O mês de Kislev

O mês de Kislev

O mês de Kislêv Segundo o Sêfer Yetzira, cada mês do ano judaico tem uma letra do alfabeto hebraico, um signo do Zodíaco, uma das doze tribos de Israel, um sentido e um membro controlador do corpo que correspondem a ele. Kislêv é o nono dos doze meses do calendário judaico. Kislêv é o mês de Chanucá (o único dia festivo no calendário judaico que combina dois meses: Chanucá começa no mês de Kislêv e continua e termina em Tevêt. O nome Kislêv deriva da palavra hebraica para bitachon, “confiança”. Há dois estados de confiança, um ativo e outro passivo, e ambos se manifestam no mês de Kislêv. O milagre de Chanucá reflete a confiança ativa dos Chashmonaim (Macabeus) de se erguerem e lutar contra o império helenístico (e sua cultura). O senso de sono de Kislêv reflete a confiança passiva que a providência de D’us sempre vigia sobre Israel. Na tradição da Chassidut, 19 de Kislêv, o dia da libertação e redenção de Rabi Shneur Zalman, autor do clássico texto da Chassidut, o Tanya (discípulo do Maguid de Mezeritch, sucessor do Báal Shem Tov) da prisão (onde foi colocado pela disseminação dos mais recônditos mistérios da Torah) é chamado de “Ano Novo da Chassidut” (sugerindo que é através do canal espiritual desse dia que a sabedoria interior da Chassidut e o poder de integrar essa sabedoria à

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Salmo 50

Salmo 50

Salmo 50 Neste Salmo de Asafe o Eterno é apresentado como Alguém que se relaciona com Seu povo de forma muito especial. Já na primeira frase Asafe nos mostra quem é o Senhor: “O El poderoso, o IHVH, falou e chamou a terra desde o nascimento do sol até ao seu ocaso” (Sl 50:1). Quem é Ele? Asafe nos diz ser Ele O El poderoso, aquele que, quando abre a sua boca traz à existência a terra e tudo o que nela há! Ele é Elohim (o D-us Criador), aquele de quem nos dizem as Escrituras ser o princípio e fim de todas as coisas! Ainda é chamado de IHVH (“Eu me torno aquilo que me torno”)! Isso significa que aqui o Eterno se apresenta como Aquele que se tornou nas coisas criadas, pois quando Ele as criou elas foram feitas a partir de Sua palavra! Não foi preciso utilizar-se de qualquer material pré-existente; Ele usa somente as palavras que saem de sua boca e assim tudo o que conhecemos simplesmente aparece! Aquilo que foi projetado na infinita mente do Altíssimo agora se materializa quando Ele as “chama” à existência! Por isso Asafe enfatiza quem Ele é! Esta proclamação traz consigo também uma outra verdade: O Eterno tem por quartel-general Sião! É difícil entender a razão pela qual o Eterno escolheu justamente Sião para ser o local de

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Ia´aqov

Ia´aqov

Ia´aqov “Aquele que luta com Iá e prevalece” Quem foi Ia´aqov? Apenas um patriarca muito mal entendido e mal interpretado pelo cristianismo, a ponto de apontarem para ele como o arquétipo do engano e da trapaça! Esta opinião veio de um “trocadilho” feito por Esav quando comentava com seu pai o fato de ter perdido duas bênçãos: a primogenitura – que fora trocada por um prato de lentilhas – e a bênção do primogênito (que não mais lhe pertencia, por ter vendido a primogenitura). Esta “reclamação” é interpretada pelos teólogos como uma “verdade”, atribuindo assm a Ia´aqov a fama de “enganador, suplantador”. Lembre-se de que estamos falando de um dos patriarcas da nação de Israel e neste caso em particular este homem deu origem às doze tribos de Israel. Ia´aqov foi um homem de grandes experiências com o Eterno e aquela que certamente foi a mais marcante foi o encontro que ele teve com o Criador, mudando totalmente sua perspectiva de vida assim como seu caráter e personalidade. Esta experiência está relatada em Bereshit (Gênesis) e diz: “…E disse-lhe: Qual é o teu nome? E ele disse: Ia´aqov. Então disse: Não se chamará mais o teu nome Ia´aqov, mas Israel: pois como príncipe lutaste com Elohim e com os homens, e prevaleceste. E Ia´aqov lhe perguntou, e disse: Dá-me, peço-te, a saber o teu nome. E disse: Por

