Parasha Devarim

Parasha Devarim

Devarim (Palavras) Dt 1.1–3.22 / Is 1:1-27 / At 7:51-8:4         Na Parasha desta semana estaremos abordando o início do livro de Deuteronômio, onde Moshe fará seus últimos relatos sobre a história do povo enquanto peregrinavam no deserto. Veremos também reafirmações sobre a Torah e muitos outros detalhes que serão dados ao povo neste período. Nosso texto começa dizendo assim: “Estas são as palavras que Moshe falou a todo o Israel além do Jordão, no deserto, na planície defronte do Mar Vermelho, entre Parã e Tôfel, e Labã, e Hazerote, e Di-Zaabe. Onze jornadas há desde Horebe, caminho do monte Seir, até Cades-Barnéia. E sucedeu que, no ano quadragésimo, no mês undécimo, no primeiro dia do mês, Moshe falou aos filhos de Israel, conforme a tudo o que o IHVH lhe mandara acerca deles. Depois que feriu a Siom, rei dos amorreus, que habitava em Hesbom, e a Ogue, rei de Basã, que habitava em Astarote, em Edrei” (Dt 1:1-4). Este relato traz uma retrospectiva dos fatos que ocorreram desde o momento em que Israel acabara de ver a derrota e morte dos egípcios no Mar dos Juncos. Agora eles estão já no 40° ano de peregrinação pelo deserto, ou seja, o período de provação pelo deserto está realmente no fim… Outro detalhe importante é que já neste período “final” do deserto os israelitas já estavam subjugando seus

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Parasha Maase

Parasha Maase

Maase Partidas Nm 33.1–36.13 / Jr 2:4-28; 3:4; 4:1-2 / Tg 4:1-12         Na Parasha desta semana estaremos falando sobre as jornadas dos filhos de Israel e também sobre as atitudes que eles deveriam tomar para com aqueles cujas terras tomassem. O texto tem início dizendo-nos o seguinte: “Estas são as jornadas dos filhos de Israel, que saíram da terra do Egito, segundo os seus exércitos, sob a direção de Moshe e Aharon. E escreveu Moshe as suas saídas, segundo as suas jornadas, conforme ao mandado do IHVH; e estas são as suas jornadas, segundo as suas saídas. Partiram, pois, de Ramessés no primeiro mês, no dia quinze do primeiro mês; no dia seguinte da páscoa saíram os filhos de Israel por alta mão, aos olhos de todos os egípcios, enquanto os egípcios enterravam os que o IHVH tinha ferido entre eles, a todo o primogênito, e havendo o IHVH executado juízos também contra os seus deuses” (Nm 33:1-4). A primeira coisa que percebemos aqui é que Moshe fará uma retrospectiva das jornadas do povo de Israel pelo deserto! Aqui a palavra “jornadas” vem do termo hebraico mahalak que significa “caminhada, jornada”. Outra informação diz respeito aos que “saíram da terra do Egito, segundo seus exércitos”. Essas pessoas já saíram do Egito como guerreiros que viriam a compor os exércitos de Israel. Aqui a palavra “exércitos” vem do

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O mês de Av

O mês de Av

O mês de Av Segundo o Sêfer Yetzirá, cada mês do ano judaico tem uma letra do alfabeto hebraico, um signo do Zodíaco, uma das doze tribos de Israel, um sentido e um membro controlador do corpo que correspondem a ele. O mês hebraico de Av (ou Menachem-Av, o consolador de Av), é o quinto dos doze meses do calendário judaico. O nome Av literalmente significa “pai”. É derivado do radical que significa “querer” ou “desejar”. É o mês do “ponto baixo” do calendário judaico (o 9 de Av, o dia do pecado dos espiões e a destruição tanto do primeiro quanto do segundo Templos em Jerusalém) bem como o mês do “ponto alto” do calendário judaico (o 15 de Av – “não existe dia mais feliz para Israel que o 15 de Av e Yom HaKippurim” (Mishná Ta’anit 26) – o dia de encontrar a alma gêmea predestinada). Isso está de acordo com o ensinamento de Nossos Sábios de que “Mashiach nasce a 9 de Av”. Relativamente a todas as outras almas de Israel, a alma de Mashiach, que vem para redimir Israel de seu estado de exílio (tanto físico quanto espiritual), é como um noivo para sua noiva. Após seu nascimento em 9 de Av, ele se revela a sua noiva e se compromete com ela a 15 de Av. Letra: tet A letra tet, que

