Ieshua de Nazaré

Ieshua de Nazaré

Ieshua de Nazaré Ieshua – um nazareno? Quando Ieshua ainda era bebê, Miriam e Iosef decidiram se mudar para Nazaré, uma pequena cidade agrícola da Galileia. Por quê? Essa aldeia não tinha uma história bíblica ilustre, nem era um centro de estudo rabínico. As Boas novas de Mateus afirmam que eles foram “viver numa cidade chamada Nazaré. Assim cumpriu-se o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno” (Mt 2:23). Mas fica a pergunta: O que dizer da cidade de Nazaré e o que é um nazareno?  Nazaré A Enciclopédia nos diz sobre “Nazaré”: De acordo com o Novo Testamento, Nazaré era a terra natal de Iosef e Miriam, e o local da Anunciação, quando Miriam foi informada pelo anjo Gabriel que teria Ieshua como seu filho. Nazaré é também o local onde Ieshua passou parte de sua vida, desde quando voltou do Egito em algum ponto de sua infância até os seus 30 anos. Em João 1:46, Natanael pergunta: “Pode algo de bom sair de Nazaré?” O sentido desta questão tem sido debatido. Alguns analistas sugerem que isto significaria apenas que Nazaré era muito pequena e pouco importante. Mas outros dizem que a questão não se refere ao tamanho de Nazaré e sim à sua “bondade”. Na verdade, Nazaré era vista com hostilidade pelos escritores das boas novas, pois os habitantes da cidade não acreditavam em

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Seu nome é milagre!

Seu nome é milagre!

Seu nome é milagre! Um dos nomes do Ungido A tradição judaica atribui diversos nomes pelos quais o Ungido seria chamado, e entre tantos vamos destacar um neste artigo. Vejamos o que diz a tradição: A riqueza de nomes associados ao Messias indica a extensão das ideias que o cercam. Esses nomes incluem; Messias ben Iosef, Messias ben David, Messias ben Ephraim, o Messias Leproso, Cabeça dos Dias, Filho do Homem, Tzemah (Atirar), Menachem (Consolador), Nehora (Luz), Shalom (Paz), Tzaddik (Justo), Adonai (Senhor), Yinnon (Continuação), Tzidqenu (Nossa Justiça), Pele (Milagre), Yo’etz (Conselheiro), El (D-us), Gibbor (Herói), Avi ‘Ad Shalom (Pai Eterno da Paz), Fragrância, David, Siló, Elias. אנכי האל עושה פלא Anochi ha’el osse fele O nome פֶלֶא (pele – milagre) é um dos oito nomes do Messias, conforme Isaías 9:5. Esses nomes, também chamados de “as oito línguas da beleza”, são: פֶלֶא יוֹעֵץ אֵל גִּבּוֹר אֲבִיעַד שַר־שָׁלוֹם (pele, yoets, el-gibor, avi-ad, sar-shalom). A natureza de Pele é revelada ao invertermos as letras para construir a palavra אַלףֶ (Alef). O próprio D-us é chamado de Alef (que significa tanto 1 quanto 1.000, visto que D-us é infinito), enquanto o Messias é chamado de Pele, pois está escrito: “Eu e o Pai somos um” ( אַלףֶ=פֶלֶא = Alef=Pele). Daqui temos que que Pele é igual a “alef” demonstrando que o Eterno é a origem dos milagres e que nada

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O que os vizinhos vão pensar?

O que os vizinhos vão pensar?

