Shavuot

Shavuot

Shavuot Em meados do mês de Nissan, o povo de Israel saiu do Egito, da escravidão para a liberdade, e nem passados dois meses, os escravos hebreus chegaram ao Monte Sinai. Qual o motivo de tanta pressa? A Torah descreve a escravidão no Egito como algo brutal, cruel, que entorpecia a mente dos escravos. Ainda no deserto, libertos fisicamente, os hebreus continuaram a protestar e se lamentar, sem sair do seu torpor, e assim, sem compreender a grande transformação de suas vidas. Qual era o remédio necessário para que o povo pudesse entender o grande momento que viviam? Somente a Torah, com seus valores humanistas, com as Mitzvót práticas, éticas e morais nela apresentados, poderia elevar seus corações e atingir suas mentes doentias. Não foi uma tarefa simples e fácil manter esse ideal em um povo escravizado durante séculos. Mesmo no deserto ainda pleiteavam contra Moisés, com saudades dos tempos no Egito. Foram necessários quarenta anos, durante os quais os conflitos e o desejo de retornar ao Egito fossem eliminados, para que então estivessem aptos a valorizar sua liberdade. A liberdade da escravidão física e a liberdade espiritual deviam caminhar juntas, sem demora. E assim no Monte Sinai, a Revelação e os Dez Mandamentos, princípios fundamentais da fé judaica, valores estes que foram transmitidos a toda a humanidade civilizada, foram os elementos que uniram o povo e lhe

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Shavuot Os Dez Mandamentos

Shavuot Os Dez Mandamentos

Shavuot Os Dez Mandamentos Shavuot, o sexto dia do mês de Sivan, é o dia mais importante do calendário judaico. Nessa data OCORREU a revelação inédita de D-us perante o povo de Israel e a outorga dos Dez Mandamentos, no Monte Sinai. Se esse dia histórico não houvesse ocorrido, não teríamos a Torah e seus mandamentos, as festas e preceitos religiosos. Seríamos um povo sem lei e sem propósito, sem princípios e sem a Terra de Israel. Enfim, seríamos pessoas sem rumo na vida. Os Dez Mandamentos foram entregues em duas tábuas de safira, conhecidas como as Tábuas da Lei. Porém, na realidade, a Torah contém 613 mandamentos, não apenas dez. Por que, então, diz-se que o Povo Judeu recebeu apenas os Dez Mandamentos no Monte Sinai? De acordo com Rav Saadia Gaon, os Dez Mandamentos sintetizam todos os 613 mandamentos do judaísmo. O grande sábio demonstrou em sua obra que todas as instruções contidas na Torah são ramificações dos Dez Mandamentos entregues no Monte Sinai. É, portanto, errôneo acreditar que a religião judaica se limita aos Asseret Hadibrot. O Baal HaTurim, sábio que fez uso da Guematria para revelar segredos da Torah, aponta que o texto dos Dez Mandamentos contém 620 letras hebraicas. Esse é o número de todos os mandamentos da Torah, pois além das 613 mitzvot há também 7 leis rabínicas que, como ensina o

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O mês de Sivan

O mês de Sivan

O mês de Sivan Segundo o Sêfer Yetzirah, cada mês do ano judaico tem uma letra do alfabeto hebraico, um signo do Zodíaco, uma das doze tribos de Israel, um sentido e um membro controlador do corpo que corresponde a ele. Sivan é o terceiro dos doze meses do calendário judaico, o mês da Outorga da Torá ao povo judeu. Letra: zayin Sivan é o terceiro mês do ano que está conectado ao terceiro dos atributos Divinos que é a misericórdia. O número três está associado aos eventos ocorridos neste mês: a outorga de uma tripla Torah [Torah, Neviim e Ketuvim] a um povo triplo [Cohanim, Leviim e Israelim] no terceiro mês [Sivan] por três [Moshê, Aharon e Miriam]” – o número que mais destacadamente aparece em toda a Torá é o número sete, o valor da letra zayin. A Torah foi outorgada no Shabat, o sétimo dia da semana. Segundo Rabi Yosi, a Torah foi entregue no sétimo dia de Sivan. Zivebulun, a tribo de Sivan, começa com a letra zayn. Nossos Sábios identificam o zayin com a palavra zeh (“isso”), significando o excepcional nível de profecia de Moshê (“a vidraça transparente”), o doador da Torah (ele próprio nasceu e faleceu a sete de Adar [o 12º mês do ano; 12 = zeh]). As porções da Torah em Sivan são do início do Livro de Bamidbar. Na

