Refutação aos ataques
Refutação aos ataques
Este artigo tem a finalidade de “refutar” ataques feitos por pessoas que certamente não se detiveram em analisar as opiniões acerca do judaísmo messiânico e seu conteúdo, atacando-o de forma pungente e direta.
Recebi um “artigo” atacando a veracidade acerca da escrita da Brit Hadasha em hebraico. Meu procedimento será: refutar os pontos atacados e não expor a pessoa que escreveu. Apesar da “ferocidade” com a qual esta pessoa escreve aprendi pela Torah que precisamos ter ética e não devemos retribuir a forma como somos confrontados. Portanto não envergonharei esta pessoa preservando sua identidade e a foto que recebi junto com o artigo não fará parte deste documento. Portanto estarei chamando este irmão de “professor” e vamos demonstrar através de argumentação histórica, teológica e da crítica textual aquilo que pretendemos acerca do assunto em pauta.
Os textos marcados em itálico indicam a citação do autor e o texto em outra forma indica a minha resposta.
Vamos ao texto:
“Este é mais um dos absurdos propalado pelos líderes deste movimento. Dizem que todo o Novo Testamento foi escrito em hebraico. Eles falam isto sem nenhuma prova material. Nenhuma evidencia é mostrada que apóie tal teoria. Mas este argumento é muito importante para eles, pois se o NT foi escrito em hebreu o nome de Jesus deveria ter sido escrito como Yehoshua. Caso contrário isto anularia o peso da argumentação de toda a teoria em cima disto”.
Bem, vamos às provas “materiais” sobre a evidência da Escrita da Brit Hadasha em Hebraico.
Existem diversos manuscritos em hebraico, mas os mais conhecidos são: Delitzsch, Munster, Hebrew New Testament, a Peshita, etc… Todos estes manuscritos podem ser encontrados na WEB, desde que se saiba onde procurar. Isso demonstra que existe materialidade na confecção dos manuscritos e derruba a primeira “afirmação” do “professor”. Um outro detalhe é que todos estes manuscritos trazem o nome de Ieshua e não Yehoshua como foi citado por ele. Os textos são claros em mostrar que o nome do Ungido (Messias) é Ieshua. Este nome aparece mais de cem vezes na Tanach em hebraico (Velho Testamento) e estas referências apontam para a pessoa de Ieshua. A confusão entre os nomes “Ieshua” e “Yehoshua” deve-se a uma seita que propaga que o nome do Ungido TEM QUE SER Yehoshua. Mas isso é assunto para um outro artigo.
“O evangelho de João
A igreja onde congrego possui missões na América Central, em países como Honduras, Peru e Nicarágua. Quando recebemos cartas dos missionários brasileiros eles geralmente referem-se aos acontecimentos do povo no qual se encontram como os “nicaragüenses”, “os peruanos”, o “pessoal de Lima” e assim por diante. Por outro lado, quando enviamos nossas correspondências a eles, não precisamos usar esta linguagem nos referindo como “os brasileiros”, “os paulistas” ou os “cariocas”, quando falamos de acontecimentos de nossa nação. Há uma simples razão para tudo isso: é que estamos escrevendo a outra pessoa de nossa própria nação, um brasileiro. Ele não precisa dessas referências, pois conhece muito bem sua pátria. Mas, por outro lado, os acontecimentos que eles relatam estão falando de um povo diferente do nosso, com costumes e línguas diferentes, então aí se faz necessário o uso de tais expressões”.
Agora a argumentação vem falando da “forma” – ou estilo – em que as boas novas (tradução da palavra grega citada “evangelho”) foram escritas. Este é um argumento interessante, pois o público de Iochanam (este é o verdadeiro nome de “João”) deveria ser de um povo de fala grega e estrangeiro segundo nosso “professor”. A primeira pergunta que fazemos é a seguinte: por que um judeu escreveria para um grego – cujo nome – destinatário – nem mesmo é mencionado na carta? Como se chegou a esta conclusão?
O “professor” cita a estrutura do texto, mas os primeiros versículos das boas novas têm uma estrutura puramente judaica em sua construção, pois tem início com as mesas palavras do livro de Bereshit – Gênesis – usando inclusive as mesmas palavras iniciais, que são “No princípio”! Um outro detalhe que passou despercebido é que no hebraico o autor usa um “jogo de palavras”, pois ele se refere a Ieshua como “há dabar” – “a palavra, a conversa, o diálogo” enquanto que em Bereshit a palavra usada para que o Criador traga à existência o universo é o verbo “amar” que significa “ordenar, dizer, falar”. Então como poderia um gentio entender esta estrutura judaica que se utiliza nestes primeiros versos das boas novas o nome de Elohim – D-us Criador – que estabelece a ligação entre esta carta e o Bereshit.