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Sementes de amor…

Sementes de amor…

Sementes de amor Ieshua nos conta uma parábola muito interessante sobre sementes: a parábola do semeador. Vejamos alguns aspectos distintivos nesta parábola, que tem tantas lições a nos ensinar. Assim está escrito: “Um semeador saiu a semear a sua semente e, quando semeava, caiu alguma junto do caminho, e foi pisada, e as aves dos céus a comeram” (Lc 8.5). Notemos que em primeiro lugar está o semeador. Este não parece ser uma pessoa comum, que apenas sai sem rumo nem destino certo, alguém que apenas vai por ir, um mero espectador num mundo cheio de alternativas de trabalho e entretenimento, mas alguém que tem, antes de tudo, um compromisso em seu coração: semear! Veja, ele não está sozinho, pois a palavra nos relata que existem outros como ele, que possuem uma profunda consciência daquilo que querem, e quais são os objetivos a serem alcançados por ele, por isso eles saem a semear! É notável a visão que temos aqui: homens que se comprometem com aquele que os convocou a semear e que empregam sua vida no ato de semear, pois para isso foram chamados. Não estão preocupados com o destino da semente, pois esta não deve ser sua preocupação primeira, mas sua postura é de semear a semente que receberam daquele que os convocou a trabalhar semeando. Semear é um ato contínuo, e só pode ser feito

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O convite divino

O convite divino

O convite divino Seu convite divino: a intimidade é o que D-us tem para você “O meu amado é semelhante ao gamo, ou ao filho do veado: eis que está detrás da nossa parede, olhando pelas janelas, reluzindo pelas grades. O meu amado fala e me diz: Levanta-te, amiga minha, formosa minha, e vem” (Ct 2:9-10). Antes do primeiro pecado, Adam e Chava (Eva) experimentaram perfeita intimidade com D-us no Gan Eden (jardim do Eden). Quando comeram o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, no entanto, essencialmente cortaram seu relacionamento íntimo com D-us. Que perda de intimidade é demonstrada pelo fato de que eles se esconderam de D-us quando ele foi “passear no jardim,” chamá-os, “Ayekah (Cadê você)?” Considerando que antes de comer a fruta, eles estavam perto de D-us, depois se esconderam dele, tentando manter em segredo seu pecado. Mas D-us tinha um plano para restaurar na humanidade intimidade perdida no jardim — o plano de intimidade com a humanidade é revelado em toda a escritura. Todo o espectro do judaísmo e do cristianismo, a intimidade com D-us é descrita em termos de um noivo para um pai e amigo. Intimidade com o noivo “Porque o teu Criador é o teu marido; o IHVH dos Exércitos é o seu nome; e o Santo de Israel é o teu Redentor: ele será chamado o

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Uma Leitura da Torah

Uma Leitura da Torah

Uma Leitura da Torah Cada semana, nos serviços da sinagoga de Shabat (sábado) em todo o mundo, a Torah e Haftará porções (profetas) são lidos. Enquanto todos os cinco livros da Torah publicamente são lidos todos os anos através de um conjunto de leituras do ciclo no Shabat, às segundas e quintas-feiras, a Haftarah constitui apenas partes selecionadas dos profetas e são lidas só no Shabat e em certos dias santos. As leituras das porções proféticas são entretanto incompletas. Mais importante ainda, muitas das profecias sobre a vinda do Messias prometido não são simplesmente lidas. Embora estas profecias destacam-se continuamente ao longo da Brit Hadashah, indicando que o povo de Ieshua de seus dias estavam familiarizados com elas, hoje o povo judeu quase não têm conhecimento delas. Não se sabe quando estas profecias foram excluídas das leituras, mas suspeita-se que eles foram deixados de fora pois apoiam fortemente a conclusão de que Ieshua é o Messias, e porque eles são mencionados na Brit Hadashah. O que é a Haftarah? O arranjo dos livros do Tanakh, ou a Bíblia hebraica, é um pouco diferente do que o arranjo da “Bíblia cristã”, embora os mesmos livros estão incluídos. Existem três seções: a Torah, o Nevi’im e o K’tuvim. Os cinco primeiros livros do Tanakh é a seção chamada a Torah (ensinamento, lei). A próxima seção é o Nevi´im, Que é

