para o arco celeste quanto para o “arco” que é era uma arma de guerra.

A primeira ocorrência desta palavra está no livro de Gênesis nos versos que falam acerca do término do dilúvio. Vamos lê-los:

“O meu arco tenho posto na nuvem, este será por sinal do concerto entre mim e a terra” Gn 9:13.

“E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens” Gn 9:14.

“E estará o arco nas nuvens, e eu o verei, para me lembrar do concerto eterno entre Elohim e toda a alma vivente de toda a carne, que está sobre a terra” Gn 9:16.

Quando nos deparamos com o verso de 9.16 há algo curioso, pois ali aparece a expressão: “concerto eterno” que vem do hebraico “brit olam”. Isso significa que o fato do arco aparecer nos céus significa que houve um pacto entre o Eterno e a terra de que NÃO HAVERÁ mais destruição da terra através das águas e isso é algo que o Eterno prometeu eternamente! Esta destruição universal chamou-se “dilúvio” e ocorreu por causa da corrupção humana. Vejamos rapidamente o que a tradição judaica diz que ocorreu:

Porque D’us mandou o dilúvio como castigo

D’us disse a Nôach: “Hei de cobrir o mundo com uma terrível inundação. Tudo que encontra-se abaixo do firmamento será destruído.”

D’us poderia ter destruído o mundo enviando, ao invés do dilúvio, uma peste, animais selvagens, um incêndio ou ainda qualquer outra força destrutiva.

Por que, entre tantas outras formas de destruição, Ele escolheu justamente as águas?

Quando D’us criou o mundo, encheu-o com água. A água não podia louvá-Lo com palavras, mas fazia rolar suas ondas ruidosamente em alto e bom som, proclamando: “Como D’us é poderoso!”

D’us então disse: “Se até a água canta Meus louvores, imagine o que farão os seres humanos que podem pensar e falar!

Então o Criador removeu a água para os oceanos. Na terra seca, criou seres humanos dotados de inteligência. Porém, ao invés de louvar a D’us, revoltaram-se contra Ele, cometendo pecados. Ao invés de usar o cérebro e o poder da fala para objetivos positivos, tramavam atos maus, difamaram, insultaram e injustiçaram-se uns aos outros. Todas as gerações depois de Adam foram igualmente perversas. D’us observou seus atos tornarem-se cada vez piores e disse: “Vou livrar-Me desta gente e trazer de volta a água que estava na terra no início da Criação. A água não pode pensar e nem falar, mas louva-Me, enquanto que as pessoas Me enfurecem com seus atos vis!”

Por esta razão, D’us trouxe o dilúvio à Terra, eliminando os perversos.

Isso nos mostra que o Eterno certamente esperava que o homem pudesse ter uma mudança de postura e isso impediria que uma nova destruição viesse sobre a terra. Mas nós sabemos que isso não aconteceu…

A natureza humana procura por atender aos seus próprios interesses e, portanto, atrai sobre si problemas que não teria caso agisse de forma diferente. Quando o Eterno mandou o dilúvio sobre a terra, Ele tinha um propósito: o de dizer ao homem que aquilo que Ele criou a qualquer momento poderia ser destruído. E é sempre ELE que controla tudo isso!

Pois bem, a tradição judaica faz um comentário muito interessante sobre “realidades paralelas”.

“O arco celeste, obviamente, é um fenômeno natural. Raios de luz passam pelas gotas de água suspensas na atmosfera; as gotas claras e transparentes como cristal refratam a luz, liberando o espectro de cores nelas contido e exibindo-as num arco que cruza o céu nublado.

Porém antes do Dilúvio, esta ocorrência natural não acontecia. Havia alguma coisa sobre a interação entre a umidade na atmosfera terrestre e a luz emanando do sol que não produzia um arco celeste. Foi somente depois do Dilúvio que a dinâmica que cria um arco celeste foi colocada em funcionamento pelo Criador, como um sinal de seu pacto recém-formado com Sua criação.

O espiritual e o físico são duas fases da mesma realidade. Esta mudança na natureza física da interação entre água e luz reflete uma diferença espiritual entre os mundos pré e pós Dilúvio, e a diferença resultante na maneira de D’us lidar com um mundo corrompido.”

O juízo que veio através do dilúvio demonstra que houve uma “mudança” na forma como o Eterno trata sua criação; originalmente Ele não deseja destruí-la, porém por força das circunstâncias Ele se vê obrigado a tal para ensinar ao homem normas de conduta que estejam de acordo com o Seu padrão e não com aquilo que o homem julga ser certo ou errado.