A forma citada pelo “professor” é um recurso que atualmente os “jornalistas e repórteres” usam largamente, citando o fato e contextualizando seus leitores, pois a notícia após ser difundida poderá ser lida ou ouvida por outras pessoas que não estavam presentes naquele evento! Esta é a razão por utilizar-se desta forma de registro dos fatos.
“A mulher samaritana
No episódio de Jesus e a mulher samaritana, João nos mostra alguns exemplos de como a língua é utilizada para fazer distinções entre povos:
“Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se comunicavam com os samaritanos.)” (João 4.9)
Ora, qualquer judeu, saberia muito bem da rixa existente entre judeus e samaritanos. Seria desnecessário João escrever desta maneira para um judeu. Por outro lado, um grego desconhecia por completo este fato. Sendo assim, João introduz no final da narrativa uma explicação de que os judeus não se davam com os samaritanos. Isto seria desnecessário a um judeu, mas não a um grego.
Por usar o termo “os Judeus” João atesta a distinção entre as pessoas judias e não judias”.
Vamos considerar este argumento, que é muito interessante. O professor nos fala sobre um texto explicativo entre “parêntesis”. Ora, todos aqueles que estudaram teologia sabem que quando um texto está entre () ele aparece em algumas versões de manuscritos e em outras não. Estou falando de manuscritos GREGOS. Agora, quando vamos para os manuscritos hebraicos estes textos entre () definitivamente NÃO APARECEM! Isso significa que estas “explicações” não foram postas ali pelos autores do texto original, mas sim pelos copistas que julgavam haver a necessidade de explicação daquilo para os destinatários daqueles documentos! Esta é uma questão primária acerca do ensino teológico, mas precisamos ficar atentos para isso pois muitas vezes isso nos passa desapercebido! Inclusive existe um grande número de BÍBLIAS em que consta uma nota no rodapé informando que os textos entre () não fazem parte dos “melhores manuscritos”.
Em suma: todos os textos entre “parêntesis” não estão nos manuscritos hebraicos por não haver necessidade de “explicações” adicionais aos destinatários acerca dos textos em questão!
“O evangelho de Lucas
Lucas é outro exemplo de como o Novo Testamento foi escrito em grego.
Lucas era um médico de nome gentio. Seu nome é uma forma abreviada de Lucios (nome grego). Seu evangelho foi escrito também para um gentio grego, Teófilo que significa “amigo de Deus”.
Lucas era companheiro de Paulo e viajou muito com o apóstolo em terras gregas (Cl. 4.10-14).
Ele era grego por nascimento e conseqüentemente falava a língua grega.
Um grego escrevendo para outro grego. É óbvio que este evangelho só poderia estar na língua grega e não hebraica.
O estilo introdutório de Lucas
Tanto o livro de Atos como o evangelho segue as características do estilo de cartas usadas pelos escritores gregos.
Se este livro foi escrito em hebraico, é estranho que ele possui traços e estilos de uma escrita grega.
Existem algumas explicações nos escritos lucano que não deixam margem para a contestação de que tal evangelho foi escrito em grego, para um grego. Eis a primeira:
“Aproximava-se a festa dos pães ázimos, que se chama a páscoa.” (Lucas 22.1)
Ora, se Teófilo fosse judeu, Lucas não teria de gastar explicações com coisas basilares do judaísmo. Qualquer judeu, desde sua tenra infância sabe que a festa dos pães ázimos é a páscoa. Mas ele precisou explicar isso a Teófilo, pois ele não era judeu, mas grego.
A outra se encontra em Lucas 23.50:
“Então um homem chamado José, natural de Arimatéia, cidade dos judeus, membro do sinédrio, homem bom e justo”
Ora, Lucas não precisaria dizer para um judeu que Arimatéia era uma “cidade dos judeus”. Não faz sentido. Mas como um gentio não conhece estas coisas foi necessário dar esta explicação”.
Vamos à outra questão: Luqas. Quem era este homem? A história nos diz quem ele era.
Lucas, o evangelista (do grego Lukás). Foi, segundo a tradição, o escritor do evangelho de Lucas e de Atos dos Apóstolos. Acredita-se que Lucas era um médico culto e educado, que falava grego e latim, era sírio da cidade de Antioquia, e não chegou a conhecer Ieshua pessoalmente. De fato, o evangelista não afirma ter sido testemunha ocular da vida de Ieshua, mas assegura ter investigado tudo cuidadosamente e ter escrito uma narrativa ordenada dos fatos (Lc 1.1-4). Chamado pelo apóstolo Paulo de “O Médico Amado”, pode ter sido um dos cristãos do primeiro século que conviveu pessoalmente com os doze apóstolos. Todas as referências parecem indicar que Lucas, de fato, teria seguido Paulo por algum tempo. Alguns manuscritos referem que Lucas morreu em Tebas, capital da Beócia, com 84 anos de idade.
