Os ossos secos No vale de ossos secos somente o profeta vê vida… É com esta perspectiva que iniciamos nossa reflexão sobre um homem chamado Ezequiel, que numa experiência fantástica é “levado pela mão do Senhor em espírito” a determinado lugar onde D-us haveria de lhe falar. Às vezes, D-us escolhe lugares inesperados para nos ensinar a proferirmos a sua palavra. Foi isto o que D-us fez com Ezequiel, quando levou-o a um vale do ossos secos. Em sua descrição do lugar, ele fala assim: “e eis que eram mui numerosos (os ossos) sobre a face do vale, e estavam sequíssimos” (Ez 37.2). O que deve ter passado pela mente do profeta naquele instante? Ele deve ter pensado: “D-us, que coisa terrível; estou rodeado de morte; não consigo ver aqui nada além do domínio da morte”. Em meio a esta circunstância, vem então a pergunta de D-us: “Filho do homem, poderão viver estes ossos”? Parece que D-us está brincando com o profeta quando lhe faz esta pergunta, mas D-us está falando sério. O profeta já havia notado que os ossos eram muitos e que estavam ali há muito tempo, pois estavam sequíssimos. Como poderiam então viver? Toda a aparência humana já não existia há muito tempo, e qualquer esperança de vida inexistia, pois o que se via eram somente montanhas de ossos sem vida, do que outrora parecia
Livro da Vida O que é o “Livro da Vida”? A definição não é clara, mas torna-se pertinente para nossas vidas enquanto pessoas que creem na vida após a morte, de acordo com sua definição baseada nas Escrituras. O Livro da Vida é o livro que está nos céus e que registra os nomes das pessoas que viveram uma vida de acordo com os preceitos das Escrituras e que portanto terão direito à vida eterna juntamente com o Criador e toda a corte celestial. O Judaísmo nos fala algumas coisas sobre o “Livro a Vida” “Em Rosh Hashaná, após a prece da noite, cumprimentamos todos falando: Leshaná Tová Ticatêv Vetechatêm (que sejas inscrito e selado para um ano bom). Ao proferir isto, é como se pudéssemos ver os três grandes Livros Divinos abertos perante D’us: o Livro dos Justos; o Livro dos Perversos e o Livro dos Medianos – onde é provável que nos encontremos, com nossas boas e más ações quase se equiparando. Apenas uma mitsvá a mais e a balança penderá a nosso favor.” Os judeus oram de uma forma a reconhecerem seus pecados e a pedirem para o Eterno que eles sejam inscritos no livro da vida a cada ano! Isso se dá por que o homem precisa renovar com o Eterno o seu “pacto de salvação” buscando melhorar a cada dia e também lembrando-se
Os nomes de D-us Três nomes hebraicos de D-us explicados “Ela dará à luz um filho, e dar-lhe-a o nome de Ieshua, porque ele salvará o seu povo dos seus pecados” (Mt 1:21). Na cultura judaica, nomes não são escolhidos aleatoriamente ou por um capricho. O Nome de uma pessoa acredita-se que afeta sua identidade espiritual inteira e até mesmo seu destino. As Escrituras parecem impor essa ideia; por exemplo, D-us especificou que o Messias era para ser chamado de Ieshua. Esse nome significa “O Eterno é salvação”, e Mateus 1:21 confirma que ele reflete o seu destino. Iohannan – o nome do Imersor não foi dado ao acaso. Seu nome, que significa “IHVH é gracioso”, que era tão importante que um anjo revelou a seu pai, Zacarias. “Mas o anjo lhe disse: Zacarias, não temas, porque a tua oração foi ouvida, e Elisheva, tua mulher, dará à luz um filho, e lhe porás o nome de Iohanan” (Lcs 1:13). Zacarias não pode falar depois de ver o anjo, até que ele confirmou que o nome da criança foi Iohanan no Brit Milá da criança (circuncisão e cerimônia de nomeação). Na perspectiva hebraica, o nome e o caráter de uma pessoa são inseparáveis. O caráter é estabelecido pelo nome. Vemos a importância dos nomes refletidos no fato de que a primeira tarefa de Adão no jardim era de