Então o arco celeste é além de uma lembrança acerca do pacto entre o Eterno e o homem um aviso de que existe alguém superior ao homem e esta Pessoa controla o universo e, portanto, poderá trazer juízo sobre a humanidade a qualquer momento da história. O detalhe é que este juízo não virá mais através da inundação universal, mas de um outro modo que o Criador estabeleceria para julgar o homem em sua conduta.

A Soberania do Criador está evidente aqui e isso fica cada vez mais claro quando entendemos que o homem, com suas posturas particularmente absurdas em relação aos moldes do Criador, traz sobre si o merecido juízo e faz com que sua vida seja entrecortada por acontecimentos desagradáveis que culminarão com a sua morte e consequente condenação eterna. O dilúvio nos fala sobre isso. O homem fora criado para servir ao Eterno mas entra numa espiral de corrupção e degradação que chega ao ápice e quando isso acontece ele é merecedor de punição, pois a impunidade gera “monstros” e “déspotas” que procurarão por todas as formas possíveis atrair sobre si a prerrogativa de serem deuses na terra! Por diversas vezes a história nos conta sobre homens que agiram assim… Portanto a punição traz sobre o mundo o temor do Eterno e lembra ao homem quem ele realmente é!

Curiosidades sobre o “arco”

Veja de onde veio a expressão “arco-íris”:

O arco-íris sempre causou fascínio por sua beleza, por isso, objeto de várias lendas de várias culturas. Recebeu diferentes nomes entre elas. “Arco-íris” mesmo, por exemplo, vem de uma personagem da mitologia grega, Íris, que na função de mensageira percorria os céus deixando um rastro multicolorido. “Arco celeste”, ou “arco do céu”, vão ao encontro de como Deus se referiu ao fenômeno em Gênesis, de onde também vem a designação “arco da aliança” para alguns povos. A língua francesa pegou carona daí para seu “l’arc en ciel” (literalmente “o arco no céu”). “Arco da chuva” também é usado – como no inglês rainbow, junção das palavras rain (chuva) e bow (arco).

O Pirkei Avot – Ética dos Pais – nos fala quando foi criado o arco celeste. “Dez coisas foram criadas na véspera de Shabat, no crepúsculo. São elas: A boca da terra; a boca da fonte; a boca do jumento; o arco celeste [que era o sinal de Nôach de que não haveria futuros dilúvios]; o maná; o bastão; o verme shamir; a escritura; a inscrição; e as Tábuas. Alguns mencionam também os espíritos destrutivos, o túmulo de Moshê, e o carneiro de Avraham, nosso Patriarca. Alguns dizem também que os alicates, que são feitos com alicates” (Pirkê Avot)”.

A tradição judaica então nos afirma que antes do shabat – o sétimo dia da criação – o Eterno criou o arco celeste para que na ocasião devida ele fosse trazido à existência e pudesse então ter a conotação de um símbolo que lembra o homem quem é o Criador e lembra também acerca das atitudes que devemos ter para evitarmos que o juízo se abata sobre nós.

O arco e o Mês oitavo

É interessante quando tomamos a história contida na Torah é percebemos quando o arco celeste foi posto nos céus. A Tradição judaica nos diz sobre isso:

“Cheshvan é o oitavo mês do calendário judaico. Na Bíblia, Cheshvan é chamado chôdesh bul, da palavra mabul, “o dilúvio”. O dilúvio começou a 17 de Cheshvan e terminou no ano seguinte, a 27 de Cheshvan. No dia seguinte, Nôach ofereceu um sacrifício a D’us e D’us prometeu jamais enviar um dilúvio sobre a terra novamente para destruir toda a humanidade, e então revelou o sinal de Seu pacto com o mundo, o arco celeste.

Cheshvan é o único mês que não possui dias festivos ou mitsvot especiais. Aprendemos que este mês “está reservado” para o tempo de Mashiach, que inaugurará o Terceiro Templo”.

Bem, vamos então analisar alguns dos pontos deste parágrafo:

Em primeiro lugar percebemos que o dilúvio veio no mês oitavo – e o número oito nas Escrituras está ligado a recomeço. O fim do evento causado pelo dilúvio também ocorreu no mesmo mês, porém no ano seguinte, o que nos mostra que o recomeço foi a tônica daquilo que o Eterno desejava para o homem.

Em segundo lugar sabemos que cada mês no calendário judaico traz consigo um “mazal” que significa “sorte”, mas esta palavra vem da raiz “nazal” que significa “pingar, escorrer”, ou seja, a cada mês no calendário judaico há uma “escorrer” derramando-se sobre o mundo uma “unção” própria que desencadeia por si só eventos que abençoarão aos obedientes e julgarão aos desobedientes.

Ainda segundo a tradição judaica cada mês é acompanhado por uma letra do alfabeto hebraico em particular e o mês de Chesvan é acompanhado pela letra “Nun”. Mas qual é o significado desta letra?