Lucas é um Sírio de Antioquia, Sírio pela raça, médico de profissão. Tornou-se discípulo dos apóstolos e mais tarde seguiu a Paulo até ao seu martírio. Tendo servido o Senhor com perseverança, solteiro e sem filhos, cheio da graça do Espírito Santo, morreu com 84 anos de idade.
Alguns manuscritos referem que Lucas morreu “em Tebas, capital da Beócia”. Todas estas referências parecem indicar que Lucas terá, de fato, seguido Paulo durante algum tempo.
Tradições mais tardias desenvolveram-se a partir daqui. Epifânio assegura que Lucas era um dos Setenta (Panerion 51.11), e João Crisóstomo refere que o “irmão” referido por Paulo na segunda epístola aos Coríntios, 8:18 ou é Lucas ou é Barnabé. J. Wenham assevera que Lucas era “um dos Setenta, um dos discípulos de Emaús, parente de Paulo e de Lúcio de Cirene.”
Vejamos agora onde ele nasceu:
Flavio Josefo descreve Antioquia como tendo sido a terceira maior cidade do império e também do mundo, com uma população estimada em mais de meio milhão de habitantes, depois de Alexandria. Cresceu a ponto de se tornar o principal centro comercial e industrial da Síria Romana. Era considerada como a porta para o Oriente. César, Augusto e Tibério utilizavam-na como centro de operações. Era também chamada de “Antioquia, a bela”, “rainha do Oriente”, devido as riquezas romanas que a embelezavam, desde a estética grega até o luxo oriental.
Todavia, era também uma das mais sórdidas e depravadas cidades do mundo, como todas as grandes metrópoles da época. O culto à deusa Astarote pelas mulheres da cidade de Antioquia era tão indecente que Constantino o aboliu mediante o uso da força. A maioria da população era síria (gentios), embora houvesse numerosa colônia judaica. Sua cultura era tipicamente grego-helenista.
Este relato histórico nos mostra que Lucas nasceu numa cidade de fala Aramaica e fazia parte da colônia judaica existente ali. Portanto, ele deveria certamente conhecer não somente o hebraico como também o aramaico babilônico – que era o dialeto falado pelos judeus – e portanto deve ter escrito sua “bessora” (boas-novas) em hebraico e aramaico!
Há um ditado que diz: “Contra fatos não há argumentos”; então nosso posicionamento deve ser de não podemos contestar a história mas de interpretá-la de maneira correta a fim de entendermos o seu significado e andarmos de acordo com aquilo que é verdadeiro!
Naquilo que se refere a Teófilo, já comentamos, pois este homem recebe de Luqas um documento que confirmaria aquilo que ele já havia sido informado. Só que o documento apresenta detalhes e um registro “jornalístico” dos fatos. As “explicações” questionadas pelo professor demonstram que o documento foi enviado para um judeu que estava fora de Israel! A tradição diz que Teófilo era um judeu de Alexandria – Egito. E as explicações servem para situar a pessoa em meio aos fatos. O que Luqas faz é uma narrativa detalhada daquilo que ocorreu. Esta é também uma característica judaica de dizer as coisas, o detalhamento daquilo que ocorreu. Isso é feito não somente para informar mas também para dirimir quaisquer dúvidas acerca daquilo que foi dito.
É preciso notar que a judaicidade de Luqas está exposta em todos os seus escritos, como por exemplo a Genealogia de Ieshua. Por que um grego – gentio – se preocuparia em registrar uma genealogia judaica? Teria esta pessoa condições de traçar uma “árvore genealógica” com precisão. E se de fato esta pessoa conseguiu tal precisão, por que fez isso não sendo judeu? Por que esta pessoa – Luqas – fala ainda sobre a apresentação de Ieshua no dia de seu Brit Milá (circuncisão) que se deu ao oitavo dia e tambem do Bar Mitzva de Ieshua que ocorreu quando ele tinha doze anos? Por que um gentio se preocuparia em registrar os eventos “judaicos” da vida de Ieshua não tendo o domínio da tradição e a importância que isso tem na vida de um judeu? Tudo isso é difícil de se explicar quando julgamos ser Luqas um gentio. Mas se ele era judeu, isso fica fácil de se explicar, pois ele estava transmitindo os valores judaicos do Ungido que o identificariam com Israel e com o cumprimento dos preceitos da Torah! Isso estaria sendo transmitido a um judeu na diáspora – Teófilo – que poderia então conectar esta informação com a Tanach e com a tradição acerca do Ungido, demonstrando assim que Ele (Ieshua) tinha todos os atributos que o Ungido deveria ter.
