Líderes rebeldes

Mário Moreno/ outubro 30, 2017/ Artigos

Líderes rebeldes

O que leva uma pessoa a rebelar-se contra seus líderes desejando, inclusive, tomar o lugar dos mesmos? Esta é uma pergunta que ressoa em todos os lugares do mundo, pois a rebelião é uma postura que não está restrita a um povo em particular ou a uma determinada época em particular.

Na Torah, temos um exemplo muito interessante que nos mostra o padrão como isso acontece; isso será plenamente discutido através de citações da Parasha Qorach – Coré. Mas antes de falarmos da Parasha, vamos mostrar como o Midrash trata esta mesma questão e mostra os “bastidores” do coração de Qorach!

“Qorach pensou: “Meu destino indica que nasci para a grandeza. Por quê razão meu avô deu o nome de Itshar – óleo – a meu pai? Meu avô deve ter previsto que exatamente como o óleo sempre flutua na superfície, assim meu pai produz filhos superiores, merecedores de serem untados com o sagrado óleo da unção para as posições de kehuná (sacerdócio) ou realeza.

“Agora, quem é mais predestinado que eu, o filho mais velho de Itshar, e o mais qualificado para altos cargos?”

Realmente, Qorach combinava qualidades superiores que poucas pessoas possuiam:

  • Primeiro, seus ancestrais eram ilustres. Seu antepassado era Kehat, e sua família, os filhos de Kehat, era a mais importante família dos levitas. Qorach era primo em primeiro grau de Moshê e Aharon.
  • Qorach fora escolhido como um dos carregadores da arca.
  • Além disso, Qorach era um homem muito inteligente e culto.
  • Previra através do espírito de profecia que, entre seus descendentes incluía-se o famoso profeta Shemuel, bem como catorze grupos de leviyim que possuiriam o espírito de profecia.

Qorach disse: “Estou destinado a ser a fonte de todas essas grandezas. Como pode ser que eu mesmo não atinja um posto de destacada importância?”

Saber de antemão acerca da grandeza de sua prole fortaleceu sua crença no sucesso de uma revolta contra Moshê. (Não percebia que seria destruído, e que seus filhos sobreviventes gerariam esses grandes descendentes.)

  • Acima de tudo, Qorach estava muito seguro de si e presunçoso por causa de sua fabulosa fortuna. Pensava que era favorecido por D’us, e que por isso tinha o direito de travar contenda contra Moshê, pois, “Um homem rico fala com imprudência” (Mishlê 18:23).

O que fica claro aqui? O Midrash nos mostra que um sentimento invadiu o coração daquele homem: a arrogância (orgulho). Pelo relato do Midrash Qorach se considerava tão bom que ele deveria ocupar o cargo de maior prestígio em Israel: o de Cohen Gadol – Sumo-sacerdote. Este sentimento nasce no coração de alguém e não é conhecido senão pela própria pessoa; até aqui a arrogância está somente no pensamento, mas começa a tomar forma e vida quando um comentário como o de Qorach é feito para alguém… Assim se inicia o desejo de rebelião que nada mais é do que a sede pelo poder que está nas mãos de outrem.

Mas, há toda uma dinâmica e um desenvolvimento que leva a pessoa a julgar-se superior aos demais e a buscar cegamente tirar o seu “oponente” do lugar que julga ser seu!

Vejamos o que nos diz o texto da Torah sobre isso:

