Semelhante aos anjos

Mário Moreno/ dezembro 22, 2017/ Artigos

Semelhante aos anjos

Quem é o homem criado à imagem e semelhança do Eterno, porém feito menor que os mensageiros do próprio Eterno?

Quem são os mensageiros do Eterno?

A tradição judaica nos informa que os mensageiros – mensageiros – são seres criados pelo Eterno e com atribuições. Usamos a palavra “mensageiro” por ser este o significado original da palavra em hebraico. O termo que usamos – anjo – é um termo não traduzido e seu significado se perdeu. A palavra “anjo” não foi traduzida e vem do termo grego “angelos” que significa “mensageiro”. Vamos ver um pouco daquilo que está escrito na tradição judaica:

“O assunto de mensageiros consta claramente na Torah e no Tanach em várias ocasiões e nossos Sábios falam de mensageiros como um fenômeno normal da vida. Os mensageiros são seres espirituais, compostos de apenas dois (fogo e ar) dos quatro elementos básicos (fogo, água, ar e terra), em contraste dos seres físicos que são compostos pelos quatro”.

Os criados por D’us, que se subdividem em 10 grupos (ou hierarquias, para usar seus termos). Estes mensageiros são eternos. Maimônides escreve sobre este assunto, dando o nome de cada grupo. Os mensageiros são os “ministros” do Rei, (como os chamamos na canção de sexta-feira à noite na entrada do Shabat – mensageiros ministrantes).

Os mensageiros têm cada um sua missão particular e, de fato, o nome anjo em hebraico (mal’ach) significa mensageiro. Por exemplo, existem os mensageiros protetores de cada povo, cuja missão é defender seu povo contra quaisquer acusações no Tribunal Celestial, etc. Existem mensageiros encarregados sobre cada parte da Natureza, como sobre a Terra, o Mar e o Deserto. E outras categorias. D’us criou estes mensageiros com inteligência superior e eles reconhecem que são apenas mensageiros, sem poderes autônomos. Cada um conhece seu lugar e não se “empurra” para ocupar um “espaço” melhor ou mais elevado. Estes mensageiros podem ser tanto mensageiros “bons” como “ruins”, pois na verdade bom ou mau está na concepção humana – os mensageiros em si apenas obedecem às ordens que lhes são delegadas – às vezes para trazer uma recompensa e outras para uma consequência.

De passagem podemos aprender daqui que é errado dizer que D’us nos castiga; na verdade o nosso próprio ato traz a consequência, como uma pessoa não pode gritar que o fogo queimou seu dedo se ela própria colocou o dedo no fogo.

Nossos Sábios nos contam que quando D’us Se revelou a Seu povo para falar os Dez Mandamentos, os Céus se abriram e todos podiam ver o que acontecia lá em Cima. Uma das coisas que mais impressionou o povo foi a perfeita ordem dos mensageiros.

Embora um anjo é um ser espiritual, não podemos conferir a ele nenhum poder ou acreditar nele ou orar a ele, etc. Na comparação acima como ministros de um rei, poderia-se argumentar que assim como um rei ficaria satisfeito se seus súditos honrassem os ministros, também D’us deveria ficar contente que os seres humanos honram os mensageiros. Porém há uma grande diferença nos dois casos: se você está na presença de um rei e em vez de honrá-lo, você vira-se para seus ministros, torna-se uma grande ofensa e mais, a pessoa é vista como um traidor!

Estamos constantemente na presença de D’us. Não há um momento na vida quando não estamos na presença do Criador. Por isso não se pode adorar nenhum outro tipo de ser – nem mensageiros nem ídolos, etc. Como já mencionei, os próprios mensageiros reconhecem que eles não têm poder próprio – são apenas “office-boys” Divinos.”

Estes seres espirituais foram criados pelo Eterno de uma forma diferente à criação do homem. É muito provável que estes mensageiros tenham sido criados através da Palavra; ou seja, o Eterno criou-os em “categorias” criando grupos de seres espirituais com atribuições específicas vislumbrando a história em seu transcorrer e chegando ao fim de todas as coisas.

