Ieshua era fariseu?

Mário Moreno/ junho 27, 2018/ Teste

Ieshua era fariseu?

P’rushim: vem do hebraico (פרושים), transliterado para o grego é pharisaioi e quer dizer “Separados”, e de forma definitiva em português Fariseus.

Farisaismo: seita religiosa originária dos Chassidim (Piedosos), responsável por manter vivo o zelo pelas Escrituras, e a sua fiel observância como também a das tradições orais; este grupo não permitiu que o estudo e esperança nas profecias messiânicas se perdessem com o tempo, principalmente no período entre a morte do último profeta Zacarias e o Levante Macabeu (167 A.e.c). Ao contrário do que se pensa nem todos os Fariseus eram hipócritas e legalistas cegos, muitos aceitaram os ensinos de Ieshua e o reconheceram como Messias.

Chassidicos: vem do termo hebraico Chassidim (חסידים) que é o plural de Chassid (חסיד) que em português é piedoso. O Movimento Moderno Chassídico tem características pontuais que remetem à origem de tal designação que a partir da volta do exílio Babilônico na época dos Macabeus era dada aos responsáveis pela reestruturação do culto à D-us, e da observância da Lei de D-us dada a Moshé como também das Leis Rabínicas ou as chamadas “Leis de cercas”, instituídas no exílio para preservar a cultura e Tradições Judaicas, o termo Chassídico significa então “justo e piedoso”.

O termo Fariseu significa “separado”, mas não em sentido de ascetismo de se isolar das pessoas, pois os Fariseus eram muito ligados a questão de humanidade, justiça e sociedade.

Separado do mundo portanto tem o sentido de busca de uma Santidade elevada e de purificação se baseando nos preceitos da Lei de D-us, a Torah, que permite àqueles que a seguem, estar no mundo sem se contaminar com ele.

Os Chassidim tiveram uma grande influência no desenvolvimento do judaísmo rabínico e mais tarde no Judaísmo dito Messiânico que era o Judaísmo praticado pelos seguidores de Ieshua.

No Movimento dos fariseus e dos escribas, por seus membros se dedicarem desde muito cedo ao estudo constante da Torah, e por desenvolver uma forma muitos avançada de pedagogia através da exposição e ensinamento das Santas Escrituras, eram conhecidos como Doutores da Lei.

O escribas exerciam o ofício pioneiro de copistas das escrituras hebraicas e os fariseus foram os primeiros a decodificar e interpretar as Santas Escrituras;  por sua preocupação em oferecer ao povo um lugar central para estudo e adoração em substituição do Santo Templo destruído, foi se pavimentando em meio a reuniões em casas privadas  a ideia do que mais tarde foi chamada de Sinagoga ou até hoje chamadas de Beit Knesset (casa de reunião), Beit Tefiláh (Casa de Oração) ou Shul ou ditas casas de estudos.

Os primeiros missionários ou proselitistas eram fariseus, eles andavam por todo Israel e fora de Israel pregando a palavra de D-us. Eles tinham por objetivo conservar a tradição dos patriarcas e ensinar a Lei de D-us aos judeus que haviam sido contaminados com outras culturas e até mesmo aqueles que não queriam saber de mais nada de religião.

Como não poderia ser diferente os membros do movimento farisaico eram pessoas muito zelosas e obedientes à Lei Escrita de D-us, a Torah, procurando sempre doutrinar a todos pelos princípios e ensinamentos bíblicos, e no decorrer de séculos de interpretações e julgamentos se formou uma espécie de jurisprudência, a qual foi organizada pelos escribas e fariseus como num manual de regras e de condutas chamada de Halachá (הלכה) que significa literalmente “modo de andar”.

Eles também conservavam com muito esmero tanto o incentivo como a forma de transmissão de pai para filho de geração em gerações de toda a história do povo judeu e toda a tradição oral.

Os ensinamentos do farisaísmo, como já foi colocado, tiveram grande importância ao expressar à compreensão das escrituras a massa popular de Israel. Os fariseus formavam um grupo de pessoas que falavam a língua do povo, pessoas originarias do meio do povo (agricultores, sapateiros, pedreiros, alfaiates, marceneiros…).

