Vayakhel / Pekudei
Vayakhel (e ajuntou) – Pekudei (recenceamentos)
Êx 35– 40:38; Nm 19:1-22; Ez 36:16-38; I Rs 7:51-8:21; Hb 8:1-12, 9:1-11
Na última porção, Terumah, Tetsavé e a primeira parte de Ki Tisa, D-us instruiu Moshe sobre o making of do Mishkan (Tabernáculo, lugar de habitação), seus vasos e as vestes sacerdotais.
Concluindo o templo
“Quão amáveis são os teus tabernáculos, IHVH dos Exércitos! A minha alma está anelante, e 
desfalece pelos átrios do IHVH: o meu coração e a minha carne clamam pelo El vivo” (Sl 84:1–2)
Na leitura da semana, a glória do Senhor encheu o templo quando a obra de construção do templo foi concluída.
Vayakhel registra a aplicação efetiva das instruções de D-us para a construção do Mishkan relatado anteriormente na Parasha Terumah.
Com efeito, Vayakhel é quase uma repetição de Terumah. Mesmo que detalhes de Terumah são prefaciados com as palavras “e devem” são escritos aqui como “e eles fizeram“.
O Tabernáculo e o sábado
“Seis dias se trabalhará, mas o sétimo dia vos será santo, o sábado do repouso ao IHVH: todo aquele que fizer obra nele morrerá. Não acendereis fogo em nenhuma das vossas moradas no dia de sábado” (Êx 35.2-3).
Quando Moshe convocou o povo para construir o Tabernáculo, ele começou por recordar para guardar o Shabat (sábado).
O povo estava preparado para começar a construção do Tabernáculo, mas mesmo algo tão importante como foi este trabalho, é trazido à sua atenção, mais uma vez, que eles não devem trabalhar no sábado.
A santidade do sábado não poderia ser violada até para o propósito sagrado da construção do Tabernáculo.
Construir o Tabernáculo: um caso de comunidade
Sobre a construção do Tabernáculo, D-us despertou o coração de pessoas para trazer as suas ofertas para a obra do Senhor.
Cada um contribuiu com o que podiam dos seus recursos materiais para o Trabalho do Senhor.
Além disso, não era apenas o projeto privado Moshe; foi um caso de comunidade.
Alguns dispuseram de material para as vestes sagradas, enquanto outros prepararam o óleo da unção, os vasos sagrados, etc. Todos trabalharam juntos em direção a esse objetivo comum.
Da mesma forma, nenhum de nós pode fazer o trabalho do Senhor sozinho.
A edificação do corpo do Messias deve ser um comum trabalhar, com cada um cujo coração é movido pelo Senhor dando o que eles são capazes. Algum usam seus talentos e outros dão de seus recursos materiais. Muitos dão ambos.
Uma manifestação alegre de recursos
“E falaram a Moshe, dizendo: O povo traz muito mais do que basta para o serviço da obra que IHVH ordenou se fizesse” (Êx 36:5).
Os israelitas estavam tão felizes de dar para a construção do Mishkan (Tabernáculo) que deram com entusiasmo.
Tão generosamente deram que eles na verdade tinham de ser contidos de dar mais (Êx 36:3-7)!
D-us responde para ao doador alegre com amor e generosidade, e ele multiplica a semente semeada para que não falte.
“Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Elohim ama ao que dá com alegria. E Elohim é poderoso para fazer abundar em vós toda graça, a fim de que, tendo sempre, em tudo, toda suficiência, abundeis em toda boa obra” (II Co 9:7–8).
Se todos cujo coração estava sendo movido pelo Senhor deu o que tinha em seu coração para dar, aí seria mais que suficiente para satisfazer todas as necessidades.
A ninharia da viúva
Não é tanto o montante da oferta mas a quantidade de amor sacrificial com que é dada que conta para o Senhor.
No capítulo 21 do Evangelho de Lucas, Ieshua observa o rico colocando seus dons no tesouro do 
templo. Ele também testemunhou uma viúva pobre colocar dois léptons, que são chamados “réis” na tradução da Bíblia.
Nos dias de Ieshua, um lépton (grego para pequenos ou finos) foi a menor denominação nas moedas. Como as moedas hoje, eles dificilmente poderia ser considerados para valer a pena o esforço de inclinar-se para pegar uma na rua.
Seus dois “réis” dificilmente iriam fazer uma diferença significativa na manutenção do templo, mas Ieshua tomou conhecimento especial desta oferta pequena e deu a essa viúva é uma grande honra.
O que pode ser considerado uma oferta insignificante por alguns foi gravado e ainda é lido cerca de dois mil anos depois! Ieshua na verdade viu que este valor que a pobre viúva estava oferecendo foi mais do que as generosas ofertas dos ricos.
“e disse: Em verdade vos digo que lançou mais do que todos esta pobre viúva” (Lc 21:3).
Ofertas de tempo e talento
“Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Elohim” (I Co 10:31).
Não foram só ofertas financeiras que o povo deu para completar o trabalho da construção do Tabernáculo. Deram também de seus dons e talentos.
Em alguns indivíduos, tais como Betzalel (ver Parshat Ki Tisa), D-us colocou seu Espírito de sabedoria e compreensão para um específico dom artístico para completar um determinado aspecto da construção do Mishkan.
Da mesma forma, D-us dá a cada um de nós presentes que devem ser utilizados para a sua glória.
Assim como D-us deu explicitamente detalhadas instruções para construir o Tabernáculo e não apenas um esboço geral, podemos também buscar ao Senhor por obter instruções específicas sobre o que ele quer que façamos para ele.
