Ieshua e os cemitérios

Ieshua e os cemitérios

Ieshua e os cemitérios Iochanan nos relata uma história interessante no capítulo 11 de suas boas novas. É a história de um homem chamado El´azar, que morava na cidade de Beit ania. Ieshua está em viagem e é informado que seu amigo, a quem amava muito estava doente. Suas irmãs pedem à Ieshua que apresse-se em ir à Beit ania para orar por ele e curá-lo. Mas Ieshua demora-se ainda dois dias e quando chega à cidade de Beit ania El´azar já havia morrido e sido sepultado há quatro dias. Aqui começa uma nova etapa da história. Martah, irmã de El´azar sai ao encontro de Ieshua e lhe diz: “Disse, pois, Martah a Ieshua: Adoni, se tu estivesses aqui, meu irmão não teria morrido” Jo 11.21, pois ela cria que Ieshua era poderoso para curá-lo, caso tivesse chegado a tempo, antes de sua morte. Martah nos dá a entender que sua fé se limitava a este ponto: Ieshua poderia curar a El´azar, mas não ressuscitá-lo naquela hora: “Mas também agora sei que tudo quanto pedires a Elohim, Elohim to concederá. Disse-lhe Ieshua: Teu irmão há de ressuscitar” Jo 11.22,23. Após este diálogo Ieshua solicita à Martah que o leve ao cemitério (a Bíblia diz que Ieshua pediu que o levassem ao lugar onde havia sido sepultado). Ali no cemitério havia um clima de morte, tristeza, desapontamento, angústia: “Tendo,

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Prisões mentais

Prisões mentais

Prisões mentais Hoje podemos afirmar que há satan – o adversário – conseguiu algo muito grande quando fez o homem pecar – além de fazer dele um “peregrino” fora do Gan Éden e de tirar-lhe a imortalidade. O adversário conseguiu colocar uma “limitação” imensa na mente humana, pois enquanto Adam estava no Gan Eden sua capacidade cerebral e perceptiva era praticamente infinita, pois ele não somente deu nomes aos animais e plantas que conhecemos hoje como também tinha a percepção a olho nu da divindade – o mundo espiritual. O Midrash nos fala algo ac eca disso quando diz: “Na verdade, este é o propósito do mundo, como diz o Midrash, pois D’us o criou para ter Sua morada neste mundo inferior. Normalmente, uma pessoa fora de seu lar esconde sua verdadeira personalidade e se comporta conforme as exigências sociais, trajando-se de modo a ser aceita por estranhos. Seu verdadeiro caráter só é conhecido dentro do lar. Somente neste ambiente se “revela”. Da mesma forma que uma pessoa mora em sua casa, sem “fingimentos”, D’us quer Se revelar no mundo material. Isto já ocorreu no momento da Criação, quando Adam, o primeiro homem vivia no Gan Êden, Paraíso; mas, como não se comportou devidamente, afastou a Presença Divina do mundo. No Mundo Vindouro, D’us estará ainda mais revelado, segundo o Midrash: “Os anjos perguntarão: ‘Onde está Sua glória?’

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O filho pródigo

O filho pródigo

O filho pródigo “E disse: Um certo homem tinha dois filhos; e o mais moço deles disse ao pai: Pai, dá-me a parte dos bens que me pertence. E ele repartiu por eles a fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para uma terra longínqua, e ali desperdiçou os seus bens, vivendo dissolutamente. E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou a padecer necessidades. E foi, e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o qual o mandou para os seus campos, a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas que os porcos comiam, e ninguém lhe dava nada. E, tornando em si, disse: Quantos jornaleiros de meu pai têm abundância de pão, e eu aqui pereço de fome! Levantar-me-ei, e irei ter com meu pai, e dir-lhe-ei: Pai, pequei contra os céus e perante ti; já não sou digno de ser chamado teu filho; faze-me como um dos teus jornaleiros. E, levantando-se, foi para seu pai; e, quando ainda estava longe, viu-o seu pai, e se moveu de íntima compaixão e, correndo, lançou-se-lhe ao pescoço e o beijou. E o filho lhe disse: Pai, pequei contra os céus e perante ti, e já não sou digno de ser chamado teu filho. Mas o pai disse aos seus servos: Trazei depressa a melhor roupa;

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Modismo ou profecia?

Modismo ou profecia?