Nosso texto inicial diz assim: “E Qorach, filho de Jizar, filho de Coate, filho de Levi, tomou consigo a Datan e a Abiram, filhos de Eliabe, e a Om, filho de Pelete, filhos de Rúben. E levantaram-se perante Moshe com duzentos e cinquenta homens dos filhos de Israel, príncipes da congregação, chamados à assembleia, homens de posição, e se congregaram contra Moshe e contra Aharon, e lhes disseram: Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o IHVH está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do IHVH? Quando Moshe ouviu isso, caiu sobre o seu rosto” (Nm 16:1-4). Aqui temos o primeiro ato aberto de rebelião de uma elite do povo contra Moshe e Aharon. O texto nos informa que Qorach veio acompanhado por 250 homens, príncipes da congregação. A palavra “príncipes” vem do termo hebraico nasi e significa “príncipe, chefe, líder, comandante, governante, soberano”. Já o termo “congregação” vem do hebraico edâh e significa “assembleia, congregação, multidão, povo, enxame”. Estes homens foram “chamados”, palavra proveniente do termo hebraico qarî´ que significa “pessoa chamada, pessoa convocada”. O uso desta palavra demonstra que aquelas pessoas estavam reunidas ali por terem sido convocadas entre todo o povo de Israel que estava peregrinando rumo a Canaã. Tais pessoas colocaram-se “contra” Moshe e Aharon. Este termo em hebraico é ´al e significa “em cima de, contra, sobre”, o que nos demonstra que aqueles homens estavam com sua atitude dizendo estarem acima de Moshe e Aharon e contra tudo aquilo que eles vinham fazendo até então.

Estes homens argumentam “a congregação é santa, todos são santos e o Eterno está entre eles”. Quando dizem isso eles usam novamente edâ e também o tetragrama. Na continuidade usam o termo “elevar” que vem do hebraico násâ´ e significa “erguer, carregar, tomar”. Desta mesma raiz vem a palavra nasî´ que significa “príncipe, chefe, líder”. A frase “E Qorahc tomou consigo”, o que significa? Se deu um mau conselho. Todo aquele que persegue o que não é seu, ele foge dele. A acusação que estava sendo feita a Moshe era a de que ele tomara para si o cargo de líder do povo de Israel! Ou seja, estes homens não estavam plenamente de acordo com a liderança de Moshe e por isso agora agiam rebelando-se contra ele! Mas, o mais interessante aqui é percebermos a reação de Moshe, que imediatamente prostra-se com seu rosto em terra, como que colocando-se diante do Eterno para que Ele mesmo possa fazer aquilo que deve ser feito num caso destes! Ele não se defende e nem procura defender sua liderança entre o povo de Israel; somente se prostra e deixa o restante para que o Sumo Juiz possa dar o veredicto final.

O rebelde nunca aparece numa situação de confronto sozinho… E neste caso a audácia de Qorach é tão grande que ele vem até a presença de Moshe e Aron com mais duzentos e cinquenta líderes da nação! Ou seja, ele “arrebanhou” para o seu lado somente pessoas de prestígio e renome entre as doze tribos com a finalidade de fazer-se líder no lugar de Moshe.

A atitude de Qorach foi tão maligna que ele “armou” esta situação nos “bastidores” não indo diretamente a Moshe para tentar entender aquilo que ele pensava acerca das coisas que estava fazendo para guiar o povo pelo deserto rumo a Canaan.

Esta é uma atitude covarde, mas sempre presente na vida dos rebeldes, pois sua tática preferida é o ataque pela retaguarda, pois o rebelde sabe que nós não nos preparamos para sermos traídos por aqueles que estão próximos de nós e que ainda colaboram conosco na edificação dos projetos do Eterno na terra! As “conversas de bastidores” somente aparecem quando o rebelde julga que há um momento certo para o ataque, pois ele vê naquele momento uma certa “fragilidade” do líder e portanto ataca!

O seu argumento é interessante: Ele diz: “Basta-vos, pois que toda a congregação é santa, todos são santos, e o IHVH está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do IHVH?” Esta fala significa: “todos aqui estão diante do Eterno e por que razão você se eleva sobre os demais para fazer-se nosso líder? Qualquer um poderia fazer o que você faz e ainda melhor!”

Estas palavras demonstram ainda que há aqui uma acusação: “Moshe, você não FOI CHAMADO pelo Eterno; você se fez nosso líder e agora queremos te dizer que isso chegou ao fim”. Quando lemos a Torah veremos que Moshe foi chamado enquanto pastoreava os rebanhos de seu sogro e que este chamado veio acompanhado de sinais que validaram-no de forma inequívoca! Um outro detalhe: Moshe já tinha uma história – com fatos ocorridos – que mostravam a grandeza de seu chamado!