O que os vizinhos vão pensar? Introdução Este artigo é na realidade uma fusão de três artigos que estão baseados nos escritos de Maimonides no Capítulo 4 Lei 2 a, b e c. Foi feita uma tradução literal das palavras de Maimonides com o intuito de demonstrar a proximidade de seus escritos com as palavras inclusive da Brit Hadasha. Leia com atenção e perceba isso. Entre eles (os vinte e quatro fatores que interferem no arrependimento listados neste capítulo) estão cinco coisas que travam o caminho da teshuva (arrependimento) diante daqueles que o praticam. Eles são: (a) Aquele que se separa da comunidade, pois quando eles se arrependem, ele não estará com eles e ele não se beneficiará com eles pelos méritos que fazem. (b) Quem discute as palavras dos sábios, pois sua disputa fará com que ele se separe deles e ele não conhecerá os caminhos do arrependimento. (c) Alguém que zomba das mitzvot (mandamentos), porque, como eles são degradados aos seus olhos, ele não corre atrás deles nem os faz. E se ele não fizer, como ganhará mérito? (d) Alguém que desonra seus professores de Torah, por esse motivo, os rejeita (lit., ‘afasta-se’) e o bane, como Geazi. E uma vez banido, ele não encontrará alguém que o ensine e o instrua no verdadeiro caminho. Já vimos em outros momentos de estudo que o Rambam enumera

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Destino e consagração

Destino e consagração

Pinchas: destino e consagração Parasha Pinchas (Finéias) Nm 25:10–29:40 (30:1); Jr 1:1–2:3; Jo 2:13–25 Na porção passada, Balaque, o rei de Moabe, foi mal sucedido em sua tentativa de destruir Israel através as maldições do Profeta pagão Balaão. Balaão, no entanto, foi incapaz de amaldiçoar Israel, porque a bênção de D-us repousava sobre a nação. Os moabitas, portanto, usaram outra tática para trazer destruição aos israelitas: eles os enredaram nos pecados de idolatria e imoralidade sexual, resultando em uma praga que matou 24.000 israelitas. Essa praga só parou quando Pinchas (Finéias) tomou a lei em suas próprias mãos e executou Zimri e Kozbi, influentes líderes de famílias privilegiadas pegos em um ato público de imoralidade. Zimri foi um príncipe da tribo de Simeão, e Kozbi era uma princesa midianita (Nm 25:6–18). Sua imoralidade aberta e rebeldia ao D-us de Israel, se não fosse controlada, poderia ter trazido a destruição sobre toda a nação. Zelo por D-us recompensado Esta Porção da Torah começa com D-us concedendo a Pinchas, o neto de Aharon o grau de Cohen (sacerdote), um pacto de eterno sacerdócio por causa de seu zelo. “Finéias, filho de Eleazar, o filho de Aarão sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois zelou o meu zelo no meio deles; de modo que no meu zelo não consumi os filhos de Israel” (Nm 25:11). A

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Abrindo os olhos

Abrindo os olhos

Abrindo os olhos Uma frase muito conhecida nas Escrituras: “Eu estava cego, mas agora eu vejo”. Estas foram as palavras ditas por um ex-cego acerca do milagre que recebera de Ieshua. Temos também uma das histórias do Antigo Testamento, em que um servo do profeta Eliseu fica apavorado com o exército sírio que cerca a cidade em que eles estão. Eliseu é chamado para fora da casa a fim de conferir o que está acontecendo e o tranquiliza lhe dizendo que o Eterno libertará o povo de Israel. E então Eliseu orou: “Eterno, abre os olhos dele para que veja”. O Eterno atende à oração e o servo de repente vê “as colinas cheias de cavalos e carros de fogo ao redor de Eliseu” (II Rs 6:17). O servo de Eliseu não era fisicamente cego. Ele simplesmente precisava de uma dose de fé para que pudesse ver a verdade da libertação do Eterno. A palavra hebraica original que Eliseu usa para “abrir” é pekaḥ פְּקַח. Esse é um termo especial para abrir os olhos a fim de eliminar a falsidade e deixar entrar a verdade. Esse tipo de visão tem duas conotações: a visão física e é também sobre a percepção espiritual que transcende aquilo que é físico e intelectual. Vejamos a etimologia da palavra: O verbo פקח (paqah) significa “abrir”, mas especificamente no sentido de abrir os