Modismo ou profecia Israel: modismo ou retorno profético? Porque justamente agora Israel está tão em evidência em todo o mundo? Seria este apenas um “modismo” passageiro, uma febre que atinge a Igreja de tempos em tempos e depois cai no esquecimento, ou seria este tempo um tempo especial e fortemente profético no qual o Senhor está querendo nos dizer algo? O bom começo Durante algum tempo na história a Igreja foi fiel às suas raízes e permaneceu ligada à Israel umbilicalmente. Até esta época ela obedecia aos princípios bíblicos e não permitia que houvesse nenhuma “mistura” com outras doutrinas estranhas; não eram feitas “concessões” para que alguém ou algum grupo pudesse ser favorecido. A pureza era marca distintiva entre eles. Por isso, sua postura falava mais alto, pois “…perseveravam na doutrina dos apóstolos, e na comunhão, e no partir do pão, e nas orações” (At 2.42). Tais atitudes faziam com que eles estivessem sempre “louvando a D-us, e caindo na graça de todo o povo. E todos os dias acrescentava o Senhor à igreja aqueles que se haviam de salvar” (At 2.47). Notemos algumas coisas que distinguiam aquela igreja que era proeminentemente bíblica e judaica: Havia entre eles perseverança em unidade Estavam juntos diariamente Comiam, bebiam e oravam juntos Havia uma postura de louvor entre todos O povo (os descrentes) amava esta igreja E D-US, todos os dias,

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Contando cabeças

Contando cabeças

Contando cabeças O que é “contar cabeças?” Esta é uma expressão que raramente – ou nunca – é ouvida entre nós, mas vamos examinar uma interessante conexão entre esta expressão e a redenção do homem. A contagem do povo de Israel foi feita durante algumas ocasiões no deserto e cada uma delas tinha uma finalidade. A contagem é feita tribo a tribo, segundo os líderes de cada tribo em particular. A contagem incluiria todos os homens que tivessem de vinte anos para cima e que estão aptos para a guerra. “Da idade de vinte anos para cima, todos os que em Israel podem sair à guerra, a estes contareis segundo os seus exércitos, tu e Aharon” (Nm 1:3). Os designados das tribos foram os seus príncipes – os responsáveis legais por cada tribo – para através deles serem identificados aqueles que fariam parte desta contagem: “Estes, pois, são os nomes dos homens que estarão convosco: De Rúben, Elizur, filho de Sedeur; de Simeão, Selumiel, filho de Zurisadai; de Iehuda, Naasson, filho de Aminadabe; de Issacar, Natanael, filho de Zuar; de Zebulom, Eliabe, filho de Helom; dos filhos de Iosef: De Efraim, Elisama, filho de Amiúde; de Manassés, Gamaliel, filho de Pedazur; de Benjamim, Abidã, filho de Gideoni; de Dã, Aieser, filho de Amisadai; de Aser, Pagiel, filho de Ocrã; de Gade, Eliasafe, filho de Deuel; de Naftali, Aira,

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Maldição ou bênção

Maldição ou bênção

Maldição ou bênção? Você sabia que quando um verso da Torah é lido ao contrário ele pode transformar uma maldição numa bênção? Veja o que diz a tradição judaica. …Teremos agora a ordem de Moshe quanto ao pronunciamento das bênçãos sobre os obedientes à Torah e das maldições aos desobedientes! Tal pronunciamento contaria com “testemunhas” de ambos os lados que também pronunciariam as palavras de bênção e maldição. “Falou mais Moisés, juntamente com os sacerdotes levitas, a todo o Israel, dizendo: Guarda silêncio e ouve, ó Israel! Hoje vieste a ser povo do IHVH teu Elohim. Portanto obedecerás à voz do Senhor teu D-us, e cumprirás os seus mandamentos e os seus estatutos que hoje te ordeno. E Moisés deu ordem naquele dia ao povo, dizendo: Quando houverdes passado o Jordão, estes estarão sobre o monte Gerizim, para abençoarem o povo: Simeão, e Levi, e Judá, e Issacar, e José, e Benjamim; e estes estarão sobre o monte Ebal para amaldiçoar: Rúben, Gade, e Aser, e Zebulom, Dã e Naftali” (Dt 27:9-13). Estes montes – Gerizim e Ebal (palavra que significa “montanha nua”; “rocha”) estão lado a lado e por isso foram escolhidos para que ali se pronunciassem estas palavras, pois todo o povo poderia ouvi-las, de forma que a mensagem seria bem entendida por todos! O foco deste texto está na palavra “maldito” ou “maldição”. Esta palavra