A estratégia do rebelde é desqualificar o chamado sem considerar todos os feitos passados daquele que serve ao Eterno e que lutou até aquele momento para se manter firme, mesmo quando os problemas tentaram lhe desestruturar!

Mas a reação de um verdadeiro homem de D-us é sempre a mesma: ele se prostra e clama ao Eterno! Não há o que fazer em meio a uma situação como esta, pois os ataques deste homem – que vem com mais duzentos e cinquenta como “escudeiros” – não cessarão até que ele veja seu intento ser completado e destituir o líder. Mas o homem de D-us não reage prontamente; ele para e pensa para não tomar atitudes “na carne” e dar vasão a sentimentos que possam corroborar aquilo que o rebelde diz. Portanto orar é o melhor remédio para isso.

Rebelião e mentira

Um outro aspecto da rebelião é que a mentira sempre acompanha esta atitude, pois na falta de um “motivo” para a rebelião, então o rebelde apoia-se na mentira a fim de “justificar” sua atitude!

A mentira tem uma finalidade: desestabilizar o líder e retirar da congregação a shalom. Veja o comentário do Zohar sobre isso: “O Zohar diz: “A controvérsia é a divisão da paz, esse que diverge da paz diverge do nome do sagrado pois o nome sagrado se denomina paz”. Isto está escrito no livro de Juízes e diz: “Então Gideão edificou ali um altar ao IHVH, e lhe chamou, IHVH é paz e ainda até ao dia de hoje está em Ofra dos abiezritas” Jz 6.24.

Isso nos mostra que aquele que mente e retira a shalom de entre o povo está de fato tentando retirar a presença do Eterno do meio do povo! Isso é o equivalente a dizer: o Eterno não está fazendo um bom trabalho entre nós; vamos substituí-lo juntamente com o nosso líder fulano de tal! É algo impressionante até onde chega a arrogância do rebelde, pois ele se coloca inclusive acima do Eterno não respeitando as decisões que já foram tomadas e que tem o objetivo de abençoar a vida do povo!

O rebelde não pensa no povo; ele pensa somente nele e deseja usar o povo e seus seguidores para atingir o seu intento, e quando isso acontece ele então “descarta” os menos importantes e fica com alguns como uma forma de dizer aos demais: “eu cumpri aquilo que prometi”!

Veja que a mentira contamina a todos, pois quando Qorach se levanta para acusar Moshe e Aron, Datan a Abiran não estão ali com aquele grupo; porém quando são chamados a se explicarem, a sua resposta é muito interessante:

“Moshe diz estas palavras e manda chamar a Datan e Abiram, pois os mesmos não estavam ali quando ele fez isso. A atitude deles deve ser aqui destacada. “E Moshe mandou chamar a Datan e a Abiram, filhos de Eliabe; porém eles disseram: Não subiremos; porventura pouco é que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel, para nos matares neste deserto, senão que também queres fazer-te príncipe sobre nós? Nem tampouco nos trouxeste a uma terra que mana leite e mel, nem nos deste campo e vinhas em herança; porventura arrancarás os olhos a estes homens? Não subiremos. Então Moshe irou-se muito, e disse ao IHVH: Não atentes para a sua oferta; nem um só jumento tomei deles, nem a nenhum deles fiz mal” (Nm 16:12-15). Quando Moshe chama os demais envolvidos na rebelião há uma negativa quanto ao comparecimento diante do líder constituído pelo Senhor para que possam explicar sua atitude! E o que é mais grave ainda: eles acusam Moshe de tê-los tirado do Egito para que fossem mortos no deserto! Dizem também que Moshe quis fazer-se líder sobre eles! Nenhum destes homens reconheciam a legitimidade da liderança de Moshe sobre o povo de Israel e sendo assim negam-se a prestar-lhe qualquer ato de obediência, ainda que seja para atender a um chamado para conversar!”

A mentira fica clara nas palavras deles quando dizem:

“porventura pouco é que nos fizeste subir de uma terra que mana leite e mel, para nos matares neste deserto” – com estas palavras eles estão dizendo que o Egito era uma terra que mana “leite e mel” e que Moshe os tirara de lá para que fossem mortos por ele no deserto!