Letra: nun

Nun é considerada como sendo a letra de Mashiach, como está escrito (com referência a Mashiach): “antes do sol, está seu nome Ye-non [de nun]” (Tehilim 72:17). Como radical do verbo, nun significa “reinar”. Como substantivo, significa “o herdeiro do trono”. O oitavo mês é o mês de Mashiach, pois oito significa a eterna revelação do sobrenatural (o estado consumado de natureza retificada é o segredo do número sete). Como a “harpa” deste mundo possui sete cordas, a harpa de Mashiach possui oito cordas. Assim como 8 transcende o 7, assim também 50 (o valor numérico de nun) transcende 49,7 ao quadrado. Neste mundo, o nun está curvado, confinado pelos limites da natureza. Com a vinda de Mashiach, o nun “se endireita” (o formato do nun final), rompe os limites da natureza e desce “abaixo da linha” até os reinos subterrâneos da realidade a fim de ali revelar a luz infinita e abrangente de D’us.

Então podemos concluir que além de ser um tempo de recomeço o mês de Chesvan é também um mês de revelação sobrenatural e o mês de Mashiach e é tempo da luz do Eterno – Ieshua – revelar-se a muitos corações!

Há ainda uma outra curiosidade referente ao mês de Kislev que tem relação com o arco celeste.

Mazal: “kesher” (Sagitário = arco)

O arco de Kislêv é o arco dos Macabeus. Simboliza sua ativa confiança em D’us para lutar contra o império e a cultura que então governavam a terra.

Embora os próprios Chashmonaim fossem da tribo sacerdotal de Israel, a “arte” do arco é designada na Torá à tribo de Benjamin em particular, a tribo do mês de Kislêv.

Os Cohanim (e Leviim) não são considerados como uma das doze tribos na correspondência das tribos aos meses do ano (segundo o Arizal). Como uma abrangente manifestação da alma judaica, os Cohanim contêm e refletem a fonte espiritual de cada uma das tribos de Israel. Isso é especialmente verdade no que diz respeito à tribo de Benjamim, pois em sua porção estava o Templo Sagrado onde serviam os Cohanim. Assim, a relação dos Cohanim a Benjamim é similar àquela da alma com o corpo. Os Cohanim lutam a guerra sagrada incorporada no arco de Benjamim.

O arco de guerra de Kislêv é na verdade projetado (“atirado”) do arco (o arco celeste; em hebraico ambos, “arco” e “arco celeste” são idênticos – keshet) da paz (entre D’us e a Criação) do fim do mês anterior de Cheshvan, como foi explicado acima. Os dois arcos (semicírculos) unem-se para formar o círculo completo do samech de Kislêv”.

Este texto nos mostra que o arco tem ligação também com os guerreiros do Eterno. E mais: o arco está ligado aos Macabeus e também à tribo de Benjamim, que é a única tribo que nasceu realmente em Israel e os benjamitas foram reconhecidamente grandes guerreiros em Israel. Então este mês – Kislev – pode também ser considerado como o mês em que os guerreiros se levantam para lutar pelo Eterno! É um tempo em que o “arco” voltado para baixo demonstra que apesar da batalha espiritual que travamos, vamos alcançar a shalom do Eterno no fim de tudo!

Gostaria ainda de trazer aos meus leitores uma outra curiosidade sobre os “guerreiros macabeus”, homens que lutaram pela verdade e que colocaram suas vidas ao serviço do Eterno, e, ainda que lhes custasse a vida eles lutaram até o fim!

Amplie seus conhecimentos…

A revolta dos Macabeus abriu um precedente na história da humanidade: nunca antes uma nação morreu por seu deus. Esta foi a primeira guerra religiosa e ideológica da história da civilização.

Tudo o que sabemos sobre a história de Chanucá é retirado dos dois Livros dos Macabeus, encontrados numa coletânea chamada de Sêfer Hachitsonim, que inclui outros livros que ficaram de fora da Bíblia, mas são mencionados no Talmud. O nome “Macabeu”, apelido usados pelos cinco filhos de Matityáhu e aqueles que lutaram com eles para defender o Judaísmo, deriva do acrônimo “Mi camocha bae-lim Hashem”, ou seja, “quem é como Tu dentre os fortes, Ó D’us”. Este era o seu lema!

Não sabemos ao certo o tamanho do exército macabeu, mas mesmo os mais otimistas estimam que contasse com doze mil homens. Este punhado de pessoas lutou contra uma potência militar de quarenta mil soldados, equipados com armamentos e elefantes- os tanques da época, e… os fracos venceram os fortes.

A maioria das batalhas entre macabeus e gregos ocorreu na região entre as atuais cidades de Jerusalém e Tel Aviv, inclusive num local chamado Modiin, situado a oeste de Jerusalém, que pode ser visitado pela estrada Jerusalém-Tel Aviv.

