Naso Fazei uma contagem Nm 4:21–7:89 / Jz 13:2-25 / Jo 12:20-36 Na Parashá desta semana estaremos abordando a continuidade do tema anterior: o serviço dos levitas e também a forma de tratar com problemas que eventualmente surgiriam no meio do povo. A continuidade das instruções sobre o serviço levítico segue assim: “Falou mais o IHVH a Moshe, dizendo: fazei também a soma dos filhos de Gérson, segundo a casa de seus pais, segundo as suas famílias: da idade de trinta anos para cima até aos cinquenta, contarás a todo aquele que entrar a se ocupar no seu serviço, para executar o ministério na tenda da congregação” (Nm 4:21-23). O primeiro detalhe a notarmos aqui é que o Eterno se “apresenta” como IHVH – Aquele que se torna aquilo que seu povo necessita que Ele se torne! A idade mínima para ser considerado apto para este “serviço” seria de trinta anos! Aqui temos um padrão que está muito claro e bem estabelecido na Torah (os cinco primeiros livros de Moshe) e também na Brit Hadasha quanto à idade ideal para o ingresso no ministério: trinta anos! Um outro detalhe aqui está explícito nas palavras “para executar o ministério”. A palavra “executar” em hebraico é abad e significa “trabalhar, servir com o sentido de adorar a D´us”! Já o termo “ministério” vem do termo abodah que significa “trabalho
Bemidbar No deserto Nm 1.1–4.20 / Os 2:1-22 / Rm 9:22-33 Na Parashá desta semana estaremos dando início ao livro de Números e a novas lições que serão aprendidas com o povo de Israel no deserto. É justamente isso que significa o título da Parasha: “No Deserto”. No início desta Parasha temos o Eterno se apresentando à Israel novamente como IHVH! Está escrito assim: “Falou mais o IHVH a Moshe no deserto de Sinai, na tenda da congregação, no primeiro dia do segundo mês, no segundo ano da sua saída da terra do Egito, dizendo” (Nm 1:1). O interessante é que o Eterno se apresenta a Moshe como “Aquele que se torna aquilo que eles precisam que Ele se torne”. Novamente fica explícito aqui que o povo de Israel servia – e ainda serve – ao D-us vivo, pois está escrito que Ele “falou a Moshe”. Neste período de caminhada pelo deserto do Sinai esta é uma característica fundamental no Eterno, pois Ele como sendo o Criador de todas as coisas poderá guiar o seu povo através de caminhos que Ele mesmo traçou e conhece! Não haverá erro enquanto o povo obedecê-lo. Por que D’us revelou a Torah no deserto O livro de Bamidbar e por conseguinte esta parashá iniciam-se com as palavras: “Bemidbar Sinai – no deserto de Sinai”. Isto vem nos indicar que D’us escolheu
Bekhukotai Em minhas leis Lv 26.1-27.34 / Jr 16.19-17.14 / Mt 22:1-14 Na Parasha desta semana estaremos estudando os últimos aspectos e orientações que o Eterno dá aos filhos de Israel em Levítico. Moshe finaliza mostrando as duras conseqüências do conhecimento adquirido sobre o Eterno porém não obedecido pelo homem! O primeiro versículo nos diz o seguinte: “Não fareis para vós ídolos, nem vos levantareis imagem de escultura, nem estátua, nem poreis pedra figurada na vossa terra, para inclinar-vos a ela; porque eu sou o IHVH vosso Elohim” (Lv 26:1). Aqui as determinações do Eterno são muito claras quanto a não ter outros deuses diante dele, pois o mandamento é para não fazer ídolos de maneira alguma! A palavra “ídolos” em hebraico é ‘ellim e significa “coisas de nada”; deuses de barro ou de terra-cota. Já o termo “imagem de escultura” em hebraico é pesel e significa “ídolo esculpido na pedra”. O termo “coluna” em hebraico é maççebhah e significa “alguma coisa em pé”; no caso de uma pedra memorial ou uma coluna, usada com propósitos idolátricos. O último termo refere-se a “pedra com figuras”, que em hebraico é maskith, significando “uma pedra esculpida ou pintada com uma figura ou imagem”. Percebemos aqui que este verso nos fala sobre qualquer tipo de idolatria que possa ser praticada pelo homem! Tudo aquilo que por ventura possa ter o