Por isso cremos que Luqas, o judeu, escreveu as boas novas contidas em sua carta enviada a Teófilo (sumo sacerdote na época) e depois os atos do Enviados de Ieshua.
“Palavras e frases da língua hebraica traduzidas para o grego
Existem várias palavras e frases hebraicas e aramaicas traduzidas pelos autores do Novo Testamento que torna injustificável a defesa de um original hebraico para o Novo Testamento. Iremos mostrar abaixo algumas delas:
EMMANUEL
Muitos adeptos do nome Yehoshua acreditam que Mateus foi escrito em hebraico. Todavia existem certas marcas em Mateus características de um original grego e não hebraico ou aramaico.
Por exemplo, Mateus faz uma citação profética de Isaías sobre a virgem e aplica-a em Jesus.
“Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, o qual será chamado EMANUEL, que traduzido é: Deus conosco.” (Mateus 1.23)
Isto é o que Isaías havia dito centenas de anos antes de Cristo nascer.
Mateus ao aplicar esta profecia a Cristo traduz a palavra hebraica Emanuel. Se Mateus estivesse escrevendo em hebraico para pessoas que compreendiam o hebraico, certamente ele nunca iria traduzir uma palavra de sua própria língua para pessoas que estavam familiarizadas com ela!
Isso fica mais evidente quando sabemos que Isaías ao escrever essa profecia em seu livro, ele a escreveu para leitores de fala hebraica (Isaías 7.14). Ele não dá nenhuma tradução para o nome Emanuel, pois seus leitores judeus sabiam o que significava tal palavra na sua língua natal. Desnecessário era fazer qualquer explicação. Mas porque será que Mateus precisou traduzir essa palavra? Simplesmente porque seus leitores não eram judeus e nem ele escreveu em hebraico, mas em grego.
TALITHA CUMI
No Evangelho de Marcos temos outros exemplos de palavras traduzidas:
“E, tomando a mão da menina, disse-lhe: Talita cumi, que, traduzido, é: Menina, a ti te digo, levanta-te.” (Marcos 5:41)
Marcos traduziu esta frase aos seus leitores por que nenhum deles conhecia o aramaico, mas somente o grego no qual foi escrito seu evangelho.
ELOI, ELOI
Outro exemplo de uma frase aramaica que Marcos sentiu necessidade de traduzir aos seus leitores foi o lamento de Jesus na cruz:
“E, à hora nona, bradou Jesus em alta voz: Eloí, Eloí, lamá, sabactani? que, traduzido, é: Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?” (Marcos 15.34)
Jesus estava falando em aramaico e Marcos desejava que seus leitores soubessem o significado daquelas palavras em grego, então resolveu traduzi-las. Isto mostra que Marcos também escreveu seu evangelho em grego. Algo interessante ainda é saber que Jesus usou o nome Eloi e não Yá, ou YHWH.
RABI E RABONI
Outro exemplo nós temos na palavra Rabi e Raboni:
“Voltando-se Jesus e vendo que o seguiam, perguntou-lhes: Que buscais? Disseram-lhe eles: rabi (que, traduzido, quer dizer Mestre), onde pousas?” (João 1.38)
“Disse-lhe Jesus: Maria! Ela, voltando-se, disse-lhe: Raboni (que quer dizer Mestre)!” (João 20.16)
Rabi é uma palavra hebraica, enquanto raboni é aramaico, ambas querem dizer a mesma coisa. Isto prova que os leitores de João não entendiam nenhum dos dois idiomas. João precisou traduzir ambas para o grego afim de torná-las compreensível aos seus leitores gregos.
MESSIAS
João utilizou a palavra Messias duas vezes em seu Evangelho:
“Ele achou primeiro a seu irmão Simão, e disse-lhe: Havemos achado o Messias (que, traduzido, quer dizer Cristo).” (João 1.41)
“Replicou-lhe a mulher: Eu sei que vem o Messias (que se chama o Cristo); quando ele vier há de nos anunciar todas as coisas.” (João 4.25)
A palavra Messias fazia parte da vida dos judeus. A esperança messiânica estava no auge quando Jesus nasceu. Portanto, era inconcebível que um judeu não soubesse o significado desta palavra. Contudo, João precisou traduzi-la para o grego. Pois os gregos não estavam familiarizados com expressões judaicas.
Ao contrário de João, Daniel usou a palavra messias duas vezes em seu livro (9.25,26), mas não precisou dar explicação alguma. Simples, os leitores de Daniel sabiam o hebraico e aramaico no qual foi escrito seu livro. Daniel escrevia para judeus em hebraico e João para gregos em idioma grego.
Os leitores de João não sabiam que a palavra hebraica Messias significava “ungido”. Mas a palavra “ungido” em grego era Cristo. Então foi fácil para João fazer a tradução para uma melhor compreensão de seus leitores.