Tribo perdida e outros A tribo perdida de Manassés retorna para Israel Nova escavação em Hebron visando desvendar o Palácio do rei David Hebron — um dos primeiros lugares que Avraham chegou depois que o Eterno chamou-o para ser um pai de muitas nações — é o local de uma escavação importante como a autoridade de antiguidades de Israel (IAA) procura as respostas para o passado antigo de Israel, particularmente os restos do Palácio de 3.000 anos de idade do rei David. A cidade de David, que está sobre um cume estreito fugindo ao sul do monte do templo em Jerusalém, onde o rei David reinou sobre todos os de Judá e Israel, mas também reinou Hebron por sete anos: “David tinha trinta anos quando se tornou rei, e reinou quarenta anos. Em Hebron, ele reinou sobre Judá sete anos e seis meses e em Jerusalém reinou sobre todo Israel e Judá trinta e três anos” (II Sm 5:4–5). Ele pode ter escolhido Hebron como o local para uma residência palaciana, uma vez que é onde ele foi ungido para se tornar o segundo rei de Israel: “Então os homens de Judá vieram a Hebron, e lá eles ungiram Rei David sobre a tribo de Judá” (II Sm 2:4) O local da escavação, Hebron é conhecido hoje como o bairro judaico de Tel Rumeida, que acredita-se ser o
Mais sinais dos tempos É impressionante como temos visto a cada dia o cumprimento da Palavra Profética diante de nossos olhos! Porém, o que nos impressiona mais não é a Palavra de D-us estar se cumprindo e sim a passividade de seu povo no que diz respeito à isso! Vejamos um exemplo muito assustador desta verdade: nós sabemos que as comunidades judaico-messiânicas em Israel tem crescido a cada dia e isso por si só já é um sinal bem evidente de que o Messias está “recolhendo” e preparando a Sua Noiva (Israel) para encontrar-se com Ele muito em breve. Pois bem, dado tal fato, que pode ser testemunhado inclusive através de vídeos encontrados na Internet (vide link) faz com que os chamados “cristãos” sejam alertados sobre a iminente volta de Ieshua. Isso deveria estar acontecendo assim… Porém, a realidade dos fatos é que em sua grande maioria os crentes não estão sequer preocupados com os tempos proféticos que vivemos… Falo também dos líderes que, ao invés de procurarem o caminho para a sua restauração e de seu povo hoje lutam contra os judeus messiânicos tendo-os até como “inimigos” da causa do Senhor! A Restauração da Igreja é essencial para torná-la Noiva de Ieshua; sem essa restauração podemos compará-la àquelas “virgens” que eram virgens, estavam com as demais, porém não tinham óleo suficiente para que suas lamparinas permanecessem acesas
Nos passos do Messias Nos passos do Messias – a bênção do coração de servo “E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o filho de Adam também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos” (Mc 10:44-45). Muitas pessoas passam a vida tendo o que podem e buscando o sucesso mundano por acumular tesouro material — por ter mais “brinquedos”. Talvez mais do que todas as sociedades, as pessoas de cultura ocidental julgam que seu bem material vale a pena, por que eles são capazes de chegar à riqueza tendo e não dando. Isto, porém, não é o que o Judaísmo ou a Bíblia nos ensina a viver as nossas vidas. O judaísmo ensina que devemos ser servos de Ribbonei shel Olam – Mestre do universo. Isto não é servidão que humilha; pelo contrário, ser em humilde em sujeição ao criador é um estado de estar perto dele (Jornal de serviço comunal judaico, Volume 87, 2012, p. 108). Ele é o mestre a quem respondemos. Na verdade, cada um de nós nasceu para ser um eved HaShem (servo de D-us). Quando crescemos e descobrimos o significado de avodat HaShem (serviço de D-us), nós começamos a entender que, para ser eficazes servos, nossos objetivos precisam incluir efetuar mudanças neste mundo, fortalecimento da comunidade
O próximo rei é… O próximo rei é um homem segundo o coração de D-us “Porém agora não subsistirá o teu reino: já tem buscado o IHVH para si um homem segundo o seu coração, e já lhe tem ordenado o IHVH, que seja chefe sobre o seu povo, porquanto não guardaste o que o IHVH te ordenou” (I Sm 13:14). Herói, pastor, guerreiro, salmista, amante de D-us — que é como o rei David ainda é lembrado entre judeus e gentios igualmente. Nascido em 907 A.C., David reinou por 40 anos como o segundo rei de Israel, escolhido a dedo pelo próprio Senhor porque David provou ser um homem segundo o coração de D-us. A paixão de David por D-us é evidente nas canções de louvor, arrependimento, adoração e lamento que ele escreveu, cantava e acompanhava com o toque de instrumentos musicais. “Também eu te louvarei com o saltério bem como à tua verdade, ó meu Elohim; cantar-te-ei com a harpa, ó Santo de Israel. Os meus lábios exultarão quando eu te cantar, assim como a minha alma que tu remiste. A minha língua falará da tua justiça todo o dia: pois estão confundidos e envergonhados aqueles que procuram o meu mal” (Sl 71:22–24). Tão ungido foi David como um músico que o tocar da lira é a única coisa que trouxe a paz do rei Sha´ul,
