Galopando para o Monte Sinai
Miriam, a profetisa, a irmã de Aarão, pegou um tamboril na mão, e todas as mulheres saíram 
depois dela com tamboris e com danças. E Miriam chamou para eles: “Cante para Hashem, por muito exaltado é ele; o cavalo e seu cavaleiro ele lançou no mar.” (Shemot 15: 20-21)
Por que Miriam e o coro das mulheres no mar cantaram esse efeito em particular? Há tantos versos e frases mais apropriados que parecem ser mais apropriados para as mulheres cantarem. Por que exaltar os cavalos sendo jogados no mar? Não seria mais apropriado cantar: “Este é o meu D-us e eu vou louvá-lo“?! Por que focar no afogamento de cavalos? Por que as mulheres lideradas por Miriam a profetiza cantaram alegremente essas palavras particulares?
O povo judeu está animado para sair do Egito e ficar livre da tirania do Egito, mas há um objetivo maior, o prêmio final que os aguarda. Eles estão felizmente antecipando receber a Torah. Em vez de serem escravos de um faraó abusivo após suas regras cruéis e estar envolvido em trabalho inútil, o povo judeu está se preparando para se tornarem servos dispostos de um D-us supremamente gentil, e seguir suas instruções sábias e trabalhar carinhosamente de uma forma que traz um significado final para toda vida útil nesta dimensão.
A maior mitzvah de todas e o que é igual a todos as outras Mitzvot, a maior realização a esperar é limud ha Torah, aprender a Torah. Aqui está onde as coisas são complicadas e a verdadeira questão surge. As mulheres não são obrigadas na mitzva da aprendizagem da Torah. Eles são obrigadas a conhecer a Torah e todas as hallachot e ideias relevantes, mas aprender, não. Como um dos meus rebbeim me explicou, “se uma mulher seria capaz de tomar uma pílula daria seu conhecimento total em questões da Torah, ela não teria que estudar novamente, mas se um homem assumisse tal pílula, o mandamento contínuo para aprender ainda estaria incumbido a ele.” Então, por que as mulheres ficariam animadas para virem para o Monte Sinai e receber a Torah?! De certa forma, não é o negócio delas.
A Gemara em Brachot diz o seguinte; Rav disse ao rabino Chiya: “Por que virtude as mulheres merecem receber a recompensa (da aprendizagem da Torah)? Rabino Cḥiya respondeu: elas merecem essa recompensa por trazer seus filhos para ler a Torah na sinagoga, e por enviar seus maridos para estudar Mishne no salão de estudo, e por esperar por seus maridos até que eles retornem do estudo.” (Tratato Brachot 17a)
Como é que isso funciona? Elas desempenham um papel de apoio, ajudando seus maridos e filhos. Armados com esta informação, vamos ver o quão valioso é o papel de quem ajuda outro.
O Mishne em Makot explica que, embora duas testemunhas sejam suficientes para condenar, quando três testemunhas avançam como um grupo, então os conspiradores são poupados quando um deles é inválido. Todos os três são necessários para uma convicção e, se forem encontrados a estar conspirando com testemunhos, todos os três são punidos, mesmo que o 3º seja tecnicamente um extra. Ele poderia tentar se desculpar, já que duas testemunhas poderiam fazer o trabalho sem ele. Mesmo ainda ele está implicado e punido com os outros dois. “Rabbi Akiva diz: o terceiro não vem a ser leniente, em vez de ser rigoroso em relação a ele e para tornar seu status halakhico como estes (as duas primeiras testemunhas). E se o versículo punir alguém que associa-se a transgressores como transgressores, ainda mais o pagamento de uma recompensa a quem se associa com aqueles que realizam uma mitzvah como quem realiza a mitzvah.”
O rabino Akiva afirma um poderoso princípio. Se a testemunha extra que era apenas uma etiqueta, junto aos principais infratores é punida, quanto mais na direção positiva se alguém desempenha um apoio tão secundário no desempenho de uma mitzva que eles sejam creditados como aqueles que realmente executaram a mitzvah.
Agora podemos voltar a Miriam e seu coro de todas as mulheres. Por que elas estavam cantando sobre o cavalo e seu cavaleiro se afogando? O que o cavalo fez, exceto permitir o piloto para perseguir o povo judeu? Agora que sabemos que o cavalo foi punido por seu papel de apoio, Miriam e o coro de todas as mulheres apreciando que elas têm que olhar para frente para estar galopando para o Monte Sinai.
Tradução: Mário Moreno.