Veja a definição da Enciclopédia sobre os mensageiros e suas categorias:

Anjo hebraico: מַלְאָךְ, malach, mensageiro) é um ente na maioria das vezes espiritual que serve de elo transmissor entre o homem e o Criador. Sua existência é denotada em vários trechos da Bíblia hebraica e em diversos textos da literatura rabínica. Alguns anjos são citados por nome, até mencionados em excertos da liturgia religiosa, e também servem de protetores da humanidades e das pessoas individualmente. São entes inteligentes mas vinculados e dependentes do poder Divino, que podem assumir diversos tipos de tarefas, que, aos olhos humanos, podem ser boas ou más.

Etimologia

O termo deriva desde לאך.

Espécies e hierarquia

Há duas espécies de anjos: permanentes e temporários. Os anjos são agrupados em dez ordens, correspondentes às dez sefirot.

Ordem Classe Hebraico Tradução Arcanjo Sefirá
1 Chaiot חַיּוֹת Vivos Metatron ‘Keter
2 Ofanim אְוּפַּנים Rodas Raziel ‘Chochmá
3 Erelim אראלים Tsafkiel Biná
4 Chashmalim חשמלים Eléctricos Tsadkiel Chessed
5 Serafim שְׂרָפִים Ardentes Camael Gevurá
6 Melachim מַלְאָכִים Mensageiros Rafael Tiféret
7 Elohim אלֹהִים Senhores Haniel Netsach
8 Benei Elohim בֶנֵי אלֹהִים Filhos dos Senhores Miguel Hod
9 Cheruvim כְּרוּבִים Fortes Gabriel Yessod
10 Ishim אישים Homens Sandalfon Malchut

Estes seres foram – e ainda são – dotados de livre-arbítrio. Há um versículo muito interessante em Iov que nos fala assim: “Eis que nos seus servos não confia, e nos seus mensageiros encontra erro” Jó 4.18. Este verso nos mostra que já na Tanach existiam mensageiros que erraram e que não mantiveram seu comportamento de serviço ao Eterno.

Mas o que é o livre-arbítrio? Vejamos o que nos diz a Enciclopédia:

“Livre-arbítrio é basicamente a expressão usada para significar a vontade livre de escolha, as decisões livres.

Há termos sinônimos, também usados para significá-lo, tais como liberum arbitrium, liberum voluntatis arbitrium, libertas arbitrii, ou livre-alvedrio. O livre arbítrio, que quer dizer, o juízo livre, é a capacidade de escolha pela vontade humana entre o bem e o mal, entre o certo e o errado, conscientemente conhecidos. Ele é uma crença religiosa ou uma proposta filosófica que defende que a pessoa tem o poder de decidir suas ações e pensamentos segundo seu próprio desejo e crença.

A pessoa que faz uma livre escolha pode se basear em uma análise relacionada ao meio ou não, e a escolha que é feita pelo agente pode resultar em ações para beneficiá-lo ou não. As ações resultantes das suas decisões são subordinadas somente a vontade consciente do agente.

A expressão, livre-arbítrio, costuma ter conotações objetivistas e subjetivistas. No primeiro caso as conotações indicam que a realização de uma ação (física ou mental) por um agente consciente não é completamente condicionada por fatores antecedentes. No segundo caso elas indicam o ponto de vista da percepção que o agente tem de que a ação originou-se na sua vontade. Tal percepção é chamada algumas vezes de “experiência da liberdade”.

Quando voltamos a falar dos mensageiros que pecaram vemos que esta já é uma característica – ainda que negativa – que assemelha os mensageiros ao homem; e me refiro a questão do livre arbítrio e a falibilidade humana em seus atos e também suas punições, que serão as mesmas!