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Parasha Bekhukotai

Parasha Bekhukotai

Bekhukotai Em minhas leis Lv 26.1-27.34 / Jr 16.19-17.14 / Mt 22:1-14         Na Parasha desta semana estaremos estudando os últimos aspectos e orientações que o Eterno dá aos filhos de Israel em Levítico. Moshe finaliza mostrando as duras conseqüências do conhecimento adquirido sobre o Eterno porém não obedecido pelo homem! O primeiro versículo nos diz o seguinte: “Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o IHVH vosso Elohim” (Lv 26:1). Aqui as determinações do Eterno são muito claras quanto a não ter outros deuses diante dele, pois o mandamento é para não fazer ídolos de maneira alguma! A palavra “ídolos” em hebraico é ‘ellim e significa “coisas de nada”; deuses de barro ou de terra-cota. Já o termo “imagem de escultura” em hebraico é pesel e significa “ídolo esculpido na pedra”. O termo “coluna” em hebraico é maççebhah e significa “alguma coisa em pé”; no caso de uma pedra memorial ou uma coluna, usada com propósitos idolátricos. O último termo refere-se a “pedra com figuras”, que em hebraico é maskith, significando “uma pedra esculpida ou pintada com uma figura ou imagem”. Percebemos aqui que este verso nos fala sobre qualquer tipo de idolatria que possa ser praticada pelo homem! Tudo aquilo que por ventura possa ter o

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O Eterno quer uma casa?

O Eterno quer uma casa?

O Eterno quer uma Casa? Templos… qual é a sua importância para os servos do Eterno? A reposta é: muito grande, pois somente ali pode-se reunir as pessoas para que juntos possam servi-lo. Mas nem todos concordam com isso; para alguns o “templo” é desnecessário, inclusive argumentando que o Eterno nunca pediu ao seu povo que se construísse um! Mas onde está a verdade nisso? Será que isso encontra respaldo nas Escrituras? Precisamos buscar, em primeiro lugar as informações que Moshe e os demais judeus deixaram registradas no que diz respeito a isso. “Este edificará uma casa ao meu nome, e confirmarei o trono do seu reino para sempre” II Sm 7.13. “Bem sabes tu que Davi, meu pai, não pôde edificar uma casa ao nome do IHVH seu Elohim, por causa da guerra com que o cercaram, até que o IHVH os pôs debaixo das plantas dos pés” I Rs 5.3. “E eis que eu intento edificar uma casa ao nome do IHVH meu Elohim, como falou o IHVH a Davi, meu pai, dizendo: Teu filho, que porei em teu lugar no teu trono, ele edificará uma casa ao meu nome” I Rs 5.5. “Assim confirmou o IHVH a sua palavra que tinha dito: porque me levantei em lugar de Davi, meu pai, e me assentei no trono de Israel, como tem dito o IHVH; e edifiquei

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A História de Ruth

A História de Ruth

A História de Ruth Foi assim que tudo isto aconteceu: Nos dias em que os juízes governavam Israel, o povo havia relaxado sua observância da Torá; por essa razão provocou sobre si a punição de D’us. Na terra, reinava a fome. Um rico mercador, habitante de Yehudá, de nome Elimelech, não acostumado à fome e à pobreza, pensou em escapar da miséria mudando-se para outro lugar. Assim foi viver em Moav com sua esposa Naomi e seus dois filhos. Ruth, uma princesa moabita, imbuída de elevados ideais, não estava satisfeita com a idolatria de seu próprio povo e quando chegou a oportunidade, abriu mão do privilégio da realeza em sua terra, aceitando uma vida de pobreza entre um povo que ela admirava. Ruth fez amizade com essa família judia e começou a comparar o diferente modo de vida com o seu próprio. Aprendeu a admirar as leis e costumes judaicos, e a insatisfação que já sentia com a idolatria de seu povo, tornou-se uma objeção positiva. Quando um dos filhos de Naomi a pediu em casamento, ela sentiu-se feliz e orgulhosa em aceitar. Não ficou com remorso frente ao que estava renunciando: a vida de luxúria no palácio, o título real, as perspectivas de riqueza e honra no futuro, pois percebia o valor do povo ao qual agora se unia. Com a morte de Elimelech e seus dois

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Parasha Behar

Parasha Behar

Behar No monte Lv 25:1–26:2 / Jr 32:6-27 / Lc 4:16-21         Na Parashá desta semana estaremos estudando sobre as palavras que foram dadas a Moshe pelo Eterno no Monte Sinai sobre o ano do jubileu e suas implicações proféticas. No princípio do capítulo está dito assim: “Falou mais o IHVH a Moshe no monte Sinai, dizendo: fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra descansará um sábado ao IHVH” (Lv 25:1-2). Aqui a palavra que define o Eterno em hebraico é o tetragrama (IHVH) e isso significa que o Eterno se apresenta como aquele que se torna aquilo que seus filhos precisem que Ele se torne. Algo interessante é que o Eterno não falou com Moshe em qualquer lugar, mas no monte. Aqui a palavra “monte” em hebraico é har e significa “colina, outeiro, região montanhosa, monte, montanha”. Na Síria e Palestina as montanhas eram adoradas e serviam de cultos pagãos. Veja que o Eterno se apresenta como IHVH e também numa montanha, mostrando aos seus filhos que ele é sempre a solução para qualquer que seja o problema apresentado mas é preciso que também os seus filhos entendam que Ele é o D-us das alturas e é justamente ali que Ele lhes dará a vitória! Enquanto os outros achavam que a montanha era um D-us,

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