Ieshua (ישוע) e o judaísmo.

Ieshua é judeu, nascido em Beit-Lechem (Belém) na terra de Israel, tem por registro de nascimento o nome hebraico Ieshua Ben Yossef, foi circuncidado no oitavo dia, cresceu e foi educado dentro dos costumes e da tradição da lei e da religião judaica.

Ieshua ao contrário do que muitos pensam e dizem nunca teve problema em guardar a tradição de seu povo e de ser um religioso, ele ia o templo, frequentava sinagogas (casa de estudos), celebrava as festas bíblicas, se vestia como um judeu e se alimentava como um judeu.
É um costume da tradição judaica o menino quando faz 13 anos comparecer diante de um mestre para recitar um trecho da Torah que corresponde o dia que ele nasceu (Bar Mitzvá), Ieshua já com essa idade impressionou os grandes sábios do templo com seu conhecimento a cerca da lei de D-us. A bíblia diz que Ieshua cresceu cheio do Espírito de Sabedoria, pois a graça de D’us estava sobre ele (Lc 2:39-40).

A relação de Ieshua com os Prushim (Fariseus)

O debate sempre foi muito comum entre os judeus, isso nunca foi um ponto de separação entre eles, pelo o contrário, geralmente todos os sábados os judeus frequentavam as sinagogas para debater a respeito das escrituras e da lei de Moshe. Existe até um ditado judaico que diz “onde tem dois judeus, existem pelo menos três opiniões diferentes”.

No tempo de Ieshua existiam muitas correntes dentro do judaísmo. Existiam além dos fariseus e escribas, os essênios, os zelotes, os saduceus, os herodianos, samaritanos e os judeus helenizados. Sem contar que Jerusalém havia sido tomada pelos os romanos e gregos, também tinham pagãos de todo tipo desde os gnósticos até ateus.
Ieshua teve contato com pessoas de vários lugares e de todo tipo de crença possível. O mais intrigante é que a bíblia fundamenta o debate de Ieshua justamente com os que mais conheciam da lei de Moshe (fariseus, escribas e saduceus).

E rogou-lhe um dos fariseus que comesse com ele; e, entrando em casa do fariseu, assentou-se à mesa” (Lc 7:36).

Ieshua era uma figura publica não tinha dificuldades em relacionar com seu povo e em aceitar convites para jantar, ele se assentava com escribas, fariseus, prostitutas, mendigos, pessoas ricas e pobres, centuriões romanos, cobradores de impostos, leprosos e todo tipo de pecadores. As pessoas gostavam de estar com Ieshua, porque além dele ser um grande mestre a sua presença era agradável.

Ieshua pode ter sido um fariseu. Ele frequentava as sinagogas, pregava e ensinava nos dias de sábado, temos até uma passagem no livro de Lucas 4:16-31 que diz que ele leu uma passagem da Tanach em público. Sabemos que isso é uma pratica totalmente farisaica, somente quem é fariseu é que pode fazer isso, caso ele não fosse um dos fariseus, eles jamais deixariam ele entrar, pregar e ler uma passagem dos profetas dentro de uma sinagoga; outro detalhe, Ieshua também acreditava em tudo o que os fariseus acreditavam, as doutrinas de Ieshua era a mesma doutrina dos fariseus, porém as interpretações de Ieshua era diferentes e superiores aquilo que fariseus pregavam.

Ieshua não era contra os fariseus, ele era contra a hipocrisia de alguns fariseus. Ao ponto de dizer no livro de Mateus 23:2-6: “Dizendo: Na cadeira de Moshe estão assentados os escribas e fariseus. Observai, pois, e praticai tudo o que vos disserem; mas não procedais em conformidade com as suas obras, porque dizem, e não praticam. Pois atam fardos pesados e difíceis de suportar, e os põem aos ombros dos homens; eles, porém, nem com o dedo querem movê-los; E fazem todas as obras a fim de serem vistos pelos homens; pois trazem largas filactérios, e alargam as franjas dos seus vestidos, E amam os primeiros lugares nas ceias e as primeiras cadeiras nas sinagogas”.