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…E desceu o Poderoso de Ia´aqov

…E desceu o Poderoso de Ia´aqov

…E desceu o Poderoso de Ia´aqov Quem é esta figura tão aguardada pelos judeus em todos os tempos? Ele foi proclamado pelos patriarcas, profetas e aguardado em todas as gerações. Mas fica a pergunta: quem é Ele? Os sábios dizem… “Pelas mãos do poderoso de Ia´aqov” (Gênesis 49:24): Quem fez com que seu nome fosse gravado nas pedras do éfode? Era apenas o poder de Ia´aqov. “De lá, do pastor, a pedra de Israel” (Gênesis 49:24) significa: A partir daí, devido à capacidade de Iosef de suportar essa provação, ele mereceu se tornar um pastor [ro’eh] do povo judeu, como está afirmado: “Escute, o pastor de Israel, que lidera como o rebanho de Iosef” (Salmos 80:2). Sotah 36b. De acordo com a tradição Ashkenazi, normalmente adicionamos essas palavras em Shavuot: (Vayered avir Ya’akov nora alilá), que se relacionam com Gênesis 49.24: (Vayafozu z’ro’ei yadav midei avir Ya’akov misham ro’e even Israel – “O seu arco, porém, susteve-se no forte e os braços de suas mãos foram fortalecidos pelas mãos do Valente de Ia´aqov (donde é o pastor e a pedra de Israel)”. Quando lemos estas palavras, estamos de fato clamando ao Poderoso de Ia´aqov, para que Ele desça com uma nova (ou renovada) Torah. O Midrash Agadá atribui o título רוֹעֵה אֶבֶן יִשְָראֵל (Ro’e Even Israel – Pastor e Rocha de Israel) a Iosef, que representa o Messias

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O amor não tem idade

O amor não tem idade

O amor não tem idade Qual era a idade que os homens nas Escrituras casavam-se? Seria aos 18 anos ou um pouco mais? Qual era a idade para que um homem pudesse então formar sua família? Temos o exemplo de Ia´aqov que se casa com Rachel – na verdade casa-se com Léa primeiro – já com uma idade bem avançada para nossos padrões atuais. O cálculo feito a partir da idade final Quando chegou ao Egito, Ia´aqov tinha 130 anos de idade e Iosef tinha 30 anos “quando começou a servir ao faraó” (Gênesis 41:46). Após 7 anos de fartura, ainda restavam 5 anos de fome (dos 7) quando Iosef chamou Ia´aqov ao Egito. Então Iosef tinha 30+7+(7-5) = 39 anos quando Ia´aqov chegou ao Egito, com a idade de 130 anos. Portanto, Ia´aqov tinha 91 anos (130-39) quando ele foi pai de Iosef; de fato “lhe havia nascido em sua velhice” (Gênesis 37:3). Isso pode parecer algo muito estranho para nós, mas era uma realidade comum naqueles dias. Quando consideramos isso percebemos que hoje há um grande abismo em nosso conhecimento acerca dos fatos narrados nas Escrituras, pois muitos julgam que os patriarcas ou até outros homens citados nas Escrituras eram muito jovens quando se casaram e formaram sua família. Não foi bem assim que aconteceu e o caso de Ia´aqov é bem típico podendo ser usado como um padrão para os demais.