CEPHAS
O sobrenome que Jesus deu a Simão é mais uma tradução que encontramos no primeiro capítulo de João.
“E o levou a Jesus. Jesus, fixando nele o olhar, disse: Tu és Simão, filho de João, tu serás chamado Cefas (que quer dizer Pedro).” (João 1.42)
Cefas é uma palavra aramaica muito conhecida para um judeu. Mas João precisou traduzi-la como “Petros” que em grego significa pedra.
GABATÁ
“Pilatos, pois, quando ouviu isto, trouxe Jesus para fora e sentou-se no tribunal, no lugar chamado Pavimento, e em hebraico Gabatá.” (João 19.13)
“…saiu para o lugar chamado Caveira, que em hebraico se chama Gólgota,” (João 19.17)
Nestas duas frases João primeiro dá o significado delas em grego e depois mostra a seus leitores como os judeus chamam estes lugares em hebraico. Se seus leitores fossem hebreus, seria até ridículo João tentar explicar o significado destes lugares a eles. Mas o caso é que João escreveu em grego para leitores de nacionalidade grega.
ACÉLDAMA
Lucas também lança mão do mesmo artifício quando escreve ao seu amigo grego Teófilo:
“E tornou-se isto conhecido de todos os habitantes de Jerusalém; de maneira que na própria língua deles esse campo se chama Acéldama, isto é, Campo de Sangue)” (Atos 1.19)
Lucas distingui as pessoas de Jerusalém por chamar os judeus de “eles” (“na própria língua deles”) e em seguida dá o significado aramaico do campo de sangue, isto é “Acéldama”.
Até aqui nós temos visto que todos os cinco primeiros livros que compõe o Novo Testamento foram escritos em grego. Os destinatários destes livros não entendiam hebraico, por isso muitos nomes próprios da língua hebraica ou aramaica precisou ser traduzidos para o grego. Também a distinção entre os povos do qual se fala (judes) e para o qual o escritor está escrevendo (gregos) também é clara. As evidências cumulativas provam sem sombra de dúvida que esses livros foram escritos em grego e não hebraico ou aramaico”.
Os argumentos acima também já foram refutados, mas gostaria de me prender a um outro detalhe ainda não abordado. O “professor” afirma que a Brit Hadasha foi escrita em grego, mas ele mesmo destaca palavras HEBRAICAS no texto. Na teologia isso é chamado de HEBRAÍSMOS. Ora, pergunto eu, se um texto foi escrito em Grego, por que ele traria resquícios do idioma hebraico? O escritor do texto não era suficientemente bom no grego e “deixou passar” algumas palavras do hebraico? O que ocorreu? O que deveria de fato acontecer é que deveriam existir “greguismos” (este é um neologismo inventado por mim) e não “hebraísmos”!
A explicação desta “incoerência” vem da análise textual ou daquilo que conhecemos como “crítica textual”. Se ocorreram hebraísmos no texto isso significa que o texto ORIGINAL certamente foi produzido na língua hebraica. Os pais da Igreja confirmam isso. Veja abaixo seu testemunho:
Testemunho dos Pais da Igreja
Papias
Este pai apostólico, que foi discípulo do apóstolo João ou do presbítero João, identificou este evangelho como de Mateus, apóstolo do Senhor:
“Mateus compôs sua história [a respeito de Jesus] em dialeto hebraico e cada um traduzia segundo a sua capacidade” (Papias – História Eclesiástica de Eusébio)
Papias.
Em meados do século II era bispo em Hierápolis, Frígia. Segundo Irineu, teria sido discípulo de João.
A ele são atribuídos 5 livros intitulados “Exposições Sobre os Oráculos do Senhor”. No prefácio de sua obra, afirma não ter sido discípulo ocular e auricular dos apóstolos, mas recebeu a norma de fé, de familiares dos apóstolos. Seu trabalho desapareceu, mas alguns textos foram preservados por Eusébio e Irineu em seus escritos.
Segundo os fragmentos preservados por Eusébio, Papias, transmite os discursos do Senhor e as tradições derivadas de João, o Ancião. Papias afirma que Marcos foi o intérprete de Pedro, escrevendo todas as coisas sobre os ditos e feitos do Senhor, que lhe foram relatados, embora pessoalmente nunca O tenha visto ou seguido, mas viveu com Pedro.