O texto diz que devemos observar o que os fariseus pregam, porém não copiar o exemplo e as atitudes daqueles fariseus que se assentam na cadeira de Moshe e alongam as franjas das roupas para parecerem mais santos. Ora, se Ieshua fosse contra a doutrina dos fariseus porque ele está mandando os seus discípulos obedecerem aquilo que os fariseus pregavam?

E os que tinham sido enviados eram dos fariseus; e perguntaram-lhe, e disseram-lhe: Por que imerges, pois, se tu não és o Ungido, nem Elias, nem o profeta? João respondeu-lhes, dizendo: Eu imerjo com água; mas no meio de vós está um, a quem vós não conheceis. Este é aquele que vem após mim, que foi antes de mim, do qual eu não sou digno de desatar a correia das sandálias” (João 1:24-27).
Sabemos que João o imersor não era muito simpatizante com os fariseus; estudiosos dizem que ele era um essênio, pois vivia como tal, se alimentava de gafanhotos e de mel silvestre e ainda vivia em comunidades isoladas no deserto.

Os fariseus tinham tanques (Micvá) nas sinagogas, que serviam para rituais de purificação e de Imersão. A briga entre os fariseus e João o imersor se trava justamente neste ponto, pois se João o imersor não era fariseu, não era Elias e tão pouco o Messias. Porque ele estava imergindo as pessoas? Sendo, que os essênios não tinham esse costume. O fato intrigante para os fariseus era o motivo pelo qual João estava imergindo as pessoas e anunciando o tão esperado salvador de Israel. Eles não sabiam que João o imersor tinha recebido a revelação da parte de D-us acerca de quem era o Messias.
Este texto me chamou muita a atenção a respeito do debate de João o imersor com um grupo de fariseus. Ora, se Ieshua não era fariseu porque João o imersor está dizendo aos fariseus que no meio deles está um pelo qual eles não conhecem? João o imersor esta dizendo que no meio dos fariseus está um que ele mesmo não é digno de desatar as sandálias dos pés.

Naquele mesmo dia chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai, e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te” (Lc 13:31).

Este é mais um texto que mostra que nem todos os fariseus eram inimigos de Ieshua. Nesta passagem os fariseus estão alertando Ieshua do plano de Herodes em querer matá-lo.

Assim como hoje existem boas e ruins em todos os segmentos da nossa sociedade (política, religião, comércio…), também naquela época não era diferente, existiram fariseus verdadeiros e justos, assim também como existiram fariseus mentirosos, hipócritas e injustos. Geralmente nós generalizamos todos os fariseus de hipócritas e legalistas justamente porque alguns era um espinho nas sandálias de Ieshua, porém nos esquecemos que também existiram muitos fariseus bons e justos como Nicodemos, Jairo, José de Arimateia, Hillel, Simão, Gamaliel e até mesmo Sha´ul.

E disseram-lhe de entre a multidão alguns dos fariseus: Mestre, repreende os teus discípulos” (Lc 19:39).

Os fariseus reconheciam em Ieshua um grande rabi, que quer dizer mestre. Ora, os fariseus só chamavam de mestre alguém com que eles pudessem aprender acerca daquilo que eles eram e acreditavam. Outro detalhe é que somente os fariseus é que chamavam os seus mestres de rabi ou de rabone. Ieshua foi e era chamado por estes dois títulos (Mt 23:7-8/Jo 1:49).

Os judeus de modo geral tinham no Messias a figura de um rei, um libertador. Jerusalém estava sobre domínio dos romanos e vivendo um grande conflito político e religioso.

Segundo John L. Mackenzie, os fariseus “protestam” quando Ieshua é saudado triunfalmente por seus discípulos e seguidores como um rei. Muitos na multidão imaginam Ieshua dirigindo-se a Jerusalém para proclamar a queda do governador e tomar o poder. Lançam suas vestes diante de Ieshua e de sua dignidade messiânica: Bendito o que vem em nome do Senhor! Hosana nas alturas! Enfim a Judéia voltaria a ser independente, sob o reinado de Ieshua ben Iossef, da dinastia de David, proclamado unanimemente rei de Israel pelo o povo. “Alguns fariseus na multidão dizem: Rabi, repreende os teus discípulos”. Não se trata de um protesto, nem do desejo de hostilizar Ieshua, como escrevem tantos os comentadores. Esses fariseus, “alguns”, estão cientes das consequências trágicas daquela manifestação desafiadora e subversiva a que estavam assistindo nas cercanias do poder local e romano. Poderia acontecer um grande tumulto dentro da cidade com o anuncio de um novo rei. E pior, poderia custar a vida destes que estavam iniciando o tumulto.