Esta é uma semelhança incrível e que nos aproxima – homens e mensageiros – para que tenhamos – pelo menos em tese – as mesmas características de sentimentos e até de reações, o que assemelha ainda mais estas duas criaturas divinas. Eles porém não dão vasão aos sentimentos como nós o fazemos, pois somos dominados pela emoção, eles são regidos pela obediência, seja ao Eterno ou seja ao inferno!

Eles certamente se alegram quando os homens respondem positivamente aos mandamentos do Eterno e creio que também se entristecem quando os homens desobedecem e tornam-se mais e mais aprofundados no pecado e no caminho do maligno.

Mensageiros que pecaram

Este tipo de ser é chamado vulgarmente de “demônio”. Esta palavra demonstra que tais seres foram bons um dia e que ocorreu uma transformação em sua natureza que os tornou literalmente maus.

As evidências desta queda e transformação estão em algumas passagens das Escrituras:

“E fez-se uma batalha nos céus: Miguel e mais seus mensageiros combatiam contra o dragão; e combatia o dragão e os seus mensageiros, mas não prevaleceram; nem mais foi o seu lugar achado nos céus” Ap 12.7,8.

Este texto nos mostra que houve uma batalha e que estes seres foram todos precipitados dos céus, pois o seu lugar não foi mais achado nos céus! (grifo nosso). Então estes seres um dia estiveram nos céus e depois foram expulsos de lá? Qual seria o motivo? Rebelião!

Esta atitude fez com que o Criador agisse rapidamente e Ele criou um local somente para os rebeldes: “Então, dirá também aos que estiverem à sua esquerda: Apartai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, preparado para o diabo e seus anjos” Mt 25.41. O “fogo eterno” ou “inferno” é um local espiritual preparado para aqueles seres celestiais que se rebelaram contra o Seu Criador.

Esta rebelião é um ato da vontade e, portanto, caracteriza o livre-arbítrio que estes seres possuem. Da mesma forma com os demais seres celestiais, que resolveram NÃO SEGUIR com os propósitos do ser rebelde e permaneceram em obediência ao Eterno. Isso também é livre-arbítrio!

Um outro aspecto interessante está no seguinte verso: “Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai; ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade, porque não há verdade nele; quando ele profere mentira, fala do que lhe é próprio, porque é mentiroso e pai da mentira” Jo 8.44. Precisamos destacar neste verso:

“Vós tendes por pai ao diabo e quereis satisfazer os desejos de vosso pai” – alguém que tem Desejos pode escolher entre uma coisa e outra;

“ele foi homicida desde o princípio e não se firmou na verdade” – este ser naturalmente escolheu entre a mentira e a verdade, e isso é mais um indício de livre-arbítrio!

Estas características aproximam estes seres do homem de uma forma muito intensa, pois o homem tem exercitado seu livre-arbítrio de forma a escolher entre a verdade e a mentira; entre o Eterno e o maligno, etc…

Semelhantes “fisicamente”

Os mensageiros do Eterno, por toda a Bíblia, se parecem com o homem e manifestam-se a este de forma a relacionar-se com o mesmo como se fosse um igual a ele. Vejamos algumas passagens que comprovam isso:

“E vieram os dois mensageiros a Sodoma à tarde e estava Lot assentado à porta de Sodoma; e vendo-os Lot, levantou-se ao seu encontro, e inclinou-se com o rosto à terra” Gn 19.1

“E ao amanhecer os mensageiros apertaram com Lot, dizendo: Levanta-te, toma tua mulher, e tuas duas filhas que aqui estão, para que não pereças na injustiça desta cidade” Gn 19.15.

“E foi também Ia´aqov o seu caminho, e encontraram-no os mensageiros de Elohim” Gn 32.1.

“Então, o adversário o deixou; e, eis que chegaram os mensageiros e o serviram” Mt 4.11.

“e, não achando o seu corpo, voltaram, dizendo que também tinham visto uma visão de mensageiros, que dizem que ele vive” Lc 24.23.

