Mário Moreno/ maio 1, 2018/ Artigos

Controvérsia

A notícia que segue é antiga – 21 de abril de 2008 – mas ainda causa muito problemas entre judeus no Brasil, gentios e outras facções do judaísmo como por exemplo os “netsarim”, além de outros que nem sabem em que posição se encaixam dentro do espectro do judaísmo.

Não posso afirmar que tal postura seja por puro desconhecimento – preferiria pensar assim – mas o que parece é que existem pessoas que não desejam – de forma alguma – reconhecer que os judeus messiânicos fazem parte da comunidade de Israel! E isso é legal, ou seja, foi dado a nós – judeus messiânicos – que tivéssemos nossos direitos reconhecidos em Israel – e consequentemente, em todo o mundo – e por isso podemos sim ser chamados de “judeus”!

Quero salientar aqui que a Suprema Corte de Israel reconheceu os “judeus messiânicos” que muitos dizem não existir e outros afirmam que são falsos! Estas “posturas” – que podem bem ser chamados de “ataques” – ocorrem não somente nas mídias sociais – Facebook, Whatsapp, Instagram – como também via email e sempre na forma de confronto e com muita intimidação; aos que assim procedem gostaria de convidá-los a lerem a tradução da reportagem feita pelo Jerusalém Post – um veículo de comunicação com grande representatividade em Israel e também no mundo judaico – e que atesta esta questão acerca do direito à cidadania dos judeus messiânicos em Israel e em todo o mundo! Detalhe: o reconhecimento foi dado aos judeus messiânicos e não a outra facção do judaísmo que diz crer em Ieshua!

Espero sinceramente que daqui por diante cessem tais controvérsias e que possamos continuar em nossa caminhada rumo à restauração da Noiva, onde judeus tradicionais e judeus messiânicos estarão caminhando lado a lado – mesmo com suas diferenças – mas sempre em busca do bem comum: a vitória do povo do Eterno e a esperança de que o Ungido logo virá nos buscar!

Baruch Há Shem!

JUDEUS MESSIÂNICOS GANHAM DIREITO DE CIDADANIA

A Corte Suprema Israelí toma partido dos Judeus Messiânicos

A Corte Suprema Israelí toma partido dos Judeus Messiânicos
Por Erin Roach 21 de Abril, 2008 JERUSALÉM.

A Corte Suprema de Israel decidiu que os judeus messiânicos têm os mesmos diretos ao que se refere à cidadania automática como judeus que não crêem em Ieshua como Messias. O caso foi apresentado por 12 solicitantes que tiveram negada a cidadania principalmente por serem judeus que crêem no Messias. A maioria deles tinha recebido cartas nas quais diziam que não se podia conceder a cidadania porque ‘tinham participado em atividade missionária’, segundo um e-mail que Calev Myers, fundador e principal conselheiro do Instituto de Justiça de Jerusalém, tinha feito circular. Um empregado do Ministério do Interior ao que parece, havia dito a um dos solicitantes que por estar participando em uma atividade missionária, estava agindo contra os interesses do Estado de Israel e do povo judeu.

A Suprema Corte de Israel encerrou uma batalha de dois anos e meio de duração em 16 de Abril, determinando que os messiânicos deviam receber o mesmo trato sob a lei de retorno israelí, segundo a qual qualquer que nasce sendo judeu pode imigrar de qualquer parte do mundo para Israel e deve-se conceder automaticamente a cidadania. ‘Esta é outra batalha ganha em nossa guerra por estabelecer a igualdade em Israel para a comunidade judia messiânica que é igual a qualquer outra linha legítima da fé dentro do mundo judeu, ‘ escreveu Myers. Jim Sibley, um catedrático da Faculdade de Criswell em Dallas e antes missionário em Israel, disse a Imprensa Batista que os crentes judeus se viam excluídos da lei de retorno por determinações anteriores dos tribunais, incluindo um na década de 80 declarando que se um judeu cresse em Ieshua como Messias não era considerado judeu. O tradicional judaísmo rabínico ensina que o judaísmo é determinado através da linha sanguínea materna, explicou Sibley. Entretanto, desde o ponto de vista bíblico a linha que se segue é a linha sanguínea paterna.

‘Aparentemente pelo menos uma das 12 pessoas as quais foi negada a cidadania tinha mãe gentia e pai judeu’, disse Sibley, diretor do Instituto Pasche de Estudos Judaicos em Criswell. ‘Inclusive em uma situação assim, geralmente basta com que a pessoa lhe conceda a cidadania. Tudo o que isto consegue [a decisão dos tribunais] é basicamente afirmar que as mesmas normas que se aplica à qualquer outra pessoa judia se aplica às que crêem em Ieshua’.

Com esta decisão, disse Sibley, os judeus messiânicos podem pretender conseguir a cidadania em Israel sem descriminação religiosa. ‘É uma determinação de uma tremenda importância porque ao que parece, fora isto, a Corte ordenou ao Ministério Israelí do Interior que deixasse de perseguir os crentes judeus’, disse Sibley. ‘Alguns dos setores da sociedade que são muito ortodoxos haviam adotado posições no Ministério do Interior e se aproveitaram delas para impedir a cidadania dos crentes, negando-lhes vistos e de forma geral perseguindo não só os judeus que crêem em Ieshua, mas também os trabalhadores cristãos em Israel.’

A decisão da Suprema Corte deveria aliviar uma parte da pressão que alguns dos judeus crentes e trabalhadores cristãos estrangeiros em Israel têm sentido, disse Sibley, acrescentando que ‘não podia evitar acreditar’ que a decisão tem a ver com um ataque terrorista à comunidade messiânica em Março. Neste incidente, Ami Ortíz de 15 anos de idade, cujos pais são destacados dirigentes da congregação messiânica em Ariel, abriu uma bomba que tinha aspecto de ser um presente, que foi entregue em sua casa. Devido a isto sofreu extensos danos em seu corpo, mas espera-se que se recupere depois de estar pelo menos um ano submetido a tratamento. Ainda uma investigação policial está levando à cabo, os judeus ortodoxos anti-missionários estão entre os que originalmente se consideraram como responsáveis pelo crime.

Sibley disse que os judeus ortodoxos deveriam voltar a considerar a impressão que têm dos crentes messiânicos e deixar de persegui-los. ‘Tendo em conta a enorme quantidade de judeus que simplesmente estão se afastando de sua identidade judaica e sendo assimilados pelo secularismo e casando-se com pessoas que não são judias, os israelíes não tem motivo para temer os judeus messiânicos’, disse Sibley. ‘Como eles mesmos deveriam saber, os judeus que crêem em Ieshua não só afirmam sua personalidade judaica, mas também persistem nela e mais, os que são cidadãos de Israel são patriotas, que servem ao exército e pagam seus impostos.’

ASSIM FOI PUBLICADO POR “JERUSALEM POST”

http://www.jpost.com/servlet/Satellite?cid=1208870469395&pagename=JPArticle%2FShowFull

A notícia pode ser lida também no site: http://shalom-israel-shalom.blogspot.com.br/2008/04/judeus-messinicos-ganham-direito-de.html.

Mário Moreno.