Papias também informa que Mateus escreveu os “logia” ou Oráculos do Senhor, na língua hebraica. Reconheceram a “Fonte de ditados Q”,
Irineu
O bispo de Lyon, na França, declarou o seguinte a respeito deste evangelho e seu autor:
“Mateus, de fato, produziu seu evangelho escrito entre os hebreus no dialeto deles…” (Irineu – História Eclesiástica de Eusébio)
Orígenes
Declara a autoria deste Evangelho a Mateus, conferindo-lhe natureza autoritária:
“Segundo aprendi com a tradição a respeito dos quatro evangelhos, que são os únicos inquestionáveis em toda Igreja de Deus em todo o mundo. O primeiro é escrito de acordo com Mateus, o mesmo que fora publicano, mas depois apóstolo de Jesus Cristo, o qual, tendo-o publicado para os convertidos judeus o escreveu em hebraico” (Orígenes – História Eclesiástica de Eusébio)
Eusébio de Cesaréia
O bispo de Cesaréia, que herdou a formação teológica de Orígenes, aceita o testemunho antigo e aprova a autoria de Mateus neste evangelho:
“…de todos os discípulos, Mateus e João são os únicos que nos deixaram comentários escritos e, mesmo eles, foram forçados a isso. Mateus tendo primeiro proclamado o evangelho em hebraico, quando estava para ir também às outras nações, colocou-o por escrito em sua língua natal e assim, por meio de seus escritos, supriu a necessidade de sua presença entre eles.” (Eusébio – História Eclesiástica)
Estas palavras foram retiradas da História e portanto não precisam ser “interpretadas”; precisam ser cridas!
O que ocorreu de fato é que o texto da Brit Hadahsa foi escrito em HEBRAICO e quando foi traduzido para o grego passou a apresentar os problemas que temos hoje, pela ignorância dos tradutores acerca da língua hebraica.
Uma outra questão a ser abordada é a da imutabilidade do Eterno. Todos os crentes concordam que o Eterno é IMUTÁVEL. Ora, pergunto eu, se Ele é assim certamente existe somente um padrão de conduta estabelecido pelo Criador. Ele estabeleceu que as Escrituras fossem produzidas no idioma HEBRAICO e isso estende-se também à Brit Hadasha. Por que isso tem de ser assim? O hebraico é conhecido como “lashon há codesh” – língua sagrada – e portanto é o IDIOMA oficial do Eterno para comunicar-se com a humanidade. Afirmo isso sem qualquer sombra de dúvida, pois as evidências demonstram que os Escritos divinos somente são compreendidos quando se entende o hebraico e o judaísmo. Fora disso não há como entender-se os Escritos Bíblicos. Esta é uma afirmação muito forte, pois estou de fato “batendo de frente” com tudo aquilo que já está estabelecido a quase dois mil anos. Mas não há como “negociar”, os padrões do Eterno são imutáveis e não tenho o direito de afirmar isso de forma diferente. O problema é que a maioria das pessoas não deseja curvar-se diante de algo que é “novo” porém está registrado há milênios nas escrituras e nós na realidade não queremos enxergar isso. A dialética dos líderes funciona assim: “Não devemos mexer naquilo que já está estabelecido, pois isso seria prejudicial para nosso povo e também para a minha imagem como líder. O que meus colegas diriam disso?” Estas são palavras que estão nas entrelinhas dos comentários que ouço regularmente dos líderes que conheço.
“Paulo e os gregos
Certa vez precisei usar um artigo de um Instituto de Pesquisa norte americano. Como eu sabia que os norte americanos falam o inglês, redigi meu e-mail em língua inglesa pedindo autorização para usar o referido artigo. Eu não poderia escrever em português, pois sabia que eles eram americanos e o idioma oficial é o inglês. Eu não poderia escrever em qualquer outra língua, alemão, chinês, italiano. Não. Tinha de ser em inglês o pedido de autorização.
Paulo procedeu da mesma maneira ao redigir suas cartas às igrejas ou pessoas individualmente. Todos eles foram escritos em grego porque o idioma de tais pessoas era o grego e não o hebraico.
Pondere nas seguintes verdades: Paulo não era somente judeu, mas também cidadão romano. Como cidadão romano ele poderia viajar livremente pelo império. Paulo visitou várias cidades gregas e conheceu seus costumes, arte, cultura e religião.
Todas as epístolas que ele escreveu foram para igrejas gregas: Corinto, Gálatas, Éfeso, Colossos, Filipos, Tessalonica; ou para pessoas gregas como Tito, Timóteo e Filemon. É óbvio que ele iria escrever em grego e não em hebraico!
Paulo conhecia bem de perto os jogos Olímpicos, ele chega a usar termos esportivos como figura de linguagem a fim de ilustrar as verdades espirituais: ele fala em coroa (I Co. 9.25) e atleta (II Timóteo 2.5).
Ele conhecia os poetas gregos e até cita uma fala deles em Atos 17.28 e I Corintios 15.33, como aos filósofos cretenses em Tito 1.12”.