Da maneira como conhecemos a história, pensamos que a batalha contra os gregos foi resolvida dentro de algumas semanas. No entanto, ela durou vinte e cinco anos! No ano 167 AEC o exército grego invadiu a cidade de Modiin, e foi apenas no ano142 AEC, que a paz foi restabelecida.

No terceiro ano da batalha, os judeus reconquistaram a cidade de Jerusalém, e então procuraram óleo para acender a Menorá do Templo Sagrado, profanado pelos gregos. Foi então que ocorreu o conhecido milagre de Chanucá, comemorado neste mês.

Onde o arco reaparece nas Escrituras?

Na Tanach, o arco reaparece nos Escritos do profeta Ezequiel que diz: “Como o aspecto do arco que aparece na nuvem no dia da chuva, assim era o aspecto do resplendor em redor. Este era o aspecto da semelhança da glória do IHVH; e, vendo isto, caí sobre o meu rosto, e ouvi a voz de quem falava” Ez 1:28.

O profeta tem uma visão da eternidade… ele vê o “olam haba” – mundo vindouro e nesta visão contempla os seres viventes e entre eles o local onde estava a glória do Eterno. Ali estava o arco celeste, que está permanentemente nos céus – “olam haba” – com a finalidade de “lembrar” o Eterno de sua aliança com a terra!

Se entendemos este texto, vamos concluir que o arco que aparece na terra após uma chuva, num determinado momento está constantemente diante do Eterno como um memorial; o que Ele fez foi trazer o arco memorial dos céus para a terra a fim de mostrar para a humanidade que há algo dos céus que aparece na terra como um sinal visível de que o Criador vela – vigia – para que Sua Palavra se cumpra e sua aliança permaneça visível aos olhos de todos os habitantes do planeta terra!

Novamente aparece o arco, mas agora no livro de Apocalipse e de uma forma muito mais clara é vista a “sala do trono” e ali está ele novamente: o arco celeste! O texto nos diz o seguinte: “E o que estava assentado era, na aparência, semelhante à pedra jaspe e sardônica; e o arco celeste estava ao redor do trono, e parecia semelhante à esmeralda” Ap 4:3. Às vezes tento imaginar a cena vista por Iorranan – João – vendo a “sala do trono” e ali vislumbrando o Eterno e sua majestade e ao redor dele o arco celeste, o memorial que está na eternidade para demonstrar quem é o Eterno; D-us fiel que cumpre sua Palavra e faz com que o homem seja participante disso independentemente de quem seja este homem, pois o arco é também um sinal que no dia do juízo apontará como uma testemunha aos homens de que aquilo – o arco – não era somente um fenômeno ótico, mas era também um sinal que o Eterno trouxe da eternidade para colocar entre os homens a fim de que eles pudessem teme-lo por verem o sobrenatural diante de seus olhos.

Uma outra referência diz respeito a um ser celestial, um mensageiro do Eterno – conhecido por nós como “anjo” – e com ele está o arco celeste: “E vi outro anjo forte, que descia dos céus, vestido de uma nuvem; e em sua cabeça estava o arco celeste, e o seu rosto era como o sol, e os seus pés, como colunas de fogo” Ap 10:1. Este mensageiro do Eterno tem uma missão especial: em sua mão está um livro que Iorranan deveria pegar e comê-lo, pois profetizaria ainda há muitos povos e nações! Este ser carrega consigo o arco celeste sobre usa cabeça, o que nos mostra que mesmo num momento de juízo, o arco celeste ainda será um sinal de aliança entre o Eterno e os homens e neste caso, quando o juízo já esta sendo derramado, ainda assim há a lembrança de que há uma aliança do Eterno com a terra de que a não destruiria com água, mas a destruição virá através de outros meios que de fato “sacudirão” o planeta e trarão juízo aos habitantes da terra como nunca antes.

Podemos então ponderar que o arco celeste é além de um símbolo que aparece nas nuvens é também algo que está posto na eternidade diante do Grande Rei e que faz com que Ele se lembre de nós – enquanto habitantes da terra – constantemente para que sua promessa se cumpra e Ele não destrua a terra que com tanto carinho foi por Ele criada.

Espero que tenhamos a consciência de que o Eterno tem uma aliança com o nosso planeta e consequentemente com o homem, pois devemos nos lembrar que o homem foi feito da mesma matéria prima da terra! Então quando um atingido o outro é afetado e portanto devemos tomar muito mais cuidado com o que fazemos com o planeta e com nossas vidas também.

Que o Eterno nos ajude a termos a consciência de quem somos e de quão maravilhoso é o sinal que Ele colocou nas nuvens para nos lembrar quem é Ele de fato!

Baruch há Shem!

Mário Moreno.