“Não vos esqueçais da hospitalidade, porque por ela alguns, não o sabendo, hospedaram mensageiros” Hb 13.2.

Os mensageiros do Eterno precisam “materializar-se” para terem contato com os homens; nós precisamos ter as nossas “faculdades” restauradas para enxergarmos e discernirmos aqueles que estão tão próximos de nós e não os vemos…

Com certeza, Adan via o reino espiritual assim como via o físico… e nós temos o privilégio de sermos “guardados” por mensageiros celestiais que foram enviados a fim de cuidarem de nossas vidas. O salmo 34.7 diz assim: “O mensageiro do IHVH acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra”. O que achamos disso? Eu chamaria de “privilégio”, pois o Eterno enviou estes seres celestiais não somente para nos guardar, mas também para nos livrar de qualquer evento que possa atrapalhar os planos d´Ele em nossa vida!

A grande maioria das pessoas não sabe e nem conhece estes mensageiros que são os seus “guarda-costas” pessoal e que trabalham vinte e quatro horas por dia para preservar-nos para o Eterno!

Quem tem a “visão aberta” vê estes seres semelhantes aos homens, só que na grande maioria dos casos, estão sempre armados e prontos para a batalha.

É notável que estes seres foram criados antes do homem, mas já se pareciam com o homem; eles têm a imagem do Eterno, mas não tem a essência do Eterno – que é a parte espiritual que vem do Criador – e que conecta o homem ao seu Criador.

Um outro detalhe é que as nossas orações são levadas à eternidade por estes seres, que as apresentam diante do Eterno como incenso sendo queimado – o incenso tem um cheiro agradável e é suave – e o Eterno reconhece nossas orações pelo “cheiro” e toma conhecimento delas, enviando também pelas mãos destes seres celestiais aquilo que a eternidade reserva para cada um de nós. “E, havendo tomado o livro, os quatro animais e os vinte e quatro anciãos prostraram-se diante do Cordeiro, tendo todos eles harpas e salvas de ouro cheias de incenso, que são as orações dos santos” Ap 5.8. Será que estamos dando “trabalho” a estes seres para que nossas orações entrem na eternidade dia após dia?

Estes seres ainda recebem ordens dos céus a nosso respeito; mas nós também podemos “solicitar” seus serviços desde que o façamos com finalidades que estejam de acordo com as Escrituras. As Escrituras nos dizem assim: “Não são, porventura, todos eles espíritos administradores, enviados a servir, por amor daqueles que hão de herdar a salvação?” Hb 1.14.

Esta atribuição dos mensageiros faz com que eles sejam mais do que “guarda-costas”; eles são de fato como nossas “sombras” e estão nos ajudando para que os propósitos do Eterno se cumpram de fato em nossas vidas enquanto estamos na terra; depois de nossa partida para a eternidade eles não são mais necessários para nos servir…

Este é o outro ponto de identificação entre os mensageiros e os homens; ambos estamos servindo ao Eterno com nossas habilidades!

Quem é o homem?

“Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho do homem, para que o visites? Contudo, pouco menor o fizeste do que os mensageiros, e de glória e de honra o coroaste. Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés” Sl 8.4-6.

O homem quando comparado aos mensageiros parece insignificante; porém os seres humanos guardam consigo uma característica que os distingue dos mensageiros: uma partícula do Eterno está em nós; ou seja, podemos dizer que somos quase “deuses” por termos parte do Eterno e da eternidade em nós.

Isso se confirma quando o homem foi criado, pois a forma usada para criar o homem foi totalmente diferente das demais criaturas. A criação foi realizada através de PALAVRAS; o Eterno falou e as coisas surgiram; deu ordens e aquilo que foi expresso por Ele em palavras veio à existência de forma a compor a Criação. Certamente os mensageiros foram criados desta mesma forma e com objetivos bem definidos.