Mais uma vez o professor usa um argumento em sua forma invertida. Ele parece não ter notado que em Atos Sha´ul (Paulo) visitou as sinagogas judaicas enquanto viajava pelo “Império Romano” e que mesmo ali estavam presentes os “gregos” para participarem do culto! Certamente os meus leitores sabem que numa sinagoga judia o serviço religioso é feito em HEBRAICO! Então os “gregos” que estavam ali ou eram convertidos e que dominavam o hebraico ou eram judeus gregos da diáspora!
Vejamos alguns exemplos:
“E os que foram dispersos pela perseguição que sucedeu por causa de Estêvão caminharam até à Fenícia, Chipre e Antioquia, não anunciando a ninguém a palavra, senão somente aos judeus. E havia entre eles alguns homens cíprios e cirenenses, os quais entrando em Antioquia falaram aos gregos, anunciando o Senhor Ieshua” At 11:19-20.
Comentário: estes homens que anunciavam a palavra passram por três cidades aos judeus. Estes homens entraram em Antioquia e anunciaram Ieshua aos gregos! Eles certamente fizeram isso numa sinagoga. Então estes “gregos” eram também judeus que estavam dispersos em Antioquia!
“E, chegados a Salamina, anunciavam a palavra de Elohim nas sinagogas dos judeus; e tinham também a João como cooperador” At 13:5.
“E eles, saindo de Perge, chegaram a Antioquia, da Pisídia, e, entrando na sinagoga, num dia de sábado, assentaram-se; e, depois da lição da lei e dos profetas, lhes mandaram dizer os principais da sinagoga: Homens irmãos, se tendes alguma palavra de consolação para o povo, falai. E, levantando-se Sha´ul, e pedindo silêncio com a mão, disse: Homens israelitas, e os que temeis a Elohim, ouvi:” At 13:14-16.
Comentário:
os discípulos de Ieshua seguiam o padrão da Torah entrando na sinagoga num shabat para estudar e para discutir as Escrituras com os demais judeus! E quando Sha´ul fala ao povo ele certamente se utiliza do idioma HEBRAICO! Podemos então dizer que todos os presentes ENTENDIAM o hebraico e puderam ouvir atentamente as palavras do enviado Sha´ul!
“E, saídos os judeus da sinagoga, os gentios rogaram que no sábado seguinte lhes fossem ditas as mesmas coisas. E, despedida a sinagoga, muitos dos judeus e dos prosélitos religiosos seguiram Sha´ul e Bar naba; os quais, falando-lhes, os exortavam a que permanecessem na graça de Elohim. E no sábado seguinte ajuntou-se quase toda a cidade para ouvir a palavra de Elohim” At 13:42-44.
Comentário:
as pessoas que frequentavam a sinagoga – cujo serviço é feito em hebraico – eram judeus [dispersos], prosélitos [convertidos ao judaísmo]; inclusive foram ouvir Sha´ul gentios que certamente conheciam o hebraico – pelo menos entendiam a língua – pois grande parte da cidade foi a sinagoga ouvir este homem falar-lhes acerca de Ieshua.
“E chegou a Derbe e Listra. E eis que estava ali um certo discípulo por nome Timóteo, filho de uma judia que era crente, mas de pai grego;” At 16:1.
Comentário:
Timóteo era JUDEU, pois um filho de mãe judia é judeu! Não é possível dizer que ele falasse ou recebesse um documento inspirado pelo Eterno que seria transmitido para a comunidade em outra língua que não o Hebraico!
“E passando por Anfípolis e Apolônia, chegaram a Tessalônica, onde havia uma sinagoga de judeus. E Sha´ul, como tinha por costume, foi ter com eles; e por três sábados disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que o Ungido padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Ieshua, que vos anuncio, dizia ele, é o Ungido. E alguns deles creram, e ajuntaram-se com Sha´ul e Silas; e também uma grande multidão de gregos religiosos, e não poucas mulheres principais” At 17:1-4.
Comentário:
Mais uma vez na sinagoga estão gregos religiosos [seriam os “ortodoxos” de nossos dias?] e muitas mulheres dos líderes da sinagoga que receberam a fé em Ieshua!
“E logo os irmãos enviaram de noite Sha´ul e Silas a Beréia; e eles, chegando lá, foram à sinagoga dos judeus. Ora, estes foram mais nobres do que os que estavam em Tessalônica, porque de bom grado receberam a palavra, examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” At 17:10-11.
Comentário:
Judeus bereanos que seguem o padrão da Torah e examinam nas Escrituras – Torah e Tanach – confirmama as Palavras de Sha´ul acerca do Ungido.
“E depois disto partiu Sha´ul de Atenas, e chegou a Corinto. E, achando um certo judeu por nome Áqüila, natural do Ponto, que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma), ajuntou-se com eles, e, como era do mesmo ofício, ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício fazer tendas. E todos os sábados disputava na sinagoga, e convencia a judeus e gregos” At 18:1-4.