Paralelos entre Ieshua e Beit Hillel – Casa de Estudo Farisaica de Cafarnaum:

Orar Pelos Inimigos

se alguém busca te fazer o mal, farás bem em orar por ele” (Testamento de Yosef XVIII.2) – Compare com Mateus 5:44.

A Validade da Torah

Se o mundo inteiro estivesse reunido para destruir o yud, que é a menor letra da Torah, eles não seriam bem-sucedidos” (Shir HaShirim Rabbah 5.11; Vayicrá Rabbah 19). “Nenhuma letra da Torah jamais será abolida” (Shemot Rabbah 6.1).

Compare com Mateus 5:17-18.

A Misericórdia

Aquele que é misericordioso para com os outros receberá misericórdia dos Céus” (Talmud – Shabbat 151b) – Compare com Mateus 5:7.

O Cisco e a Trave

Eles falam ‘Remova o cisco do seu olho?’ Ele retrucará, ‘Remova a trave do seu próprio olho” (Talmud – Baba Bathra 15b).

Compare com Mateus 7:3.

O Que é Lícito no Shabat

É lícito violar um Shabat para que muitos outros possam ser observados; as leis foram dadas para que o homem vivesse por elas, não para que o homem morresse por elas“. Todas as seguintes coisas eram lícitas no Shabat, segundo a escola de Hillel (os p’rushim que debatiam com Ieshua certamente eram da escola de Shammai): salvar vidas, aliviar dores agudas, curar picadas de cobra, e cozinhar para os doentes (Shabat 18.3; Tosefta Shabbat 15.14; Yoma 84b; Tosefta Yoma 84.15).

Compare com Marcos 3:4.

O Shabat Feito para o Homem

o Shabat foi feito para o homem, e não o homem para o Shabat” (Mekilta 103b, Yoma 85b). Além disto, os Rabinos da escola de Hillel frequentemente citavam Hoshea (Oséias) 6:6 para argumentar que ajudar os outros era mais importante do que observar ritos e costumes (Sukkah 49b, Devarim Rabba em 16:18, etc.).

Compare com Marcos 2:27.

Exageros nos Rituais de Purificação

Um rabino da Beit Hillel, Yochanan ben Zakai, contemporâneo de Ieshua, disse: “Na vida não são os mortos que te fazem impuros; nem é a água, mas a ordenança do Rei dos Reis, que purifica“.
Compare com Marcos 7.

Salvação Pela Graça

Os rabinos da escola de Hillel também eram partidários da tese de que é pela graça do Eterno que somos salvos, e não por mérito de obras: “Talvez Tu tenhas grande prazer em nossas boas obras? Mérito e boas obras não temos; aja para conosco em graça.”

(Tehillim Rabbah, 119:123).

A Ressurreição

A Escola de Hillel também teve disputas com Saduceus a respeito da questão da ressurreição dos mortos. Veja o que o rabino Gamaliel, neto de Hillel e contemporâneo de Ieshua, disse, referindo os Saduceus a Devarim (Deuteronômio) 11:21 ou Shemot (Êxodo) 6:4, “…a terra que HaShem jurou dar aos seus pais”, o argumento é lógico e convincente: “Os mortos não podem receber, mas eles viverão novamente para receber a terra ” (Talmud – Sanhedrin 90b).
Compare com Lucas 20:37-38.

O Banquete e o Malchut HaShamayim

O rabino Yochanan ben Zakkai também conta parábola semelhante à de Ieshua, a respeito de convidados de um rei para o banquete Messiânico, ao comentar Yesha’yahu (Isaías) 65:13 e Eclesiastes 9:8 (vide Talmud – Shabbat 153a).