É notável que após o pecado nos alinhamos “por baixo” com o restante da criação; mas mesmo assim continuamos tendo o domínio do restante da Criação, mesmo no que diz respeito ao reino espiritual.

O pecado fez do homem um prisioneiro e a solução do Eterno para a liberação do homem da prisão foi o envio de Ieshua. A missão de Ieshua estava clara: resgatar a eternidade que esta dentro do homem! E isso está expresso nas Escrituras, nos originais em hebraico. Vejamos alguns exemplos disso:

“Porque Elohim amou a eternidade de tal maneira que deu o seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” Jo 3.16.

“Porque Elohim enviou o seu filho a eternidade não para que condenasse a eternidade, mas para que a eternidade fosse salva por ele” Jo 3.17.

“E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos, porque nós mesmos o temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Ungido, o Salvador da eternidade” Jo 4.42.

“Porque o pão de Elohim é aquele que desce do céu e dá vida a eternidade” Jo 6.33.

Em todos estes versículos muito conhecidos vemos a ocorrência da palavra “eternidade” no lugar de “mundo”. Isso se deve à uma falha na tradução de nossas Bíblias, onde a palavra que ocorre e que foi traduzida por “mundo” é “olam” e em toda a Tanach ela foi traduzida por “eterno ou eternidade”. A pergunta é: por que justamente agora ela vem a significar “mundo” apontando para algo MATERIAL quando sua conotação no restante das Escrituras refere-se a algo espiritual?

Isso certamente se deve à falta de conhecimento dos tradutores que não compreenderam como ficaria a tradução correta, pois quando a fazemos de forma correta podemos vislumbrar que Ieshua veio resgatar a Eternidade do homem, ou seja, a redenção seria baseada naquilo que veio do Eterno para o homem e que isso deveria retornar ao Criador!

Este é um conceito revolucionário porém verdadeiro, pois todo o trabalho de Ieshua se deu para que o ser espiritual revestido de um invólucro de carne pudesse ser redimido e retornasse ao seu Criador.

Mais uma vez vemos que as semelhanças entre os mensageiros e os homens aparece, pois aquilo que é espiritual conecta estas duas criaturas e quando os mensageiros trabalham por nós é justamente para nos fazer caminhar em direção à nossa redenção espiritual. Lembramos também que nossos “corpos” físicos serão transformados e se tornarão “espirituais”, ou seja, seremos habilitados a estarmos numa dimensão que hoje somente os seres espirituais tem acesso! As palavras de Sha´ul confirmam isso de forma muito clara dizendo: “Eis aqui vos digo um mistério: Na verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante o último shofar; porque o shofar soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E, quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é mortal se revestir da imortalidade, então, cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória” I Co 15.51-54.

Estas semelhanças são fantásticas, pois cremos que estes mesmos seres espirituais chamados “mensageiros” nos conduzirão para a Eternidade no momento do grande evento que chamamos de “arrebatamento”, pois creio que seremos levados justamente por eles. Ieshua compara isso a uma colheita de trigo, onde os mensageiros “colherão” o trigo levando-o aos celeiros do Pai.

Estas semelhanças justificam o que nos foi dito nos salmos: “Contudo, pouco menor o fizeste do que os mensageiros, e de glória e de honra o coroaste”. Quando paro para pensar neste verso entendo que as semelhanças terminam aqui, pois ao contrário dos mensageiros teremos a honra de receber do Eterno uma coroa de vitória por nossa passagem pelo planeta terra; seremos recebidos na eternidade com uma Festa – que será a continuação de Sucot (Tabernáculos) e ali participaremos da presença e de tudo aquilo que o Criador sonhou dar ao homem, mas que foi perdido temporariamente por causa do pecado de Adam!

Que o Eterno nos ajude a sermos perseverantes e que busquemos não perder aquilo que já foi conquistado por Ieshua para nós: a eternidade vindoura!

Que assim seja.

Mário Moreno.

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