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Números na Bíblia

Números na Bíblia

Números na Bíblia Como os números bíblicos desbloqueiam segredos das escrituras hebraicas “Ensina-nos a contar os nossos dias, de tal maneira que alcancemos corações sábios” (Sl 90:12). Enquanto os números são banais para a maioria das pessoas, no Judaísmo têm uma personalidade e um sentido metafísico; eles ajudam a revelar as verdades universais da Torah (primeiros cinco livros da Bíblia), bem como os escritos dos discípulos dos profetas e de Ieshua. De fato, muitas pessoas notam quando eles estão lendo as escrituras que certos números aparecem com frequência, e sua aparição não parece coincidência. Enquanto é importante reconhecer que os números são significativos na Bíblia, devemos entender que eles não são mágicos. Justamente a interpretação das Escrituras requer a compreensão literal, bem como simbólica de numerologia bíblica. Ainda, este entendimento precisa ser combinado com procedimentos de interpretação do som e não deve ser utilizado como bruxaria ou adivinhação. Aqui está uma breve sinopse dos números de 1 a 7 na Bíblia, e como eles são vistos no judaísmo, por alguns estudiosos da Bíblia hoje e pelos primeiros crentes judeus. Echad (אֶחָד ou א / um, primeiro) “Há um só corpo e um só espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação” (Ef 4:4). Como um número, 1 é exclusivo no fato de que é o único número que pode ser multiplicado ou dividido por

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O dia do Senhor

O dia do Senhor

O Dia do Senhor Entre as diversas questões que temos hoje há uma que nos parece ser mais polêmica na restauração: a guarda do shabat ou do domingo. Qual é na verdade o dia de descanso determinado pelo Eterno em sua Palavra? Será possível encontrarmos as bases que nos permitam afirmar ser um ou outro? A única forma de descobrirmos a verdade sobre os fatos é recorrendo às Escrituras e quando necessário à história para fundamentarmos nossa argumentação. O que a Bíblia diz sobre isso Primeiro vamos abordar a Criação, pois nela há uma definição clara do que deve ser feito em relação a este dia em especial. A Torah nos diz assim: “E havendo Elohim acabado no dia sétimo a sua obra, que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Elohim o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Elohim criara e fizera” Gn 2.2-3. É notável que este dia que foi santificado se chama “shabat” – descanso. Este é então o dia em que o homem deve se separar para descansar imitando seu Criador e também para “recobrar” suas forças dos dias trabalhados. Então temos aqui um princípio que emana da Criação, estabelecido pelo Criador em sua soberania, e que não pode ser traspassado pelo homem, pois caso isso ocorra

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Jardim Bíblico

Jardim Bíblico

Jardim bíblico Eira A eira poderia ser construída por um muro baixo de pedras de forma circular ou também poderia ser uma área de terra batida próxima à casa do agricultor ou num local público. Os métodos de debulha poderiam ser três: o primeiro consistia simplesmente em malhar o cereal com um bastão para que o grão se soltasse da casca. Na ocasião em que o mensageiro do IHVH apareceu a Gideão ele estava justamente malhando o trigo (Jz 6.11). O segundo método consistia em fazer o animal pisar o cereal. Isso fazia com que os grão se soltassem da casca, podendo ser feita a seguir a separação entre os grãos e a palha. No terceiro, o trilho, que é uma prancha de madeira com dentes de pedra ou de ferro, é puxado sobre as espigas espalhadas pelo chão da eira por um boi ou jumento, a quem é permitido comer livremente (Mq 4.12, 13; Dt 25.4; I Co 9.9, 10). O trilho quebra os grãos, separando-o da palha (Is 41.15). Depois de trilhado, os grãos são peneirados, com a ajuda do tridente atirando-os para o ar (Jr 15.7). O vento sopra a palha e os grãos caem na eira. Esta separação pelo vento (que em hebraico é a mesma palavra para Espírito), é um símbolo do julgamento (Os 13.3; Lc 3.17). Numa terra onde as chuvas são

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