Sede Pacificadores e Amem Uns aos Outros

Sejam discípulos de Aaron, amando a paz e perseguindo a paz, amando as pessoas e as trazendo para perto da Torah” (m.Avot 1:12).
Compare com Mateus 5:9 e João 13:34.

A Regra de Ouro

A “Regra de Ouro” de Hillel, o seu ensinamento mais famoso: “…e [Hillel] disse a ele “Não faça aos outros o que não deseja que façam a você: esta é toda a Torah, enquanto o resto é comentário disto; vai e aprende isto” (b.Shab. 31a).

Esta regra, que era a base de todo talmid (discípulo) da Beit Hillel, é citada explicitamente por Ieshua conforme Mateus 7:12

E complementado o porquê de Ieshua ser um Fariseu, eu listo abaixo os versículos nos quais ele é chamado de Mestre pelos Fariseus e escribas.
Se alguém tiver o mínimo de conhecimento de como são os Rabinos Ortodoxos de hoje, e sabendo que eles são descendentes filosóficos dos Fariseus, verão que tanto um quanto o outro somente se referenciaria a alguém como Mestre, se este fosse seu partidário, bem como convidar alguém para comer em suas casas se este não for de sua linha de pensamento, sendo assim Ieshua teria que ser Fariseu para ter tamanha aceitação e convivência com os Fariseus, até mesmo por ter algumas vezes comido em suas casas.

Ieshua é chamado de Mestre por eles nos seguintes passagens: Mateus 8.19; 12.38; 22.16,24,36: Marcos 5.35; 12.32.
Em Lucas 11.45 eles se magoam com a repreensão daquele que eles chamam de Mestre, e em Lucas 19.39 pedem a intervenção de Ieshua para acalmar os ânimos de seus discípulos.
Vemos em Lucas 5.17 que Ieshua ensina na presença de Fariseus de várias partes de Israel com liberdade como em meio a amigos, partidários, e no fim no versículo 26 os Fariseus glorificam a D-us, mostrando que aceitaram aos ensinos e sinais de Ieshua; em Lucas 6.6-7 ensina numa sinagoga farisaica com liberdade novamente. Em Lucas 19.47-20.1 vemos Ieshua ensinando livremente no Pátio do Templo, e isso somente é possível aos escribas e Fariseus que dominavam o ensino no Templo na época, mostrando mais uma evidência da formação Farisaica de Ieshua.

E por fim o mais ilustre Fariseu da época, e membro do Sinédrio o Mestre Nicodemus, revela a sua admiração por aquele que ele chama de Mestre em João 3.2.

Espero ter elucidado de uma forma Lógica o porquê de Ieshua ter sido um Fariseu.

Temos que nos ater a todos os detalhes dos Evangelhos e em sua totalidade conceitual, para não tirarmos do contexto o que lá está exposto de maneira concisa e histórica.

Ao analisarmos o contexto conseguimos ver Ieshua Histórico mais humano do que divino, que teve que estudar e muito, para chegar ao nível intelectual que chegou, sem menosprezarmos a intervenção da Iluminação do Ruach Ha Codesh (Espirito o Santo) que o capacitou após a imersão com sabedoria do Alto.

Mas vemos assim os traços de onde veio o seus argumentos e habilidade de manejar a Palavra, que em muito se assemelhava com os Sábios de sua época, principalmente os Sábios da Escola Farisaica de Hillel, avô de Gamaliel.

Vemos em Lucas 2:52 “E crescia Ieshua em sabedoria, e em estatura, e em graça para com D-us e os homens”. isto quer dizer o que? Que até diante dos homens ele precisou subir degraus para ser considerado, vemos isso também em Hb 5:8 que diz: “Ainda que era Filho, aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu”; isso mostra que ele teve um trabalho árduo para aprender, sofrendo muitas vezes, mas como eu disse acima, não menosprezando a sabedoria do alto, mas dando ênfase à humanidade de Ieshua ele é um exemplo a ser seguido, como aluno aplicado e como o Mestre dos mestres.

Tradução: Mário Moreno.

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