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Ezequiel 38

Ezequiel 38

Ezequiel 38 Ezequiel 38 e a batalha que se aproxima para Israel “Certamente o Senhor IHVH não fará cousa alguma, sem ter revelado o seu segredo aos seus servos, os profetas” (Am 3:7). Especialistas do fim dos tempos estão falando muito sobre a guerra de Gog e Magog de Ezequiel 38–39, uma profecia que prevê uma confederação poderosa, aparentemente liderada pela Rússia, que é destinada a invadir Israel. Alguns pensam que o seu cumprimento é mesmo batem à nossa porta. Mas uma menor e menos conhecida profecia está ganhando impulso e importância para o nosso dia: o salmo 83, em que uma Confederação diferente tenta destruir Israel. Este Salmo parece ser abordando questões atuais no Oriente Médio — nações que conspiram para destruir Israel. Visão de Asaph de uma futura guerra “Ó Elohim, não estejas em silêncio; não cerres os ouvidos nem fiques impassível, ó Elohim. Porque eis que teus inimigos se alvoroçam, e os que te aborrecem levantaram a cabeça” (Sl 83:1–2). Salmo 83 é mais do que uma oração ou um pedido a D-us por vingança contra os inimigos de Israel; ele revela que uma Confederação de 10 membros quer destruir o povo escolhido e possuir a terra prometida. Este Salmo, no entanto, não foi escrito durante um tempo de guerra. Foi escrito há 3.000 anos pelo líder de adoração do tipo David, Asaph, durante um

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Parasha Vayera

Parasha Vayera

Vayera Aparece-lhe Gn 18.1 – 22.24 / II Rs 4:1-37 / Lc 1:26-38;24:36-53 A Torah, no início da porção desta semana, descreve com riqueza de detalhes como Avraham, quando visitado por três hóspedes, demonstrou enorme solicitude em servi-los e cuidar deles. Avraham “apressou-se a ir à tenda de Sarah,” para que ela pudesse preparar pão fresco, ele “correu até o rebanho” para preparar as melhores iguarias, e então “ficou de pé, perto deles, debaixo da árvore”, enquanto comiam na sombra, assegurando-se de que cada necessidade lhes fosse fornecida (Bereshit 18:6-8). Rabeinu Bachya destaca que, embora Avraham fosse um homem idoso e estivesse fraco por causa da circuncisão que fizera apenas três dias antes, e apesar de ter muitos servos que poderiam ter atendido os hóspedes, em sinal de respeito Avraham fez tudo sozinho, com grande zelo e entusiasmo. Ao final da porção da Torah há uma outra situação, na qual Avraham demonstra seu caráter zeloso. Na manhã em que Avraham levantou-se para realizar a akeidá, o sacrifício, a Torah relata que “ele se levantou cedo” para cumprir a mitsvá. Nesta difícil situação, quando Avraham recebeu ordem de levar o filho amado, pelo qual esperara ansiosamente por tantos anos, como uma oferenda, poder-se-ia pensar que a última coisa que a pessoa faria fosse acordar cedo para embarcar nesta missão! Mesmo assim, vemos que Avraham o fez. Como é possível?

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Líderes rebeldes

Líderes rebeldes

Líderes rebeldes O que leva uma pessoa a rebelar-se contra seus líderes desejando, inclusive, tomar o lugar dos mesmos? Esta é uma pergunta que ressoa em todos os lugares do mundo, pois a rebelião é uma postura que não está restrita a um povo em particular ou a uma determinada época em particular. Na Torah, temos um exemplo muito interessante que nos mostra o padrão como isso acontece; isso será plenamente discutido através de citações da Parasha Qorach – Coré. Mas antes de falarmos da Parasha, vamos mostrar como o Midrash trata esta mesma questão e mostra os “bastidores” do coração de Qorach! “Qorach pensou: “Meu destino indica que nasci para a grandeza. Por quê razão meu avô deu o nome de Itshar – óleo – a meu pai? Meu avô deve ter previsto que exatamente como o óleo sempre flutua na superfície, assim meu pai produz filhos superiores, merecedores de serem untados com o sagrado óleo da unção para as posições de kehuná (sacerdócio) ou realeza. “Agora, quem é mais predestinado que eu, o filho mais velho de Itshar, e o mais qualificado para altos cargos?” Realmente, Qorach combinava qualidades superiores que poucas pessoas possuiam: Primeiro, seus ancestrais eram ilustres. Seu antepassado era Kehat, e sua família, os filhos de Kehat, era a mais importante família dos levitas. Qorach era primo em primeiro grau de Moshê e

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