De acordo com o plano de D-us
“Levantou também o pátio ao redor do tabernáculo e do altar, e pendurou a coberta da porta do pátio. Assim Moshe acabou a obra. Então a nuvem cobriu a tenda da congregação, e a glória do IHVH encheu o tabernáculo [Mishkan]” (Êx 40:33–34).
Na seção Pekudei da Torá desta semana, a construção da Santuário é concluído.
Esse trabalho foi terminado exatamente como D-us ordenara a Moshe: “Assim se acabou toda a obra do tabernáculo da tenda da congregação; e os filhos de Israel fizeram conforme a tudo o que o IHVH ordenara a Moshe; assim o fizeram” (Êx 32:39).
Os israelitas não desviaram a partir dos planos dados a eles por D-us para fazer suas coisas próprias. Fielmente conduziram em sua direção.
Moshe fez apenas de acordo com o padrão celestial que foi mostrado a ele na montanha.
Da mesma forma, precisamos ter a certeza de que nossas obras são o que nosso pai nos pede para fazer, do jeito que ele está pedindo para fazê-lo, e que não estamos fazendo apenas o que queremos.
Ouvir de D-us e receber a orientação divina sua acontece num close, numa relação íntima com ele e não há outra maneira. E um relacionamento com D-us, como qualquer outro relacionamento, requer tempo e comunicação significativa.
Ieshua investiu tempo em seu relacionamento com o pai e como Moshe, que fez tudo de acordo com a vontade do seu pai.
“Mas Ieshua respondeu e disse-lhes: Na verdade, na verdade vos digo que o filho por si mesmo não pode fazer coisa alguma, se o não vir fazer ao pai, porque tudo quanto ele faz, o filho o faz igualmente” (Jo 5:19).
“Porque eu desci dos céus não para fazer a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou” (Jo 6:38).
No final, nossas obras serão julgadas e o fogo vai testar cada trabalho. Só aqueles feitos de acordo com a vontade do pai irão perdurar e ser recompensados.
Receber a bênção
“Viu pois Moshe toda a obra, e eis que a tinham feito; como o IHVH ordenara, assim a fizeram: então Moshe os abençoou” (Êx 39:43).
Quando eles completaram a obra, Moshe os abençoou.
É como se Moshe olhasse para tudo o que havia sido realizado e disse para as pessoas, “Bom trabalho, servos bons e fiéis”.
Observe que a benção não veio quando eles começaram o trabalho, mas quando eles o completaram.
Começos são fáceis. Quando nós iniciamos com zelo e entusiasmo, nós podemos nos comprometer a quase qualquer coisa, mas é preciso resistência para chegar ao final.
Conclusões são difíceis e raras. No entanto, é quando completamos o trabalho que nós recebemos a bênção.
Prioridades e procrastinação
“É para vós tempo de habitardes nas vossas casas estucadas, e esta casa há de ficar deserta?” (Ag 1:4).
Prioridades incorretas e procrastinação em fazer a obra de D-us podem resultar em estagnação espiritual.
O livro de Esdras fornece uma poderosa imagem do presente.
Em 538 A.C., o rei Cyrus decretou que os judeus poderiam retornar para sua amada cidade de Jerusalém e começar o trabalho de reconstrução do templo Santo, que os Exércitos da Babilônia tinham destruído.
Muito em breve, no entanto, eles esqueceram sua finalidade e perderam de vista de suas prioridades. Oposição e apatia trouxeram este importante trabalho a uma paralisação (Ed 4:4–5).
O povo padecia porque eles estavam mais preocupados com suas próprias e pessoais necessidades do que com fazer a vontade de D-us.
Trazendo o nosso trabalho a uma conclusão
“E nisto dou o meu parecer; pois isto vos convém a vós, que desde o ano passado começastes; e não foi só praticar, mas também querer. Agora, porém, completai também o já começado, para que, assim como houve a prontidão de vontade, haja também o cumprimento, segundo o que tendes” (II Co 8:10–11).
Da mesma forma que Moshe concluiu a construção do Tabernáculo, Salomão concluiu a construção do templo e os judeus exilados da Babilônia reconstruíram o templo, nós devemos 
trazer nosso trabalho a uma conclusão.
Em João 17:4, Ieshua disse que ele tinha terminado a obra que o pai tinha dado a ele para fazer.
As pessoas ainda precisavam ser salvos, curados e libertos.
Completar o nosso trabalho não significa que todas as pontas soltas precisam ser amarradas ou que não há nada deixado por fazer; significa que fizemos o que D-us especificamente encomendou que façamos.
Sabemos a partir desta Parasha que uma vez terminado o trabalho, não só vem a bênção, mas também a glória, desde que a glória de D-us encheu o Tabernáculo quando Moshe terminou de construí-lo!
Seguindo o mesmo padrão, depois que Ieshua declarou que ele tinha completado sua obra, ele Então passou a falar sobre a glória.
“E, agora, glorifica-me tu, ó pai, junto de ti mesmo, com aquela glória que tinha contigo antes que o mundo existisse” (Jo 17:5).
No final, depois de trazemos nossas obras para uma conclusão, podemos receber a bênção e ouvir essas palavras “Muito bem, servo bom e fiel.”
Nós podemos ser capazes de declarar, como o apóstolo Paulo, “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé” (II Tm 4:7).
Tenhamos nós também esta força de concluir o trabalho que o Eterno colocou em nossas mãos em nome de Ieshua!
Tradução: Mário Moreno
Título original: “Vayakhel Pekudei”.