Fato: o Egito não é uma terra como a descrita por eles e Moshe nunca matou ninguém no deserto! Aqueles que morreram de fato morreram por causa de seus pecados e transgressões!

“Nem tampouco nos trouxeste a uma terra que mana leite e mel, nem nos deste campo e vinhas em herança” – Eles não tinham sido LEVADOS a esta terra por que estavam a caminho de lá! A herança ainda não havia sido dada por que eles não chegaram ao destino final e Moshe NÃO LHES daria a herança; o Eterno se encarregaria de fazer isso!

“porventura arrancarás os olhos a estes homens?” – Eles estão dizendo que Moshe tirará toda a visão dos israelitas e os fará escravos seus, não tendo eles por onde ir!

Veja que estas mentiras são ditas por dois homens que já foram “envenenados” pelas palavras de Qorach; então eles perderam totalmente o referencial da autoridade de Moshe e falam com ele de forma desrespeitosa e até mesmo agressiva.

A pergunta que segue é: qual o pecado cometido por Moshe para ser tratado desta forma? Resposta: nenhum! Então a atitude destes homens além de descabida é estúpida, pois estão naturalmente atraindo sobre si uma punição que não tardará!

A estratégia de Moshe

Moshe usa de uma estratégia muito inteligente para fazer com que estes homens possam refletir e não agirem da forma como estão pensando, pois suas atitudes lhes custarão a sua vida e contaminarão outros tantos que morrerão por causa deles.

“Agora ele se voltará para Qorach, repetindo as instruções sobre a visitação do Senhor no meio do povo, a fim de identificar quem seria o líder do povo de Israel durante a peregrinação pelo deserto. “Disse mais Moshe a Qorach: Tu e todo o teu grupo ponde-vos perante o IHVH, tu e eles, e Aharon, amanhã. E tomai cada um o seu incensário, e neles ponde incenso; e trazei cada um o seu incensário perante o IHVH, duzentos e cinquenta incensários; também tu e Aharon, cada um o seu incensário. Tomaram, pois, cada um o seu incensário, e neles puseram fogo, e neles deitaram incenso, e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moshe e Aharon. E Qorach fez ajuntar contra eles todo o povo à porta da tenda da congregação; então a glória do IHVH apareceu a toda a congregação” (Nm 16:16-19). A cena deve ter sido, no mínimo curiosa, pois Moshe e Aharon – dois homens – postaram-se diante do Eterno e tinham contra si duzentos e cinquenta homens! Aos olhos humanos alguns poderiam dizer: “A voz do povo é a voz de D-us”. Neste caso a maioria representa a voz das trevas que se levanta numa rebelião contra o Eterno a fim de tentar frustrar os planos que visavam conduzir o povo de Israel para a terra de Canaã!”

Onde está a estratégia de Moshe? Vamos analisar os fatos: Moshe no dia anterior havia dito a Qorach e aos seus seguidores que:

– “E tomai cada um o seu incensário, e neles ponde incenso”;

– “Tomaram, pois, cada um o seu incensário, e neles puseram fogo”

– “e se puseram perante a porta da tenda da congregação com Moshe e Aharon”

Estes três passos deveriam ser dados por eles. Mas perguntamos: eles poderiam agir assim?

Vejamos:

– Qorach e seu grupo tiveram de fabricar incensários, pois o incensário era uma ferramenta de trabalho dos sacerdotes

– Qorach e seu grupo tiveram de confeccionar o incenso, que também era de atribuição dos sacerdotes;

– O fogo que deveria ir no incensário era aquele que estava no altar de sacrifícios. Lembremo-nos de que este fogo fora aceso pelo Eterno; outro fogo qualquer era considerado “fogo estranho”.

– Eles não poderiam postar-se de forma ameaçadora diante da Tenda da Congregação, pois o local era considerado santo e eles jamais poderiam ter agido desta forma.