Tempo de rir Itzchaq Riso. Esta palavra parece tão pequena mas tem um significado tão grande e quão intensa pode ser a vida de alguém que ri! A tradição judaica associa o riso a Itzchaq e nos fala de conquistas… “Itzchac nos ensina que, em última análise, o riso da vida vem – paradoxalmente – do trabalho que se auto-anula. Se deseja que escrevam biografias a seu respeito, torne-se um guerreiro. Se está procurando tranquilidade, torne-se pastor. Mas se é o júbilo que busca, seja fazendeiro e cavador de poços. Are e semeie, quebrando o barro de seu mundo para persuadir a vida e fazer brotar o seu solo. Cave, mais e mais profundamente, sob a superfície de sua existência, para extrair suas fontes de deleite. A tranqüilidade é ótima, mas não é uma razão para viver. O júbilo vem da conquista; das expedições de caça ao dragão da juventude, mas em última análise vem da auto-conquista que é a mais ardente e mais silenciosa batalha da vida. Conhece trabalhadores despretensiosos, calmos, brilhando de alegria interior? Estes são os Itzchacs do mundo.” Este nome – Itzchaq vem de uma raiz hebraica que tem três significados muito interessantes: tsahaq que significa: “rir; divertir-se, caçoar”. Na raiz temos tsehoq que significa “risada, motivo de riso” e finalmente Itzhaq que significa “ele rirá”. É muito interessante que a vida deste homem
Os imortais Quem jamais sonhou, em seus sonhos impossíveis e devaneios em ser um ser imortal, em viver para sempre! Creio que todos nós, pelo menos uma vez, já paramos para pensar sobre isso. É interessante como nós temos a necessidade de viver, não somente uma dimensão imediatista, do dia-a-dia mas também uma dimensão futura que nos dê esperanças para continuarmos nossa caminhada. Mas, o que é ser imortal? Quem são os imortais? O poeta escreveu assim: “Não há tempo para nós Não ha lugar para nós Que coisas são estas que povoam nossos sonhos Quem quer viver para sempre Não há chance para nós Tudo está decidido Este mundo tem poucos doces momentos em nossas vidas Quem quer viver para sempre Quem ousa amar para sempre… Quando amar significa morrer…” O poeta parece tentar desafogar um anseio que estrangula seu coração pela eternidade, pois ele também tem uma dimensão eterna que precisa se encontrar para estar preparada para partir deste mundo para a eternidade, pois ser imortal não significa permanecer vivo eternamente aqui na terra, vivenciando fatos e conhecendo pessoas geração após geração, tempo após tempo, época após época, mas significa a certeza inabalável que O Eterno nos aguarda para estarmos ao seu lado pela eternidade. D-us quando cria o homem lhe dá um de seus atributos: a eternidade. Ele cria Adam como um ser eterno, imortal,
No fim dos dias No fim dos dias… Esta é uma expressão que pode significar muitas coisas e pode apontar até mesmo para eventos que estão conectados com o fim dos tempos escatologicamente falando. Na Tanach a expressão – “Mikketz iamim” significa literalmente “no fim dos dias” e define uma série de acontecimentos que culminaram por marcar períodos muito interessantes na história de Israel. Segundo o Rabino Aryeh Kaplan estas palavras apontam também para o fim de uma era e o começo da era messiânica. Estas duas palavras aparecem em cinco versículos na Tanach e isso já nos mostra algo: o “fim dos dias” tem uma relação a Torah e com o homem. Vamos analisa-los: (1) Em Gênesis 4.3 está registrado assim: “E aconteceu no fim dos dias que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao IHVH”. Este verso nos fala sobre uma postura de Caim que num determinado período de tempo leva ao Eterno uma “oferta”. Este termo em hebraico é minhã e significa “oferta, oferta de cereais, oferta de manjares (comida)”. Esta atitude dele marca o fim do período de “imaturidade” e inconsequência de Caim, pois com esta atitude ele demonstra que pode agira da forma como ele deseja diante do Eterno. Ele descobre que isso não pode ser assim, pois para se apresentar diante do Eterno com uma oferenda, ela precisa ser da