Behar No monte Lv 25:1–26:2 / Jr 32:6-27 / Lc 4:16-21 Na Parashá desta semana estaremos estudando sobre as palavras que foram dadas a Moshe pelo Eterno no Monte Sinai sobre o ano do jubileu e suas implicações proféticas. No princípio do capítulo está dito assim: “Falou mais o IHVH a Moshe no monte Sinai, dizendo: fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando tiverdes entrado na terra, que eu vos dou, então a terra descansará um sábado ao IHVH” (Lv 25:1-2). Aqui a palavra que define o Eterno em hebraico é o tetragrama (IHVH) e isso significa que o Eterno se apresenta como aquele que se torna aquilo que seus filhos precisem que Ele se torne. Algo interessante é que o Eterno não falou com Moshe em qualquer lugar, mas no monte. Aqui a palavra “monte” em hebraico é har e significa “colina, outeiro, região montanhosa, monte, montanha”. Na Síria e Palestina as montanhas eram adoradas e serviam de cultos pagãos. Veja que o Eterno se apresenta como IHVH e também numa montanha, mostrando aos seus filhos que ele é sempre a solução para qualquer que seja o problema apresentado mas é preciso que também os seus filhos entendam que Ele é o D-us das alturas e é justamente ali que Ele lhes dará a vitória! Enquanto os outros achavam que a montanha era um D-us,
Emor Dize Lv 21:1–24:23 / Ez 44:15-31 / Lc 14:12-24 Na Parasha desta semana estaremos abordando vários aspectos da Torah sobre os sacerdotes; sobre as coisas santas e também falaremos sobre as festas do Senhor. No início de nosso texto temos o seguinte: “Depois disse o IHVH a Moshe: Fala aos sacerdotes, filhos de Aharon, e dize-lhes: O sacerdote não se contaminará por causa de um morto entre o seu povo, salvo por seu parente mais chegado: por sua mãe, e por seu pai, e por seu filho, e por sua filha, e por seu irmão. E por sua irmã virgem, chegada a ele, que ainda não teve marido; por ela também se contaminará” (Lv 21:1-3). O diálogo entre o Eterno e Moshe tem início com a apresentação do Senhor através do tetragrama (IHVH)! Ou seja, novamente o Eterno se tornará aquilo que seu povo precisa que Ele se torne para eles! O Eterno diz que Aharon e seus filhos não deveriam contaminar-se por causa de um morto entre seu povo. A palavra “contaminar-se” em hebraico é tame´ e significa “ser (ficar) impuro, imundo”. Em sua raiz está também o termo tumâ que significa “impureza”. Ora, o que seria esta impureza? A impureza é justamente o contato com a morte, pois ao sacerdote havia sido delegado o ministério de ter contato com o Eterno – que é a
Kedoshim Santos Lv 19:1–20:27 / Am 9:7-15 / Mt 5:43-48 Na Parasha desta semana estaremos abordando alguns fatos que demonstram-nos que a qualidade de vida tem a ver com a santidade do homem! E neste contexto veremos vários mandamentos que, quando obedecidos, conduzem o homem a um padrão de santidade cada vez maior! Nosso texto tem início com as seguintes afirmações: “Falou mais o IHVH a Moshe, dizendo: Fala a toda a congregação dos filhos de Israel, e dize-lhes: Santos sereis, porque eu, o IHVH vosso Elohim, sou santo. Cada um temerá a sua mãe e a seu pai, e guardará os meus sábados. Eu sou o IHVH vosso Elohim. Não vos virareis para os ídolos nem vos fareis deuses de fundição. Eu sou o IHVH vosso Elohim” (Lv 19:1-4). A primeira coisa que notamos aqui é que o Eterno se apresenta para Moshe – e consequentemente também para o seu povo – como IHVH, ou seja, Ele é Aquele que se torna aquilo que seu povo precise que Ele se torne, Ele é a solução para qualquer problema que se apresente! Esta palavra deveria ser dita à toda a congregação dos filhos de Israel. A palavra “congregação” em hebraico é ´edâ e significa “assembléia, congregação, povo, multidão”. Esta palavra foi traduzida na Brit Hadasha como sinagoga! E há ainda algo mais, pois na raiz desta palavra
Ahare Mot Depois da morte Lv 16:1–18:30 /Ez 22:1-19 / I Cor 6:9-20 Na Parashá desta semana estaremos abordando o tema da morte. Ou seja, aquilo que aconteceu após a morte dos filhos de Aharon e os caminhos a serem seguidos agora pelo mesmo. Tudo começa com a seguinte menção: “E falou o IHVH a Moshe, depois da morte dos dois filhos de Aharon, que morreram quando se chegaram diante do IHVH. Disse, pois, o IHVH a Moshe: Dize a Aharon, teu irmão, que não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu, diante do propiciatório que está sobre a arca, para que não morra; porque eu aparecerei na nuvem sobre o propiciatório” (Lv 16:1-2). A primeira coisa que devemos atentar aqui é que o termo que define o Eterno em hebraico é o tetragrama! Novamente devemos esperar que o Eterno se torne aquilo que os israelitas precisariam que Ele se tornasse! No verso 2, novamente temos o tetragrama e uma orientação muito clara da parte do Senhor: que Aharon não entre no santuário em todo o tempo, para dentro do véu! Aqui a palavra “santuário” é qodesh e significa, “separação, santidade, sagrado, santuário”. Haviam outros locais no tabernáculo pelos quais Aharon e seus filhos poderiam transitar livremente! Em português falta uma palavra: bayit, palavra esta que precede o termo qodesh e que significa