Então a quebra de todos estes princípios vai resultar em uma catástrofe na vida daqueles homens. E quem vai intervir neste caso não é Moshe nem Aron. Veja como isso aconteceu:

“Então o Eterno lhes diz: “E falou o IHVH a Moshe, dizendo: Fala a toda esta congregação, dizendo: Subi do derredor da habitação de Qorach, Datan e Abiram. Então Moshe levantou-se, e foi a Datan e a Abiram; e após ele seguiram os anciãos de Israel. E falou à congregação, dizendo: Desviai-vos, peço-vos, das tendas destes homens ímpios, e não toqueis nada do que é seu para que porventura não pereçais em todos os seus pecados. Subiram, pois, do derredor da habitação de Qorach, Datan e Abiram. E Datan e Abiram saíram, e se puseram à porta das suas tendas, juntamente com as suas mulheres, e seus filhos, e suas crianças. Então disse Moshe: Nisto conhecereis que o Senhor me enviou a fazer todos estes feitos, que de meu coração não procedem. Se estes morrerem como morrem todos os homens, e se forem visitados como são visitados todos os homens, então o IHVH não me enviou. Mas, se o IHVH criar alguma coisa nova, e a terra abrir a sua boca e os tragar com tudo o que é seu, e vivos descerem ao abismo, então conhecereis que estes homens irritaram ao IHVH” (Nm 16:23-30). As palavras de Moshe quanto à forma pela qual o Eterno puniria aqueles homens serve para demonstrar que aconteceria algo sobrenatural a fim de demonstrar a todo o povo que a atitude deles havia magoado ao Eterno de tal forma que isso seria feito como demonstração de juízo e desagrado do Eterno para com eles!”

O Eterno age de maneira decisiva defendendo seus servos e demonstrando quem Ele havia chamado para ocupar o cargo de Sumo Sacerdote em Israel.

Aqui temos também a instrumentalidade de Moshe que fala como um profeta e que abre sua boca para dizer algo inusitado, que foi a criação de algo completamente inédito e que jamais se repetiu na história!

Ele nem mesmo acabara de falar e o milagre aconteceu! Da forma como Moshe profetizou os rebeldes foram punidos!

Amados, quando alguém se levanta contra um líder injustamente e este profetiza quilo que o Eterno lhe ordena, o resultado só pode ser um: a palavra do homem de D-us se cumpre! Não há com escapar da punição, pois a rebeldia, embalada pela mentira traz como resultado a morte do rebelde, de sua família e de seus seguidores!

O que mais impressiona é que o rebelde “arrasta” consigo pessoas que não deveriam ser punidas daquela forma, mas isso mostra também que aqueles que são punidos com o rebelde já tinham um sentimento instalado em seu coração que não havia sido manifesto, mas com a oportunidade de fazê-lo a pessoa então se alinha com o rebelde e sofre as mesmas consequências deste.

Os demais rebeldes vão morrer de novo pelas mãos do Eterno:

“E todo o Israel, que estava ao redor deles, fugiu ao clamor deles; porque diziam: Para que não nos trague a terra também a nós. Então saiu fogo do IHVH, e consumiu os duzentos e cinqüenta homens que ofereciam o incenso” (Nm 16:34-35)”. Agora, os demais rebeldes são mortos com o fogo que sai do Tabernáculo – fogo do IHVH – que os mata e consuma a punição aos rebeldes “sem causa!”

O final desta história é magnífico, pois a postura de Moshe fez toda a diferença para que isso acontecesse: ele se prostra com o rosto em terra e clama ao Eterno!

O líder verdadeiro não discute, não argumenta, ele ora e coloca a justiça nas mãos do Justo Juiz, que juntamente com nosso Advogado de defesa se encarregará de cuidar das insurgências que aparecem em nossa caminhada!

Líderes, fiquemos atentos para tudo aquilo que pode sobrevir aos nossos ministérios, porém não se preocupe com a forma de lidar com a situação, pois a estratégia já nos foi desvendada! Sabemos que não há como evitar a rebelião, mas podemos lidar com a rebelião de forma a minimizarmos as perdas e a evitar o pior!

Que o Eterno nos ajude a sermos prudentes e fiéis, pois enquanto estivermos nesta posição os nossos adversários não prevalecerão e certamente serão punidos de forma exemplar pelos céus!

Abraços e sucesso aos irmãos em nome de Ieshua!

Mário Moreno.

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