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Balaque

Balaque

Balaque Balaque (destruidor) Nm 22:2–25:9; Mq 5:6–6:8; Rm 11:25–32 “Então disse Elohim a Balaão: Não irás com eles, nem amaldiçoarás a este povo, porquanto bendito é” (Nm 22:12). Na Parsaha Chukat, D-us ensinou a Moshe as leis da novilha vermelha, cujas cinzas deveriam ser utilizados para a purificação dos israelitas. Nesta Parasha, D-us usa um jumento para repreender Balaão, que Balaque, o rei de Moabe contratou para amaldiçoar a Israel. Os planos de Balak contrariados pelos planos de D-us “Viu pois Balaque, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus. E Moabe temeu muito diante deste povo, porque era muito: e Moabe andava angustiado por causa dos filhos de Israel. Pelo que Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora lamberá esta congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Naquele tempo Balaque, filho de Zipor, era rei dos moabitas. Este enviou mensageiros a Balaão, filho de Beor, a Petor, que está junto ao rio, na terra dos filhos do seu povo, a chamá-lo, dizendo: Eis que um povo saiu do Egito: eis que cobre a face da terra, e parado está defronte de mim” (Nm 22:2–5). Nesta porção da Torah desta semana, a um feiticeiro estrangeiro chamado Balaão são oferecidas riquezas incríveis para amaldiçoar a Israel. Em vez de amaldiçoar, no entanto, sob a compulsão do espírito de

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Moshe e Ieshua

Moshe e Ieshua

Moshe e Ieshua Será que existe alguma semelhança ou paralelo entre Ieshua e Moshe? Você já reparou que o Contexto da Brit Hadasha é inteiramente judaico e que seus autores usaram de artifícios técnicos durante a escrita que permitiam aos seus leitores judeus identificarem as pistas que ligavam pessoas, situações e contextos? Se você ainda não percebeu isso vamos então falar um pouco sobre estas duas figuras proeminentes dentro das Escrituras. A Mensagem de Mateus Através de todos os paralelos entre as narrativas de nascimento e infância de Ieshua e de Moshe, Mateus prepara seus leitores para ver Ieshua como um novo Moshe. Uma mensagem clara é transmitida ao seu público: o novo Libertador nasce; o novo Êxodo está chegando; a nova Torah (Lei) está aqui. É possível dividir o Evangelho de Mateus em cinco discursos principais e esses discursos são frequentemente comparados aos cinco livros da Torah. Este é um dos recursos literários que o autor usa para fazer este “link” entre os dois. Moshe nasce numa época difícil em que Israel está sob domínio estrangeiro; Ieshua nasce também num contexto parecido, pois nesta época Israel está sob o jugo romano. Um outro detalhe importante ligado ao nascimento de ambos é a iminente ameaça de morte que ambos sofrem por haver uma certeza de que eles seriam os libertadores – salvadores – de Israel. A tarefa de Moshe

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Os palestinos têm raízes judaicas?

Os palestinos têm raízes judaicas?

Os palestinos têm raízes judaicas? Os palestinos têm raízes judaicas? A pergunta pode soar fantasiosa. Mas não somente muitos judeus e palestinos compartilham do DNA notavelmente similar, há igualmente os costumes numerosos e mesmo os nomes que se sobrepõem. Entre aqueles que têm pesquisado o tema está Tsvi Misinai, um empresário israelense que escreve e fala extensivamente sobre a conexão entre os palestinos e os judeus. Ele afirma que quase 90 por cento de todos os palestinos são descendentes de judeus que permaneceram em Israel após a destruição do segundo templo 2.000 anos atrás, mas foram forçados a se converter ao Islã. De acordo com Misinai, os antepassados Hebreus dos palestinos eram moradores de montanha rurais que foram autorizados a permanecer na terra, a fim de fornecer Roma com grãos e azeite. Enquanto Misinai é um defensor desta teoria, ele não é o único estudioso ou mesmo figura política para reivindicar uma conexão judaica para os palestinos. O primeiro presidente de Israel, Yitzhak Ben-Zvi, bem como o antigo primeiro-ministro David Ben-Gurion, escreveu vários livros e artigos sobre o assunto. Ben-Tzvi sugeriu que os judeus que permaneceram na terra de Israel “amavam tanto a terra que estavam dispostos a desistir de sua religião.” A referência é a um édito no ano de 1012 pelo califa El-Hakim que ordenou que os não-muçulmanos para converter ou sair. O decreto foi revogado

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