Metzora O sarnento Lv 14:1 – 15:33 / II Rs 7:3-20 / Mt 23:16-24:2,30-31 Na Parashá desta semana estaremos tratando sobre as pessoas que possuem lepra e como era feito o ato de sua purificação. Nossa análise começa com o texto: “Depois falou o IHVH a Moshe, dizendo: esta será a lei do leproso no dia da sua purificação: será levado ao sacerdote, e o sacerdote sairá fora do arraial, e o examinará, e eis que, se a praga da lepra do leproso for sarada, então o sacerdote ordenará que por aquele que se houver de purificar se tomem duas aves vivas e limpas, e pau de cedro, e carmesim, e hissopo” (Lv 14:1-4). A primeira coisa que este texto nos mostra é que há uma lei do leproso! A palavra “lei” em hebraico é torah e significa “ensino, lei”. Um outro detalhe é que a palavra “leproso” em hebraico é tsara que significa “sofrer doença de pele, ficar leproso”. Ela provém da raiz tsrk de onde provém também os termos tsorek, que significa necessidade e também tsara´at que significa “doença de maligna da pele, lepra”. Estes termos nos mostram que há um ensino dado pelo Eterno sobre aqueles que foram atingidos pelas doenças malignas na pele (aqui chamadas de “lepra”). Novamente queremos ressaltas que a lepra era sinal de imundície na alma que também precisa
Tazria (Semeai) Lv 12:1–13:59 / II Rs 4:42 – 5:19 / Lc 7:18-35 Na Parasha desta semana estaremos estudando sobre a lepra. Como ela surge e como é identificada na vida dos israelitas. É um fato relevante que a lepra na antiguidade era uma doença considerada como “incurável” e ela trazia muitas e trágicas consequências aos seus portadores, pois havia uma grande associação desta doença com o pecado. A concepção de um filho Esta parashá inicia-se mencionando as leis de uma parturiente com as palavras: “Se uma mulher concebeu uma semente…” O Midrash descreve o momento da concepção: O anjo encarregado da concepção é chamado Laila. Quando o Todo Poderoso deseja que nasça um ser humano, ordena ao Anjo Laila: “Traga-me esta ou aquela neshamá (alma) do Gan Eden!” A alma, entretanto, se ressente por ser desenraizada de sua Divina fonte, e reclama ao Todo Poderoso: “Sou pura e sagrada, conectada à Sua Glória. Por que é necessário que eu seja degradada entrando num corpo humano?” “Não é como diz,” D’us a corrige. “O mundo onde você viverá ultrapassa em beleza aquele de onde você emanou. Foi criada com o único propósito de tornar-se parte de um ser humano, sendo elevado pelos seus atos.” O Todo Poderoso em seguida ordena a alma fundir-se com a semente a qual estava destinada. Mesmo antes do feto estar formado, o
Shemini (Oitava) Lv 9.1 – 11.47 /II Sm 6.1-7.17 / Hb 7:1-19 Na Parashá desta semana estaremos estudando sobre o início do período sacerdotal – de fato – e também sobre os primeiros erros cometidos por homens que quiseram estabelecer o seu padrão sobre o padrão ditado pelo Eterno. Também veremos que o Eterno orienta o seu povo sobre o que Ele considera como “comida”, a fim de acrescentar-lhes uma nova dimensão em sua vida diária. Tudo tem início com a saída de Aharon e de seus filhos do Tabernáculo. “E aconteceu, ao dia oitavo, que Moshe chamou a Aharon e seus filhos, e os anciãos de Israel” (Levítico 9:1). É interessante notarmos que Moshe chama Aharon e seus filhos para fora da tenda da congregação justamente ao oitavo dia! O oito é o número da ressurreição, do novo recomeço. Percebemos isso já na criação, quando o Eterno Criou tudo em seis dias, ao sétimo descansou e no oitavo dia tem início as atividades de Adão no Paraíso! Ou seja, quando o ciclo de sete fecha-se, ao oitavo tudo inicia-se novamente. É quando, após o descanso, dava-se início a uma nova caminhada em todos os aspectos da vida. O reinicio revigorado, agora já com todas as potencialidades recuperadas no dia anterior (shabath). A revelação, a unção e a glória já vieram. Agora o novo homem se levanta