“E Crispo, principal da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa; e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram imersos” At 18:7.
Comentário:
Os coríntios que foram imersos estavam na sinagoga. O rosh – líder – da sinagoga se completou em Ieshua e outros judeus da cidade também fizeram o mesmo.
“Mas, se a questão é de palavras, e de nomes, e da lei que entre vós há, vede-o vós mesmos; porque eu não quero ser juiz dessas coisas. E expulsou-os do tribunal. Então todos os gregos agarraram Sóstenes, principal da sinagoga, e o feriram diante do tribunal; e a Gálio nada destas coisas o incomodava. E Sha´ul, ficando ainda ali muitos dias, despediu-se dos irmãos, e dali navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áqüila, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali; mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus” At 18:15-19.
“Ele começou a falar ousadamente na sinagoga; e, quando o ouviram Priscila e Áqüila, o levaram consigo e lhe declararam mais precisamente o caminho de Elohim” At 18:26.
“E, entrando na sinagoga, falou ousadamente por espaço de três meses, disputando e persuadindo-os acerca do reino de Elohim” At 19:8.
Creio que estes versos são suficientes para demonstra a incoerência dos argumentos do “professor”.
“A epístola aos hebreus
Mas o que dizer então da epístola aos hebreus? Não foi Paulo quem a escreveu?
Ora, se esta epístola foi escrita de fato para crentes hebreus, foi na língua hebraica e não grega!
A objeção levantada acima apesar de sustentar um verniz de lógica, não procede pelas seguintes razões:
1. A epístola é anônima;
2. É diferente das cartas paulinas cuja introdução ou desfecho trazia o nome do autor;
3. Não sabemos quem são seus destinatários.
4. Apesar do Velho Testamento ser citado em abundância, todas as citações são da Septuaginta e não do texto massorético hebraico. A septuaginta era o velho Testamento em grego. É claro que seus leitores, se não fossem gentios, eram judeus helenizados que conheciam o grego. O certo é que todo o livro de Hebreus foi escrito em grego para judeus (?) que falavam esta língua.”
Vamos finalizar com Hebreus. O “professor” argumenta sobre esta carta com quatro pontos, mas vamos raciocinar um pouco. A carta chama-se na realidade “Judeus messiânicos” – tradução direta do hebraico. Mesmo o termo “hebreus” nos diz que esta carta foi escrita para judeus, pois eles eram chamados também de “hebreus”. Certamente não poderia ter sido escrita em Grego! Um outro detalhe: esta carta é um paralelo muito interessante com o livro de Levítico, explicando o mesmo e confirmando tudo aquilo que está escrito ali, com apenas uma diferença: os sacrifícios para PERDÃO DOS PECADOS já não é mais necessário, pois a morte de Ieshua foi suficiente para isso!
Quanto ao autor, não podemos identificá-lo com certeza, mas esta pessoa era um judeu versado na Torah e que tinha também uma imensa revelação acerca da pessoa e da obra de Ieshua para fazer esta “conexão” entre os fatos.
Os destinatários eram judeus que estavam na diáspora – já mostramos isso no livro de Atos – e que precisavam desta informação para receberem Ieshua como o Ungido que viria para salvar ao povo de Israel e depois os gentios.
É estranho que o “professor” diga que as citações foram da Septuaginta, pois ela veio da Tanach – Velho Testamento – então em última instancia o texto veio do Hebraico e não do grego! Parece que houve uma “falha” na argumentação e raciocínio aqui.
Bem, gostaria de terminar dizendo que temos um grande e profundo amor por todos os nossos irmãos no Ungido e que independentemente de concordarmos ou não ainda somos irmãos! O que nos une – o sangue de Ieshua – é maior do que nossas divergências.
Mas, precisamos alertar aos nossos irmãos sobre algo: necessitamos de um preparo muito grande para podermos entender as Escrituras de fato. Seria excelente se pudéssemos entender que tudo veio do Eterno e com somente um padrão: o d´Ele! Não podemos “inventar” ou “melhorar” aquilo que Ele já fez. Temos hoje um legado que veio através de um povo e este legado infelizmente foi contaminado por “Roma” – império romano e seus sistemas – e por isso existem tantas opiniões e divergências. A origem de tudo está em Israel e no povo judeu. Esta é uma verdade incontestável.
O que devemos fazer? Precisamos ter a humildade de sermos restaurados e reaprendermos com aqueles que nos deram além das Escrituras o Ungido: os judeus!
Que o Eterno nos abençoe e que possamos em breve ver e viver a grande restauração que o Eterno está fazendo em seu povo, em nome de Ieshua!
Mário Moreno.