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O Tempo do Trigo

O Tempo do Trigo

O Tempo do Trigo “Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou” (Cohelet/Eclesiastes 3:2). A passagem supracitada é bastante pertinente para a ocasião de Chag haShavu’ot (a Festa das Semanas), pois a Torah afirma: “Sete semanas contarás; desde o dia em que começares a meter a foice na seara, começarás a contar as sete semanas” (Devarim/Deuteronômio 16:9). E ainda: “Também guardarás a festa das semanas, que é a festa das primícias da ceifa do trigo, e a festa da colheita no fim do ano” (Shemot/Êxodo 34:22). Chag Shavu’ot era conhecida por esse nome (festa das semanas) porque a colheita do princípio da primavera, cujo principal elemento era a cevada, durava justamente cerca de sete semanas. Após isso, começava a colheita do trigo, cujas primícias eram entregues na ocasião de Chag Shavu’ot (festa das semanas). Sendo assim, Shavu’ot marca o fim de um ciclo, e o começo de outro ciclo. E a simbologia do número 7, que na Bíblia está associado à plenitude, reforça essa ideia. Após as sete semanas, um novo ciclo se inicia com a colheita do trigo. O interessante é que a palavra hebraica para a cevada é seorah (שערה), cuja raiz (שער) significa “cabelo” ou “pelo”. O nome é derivado do fato de que as espigas de cevada são bastante fibrosas, o que concede

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Pensando na Colheita

Pensando na Colheita

Pensando na Colheita “Cada um se fartará do fruto da sua boca, e da obra das suas mãos o homem receberá a recompensa” (Mishlei/Provérbios 12:14). O princípio evocado por Shlomo (Salomão) é de grande importância para a nossa saúde espiritual. Nem sempre nos damos conta do quanto as nossas palavras podem influenciar as nossas vidas, para o bem ou para o mal. O princípio da reciprocidade, que na física é chamado de lei da ação e reação, é algo que a Bíblia atesta em inúmeros lugares, tais como: “Se alguém leva em cativeiro, em cativeiro irá; se alguém matar à espada, necessário é que à espada seja morto” (Ap 13:10). Como esse princípio da reciprocidade, da ação e reação, se aplica às nossas palavras? É aí que entra a sabedoria de Shlomo (Salomão) que nos diz que seremos alimentados espiritualmente a partir das nossas palavras e ações. Isso pode acender a luz amarela para alguns tipos de pessoa: O primeiro tipo é aquela pessoa que se ocupa de se preocupar com o andamento da vida do outro. Ocupa-se de dar palpites sobre a vida espiritual de terceiros. Saibam as pessoas que plantam palavras que de conteúdo constrangedor e julgador que em suas vidas espirituais colherão juízo e constrangimento. Isso significa que podem adoecer, sob o jugo da sua própria severidade, que se volta contra ele próprio. Este princípio

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Parasha Matot

Parasha Matot

Matot Ramos Nm 30.2–32.42 / Jr 1:1 – 2:3 / At 9:1-22         Na Parashá desta semana estaremos bordando o tema do voto que é feito por alguém.Também falaremos sobre a divisão dos despojos de guerra e do pedido de duas tribos para estabelecerem-se onde eles estavam, aquém do Jordão. O nosso texto tem início com estas palavras: “E falou Moshe aos cabeças das tribos dos filhos de Israel, dizendo: Esta é a palavra que o IHVH tem ordenado. Quando um homem fizer voto ao IHVH, ou fizer juramento, ligando a sua alma com obrigação, não violará a sua palavra: segundo tudo o que saiu da sua boca, fará” (Nm 30:1-2). Moshe dá início ao seu discurso falando sobre o voto que era feito por um homem. A palavra “voto” vem do termo hebraico neder e significa “voto, oferta votiva”. A raiz tem a conotação do ato de consagrar verbalmente (dedicar ao serviço) a D-us. Este voto era feito “ao Senhor”, sendo que aqui a palavra que define o Eterno é IHVH (Eu me torno aquilo que me torno). Mas. O que significa isso? Isso significa que o Eterno se tornaria aquilo que aquele homem lhe houvesse pedido através desta “consagração”; caso ele não cumprisse, então receberia certamente algo que ele mesmo não estava esperando! Mas, porque isso aconteceria? Por que o Eterno permitiria que essa pessoa fosse

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As fronteiras da vida.

As fronteiras da vida.

As “fronteiras” da vida. “Acima de tudo guarde o seu coração, porque dele procedem as fronteiras da vida” (Pv 4:23). Portanto desde que o coração (isto é; emoções, sentimentos e desejos) é o “motor” que incita à vida, é vital que atender às necessidades do coração (לב), a fim de sermos pessoas saudáveis ​​… Note e observe que a palavra hebraica mishmar refere-se ao ato de vigiar alguém muito de perto, como um guarda prisional vigiando um prisioneiro. A frase traduzida como ‘Acima de tudo guarde’ (micol mishmar –מכל משׂמר) alude, literalmente, “mais do que qualquer coisa que possa ser guardada”, e é usado aqui, para intensificar o mandamento de exercer vigilância sobre as emoções, sentimentos e desejos (isto é; o coração). Esta é uma questão de prioridade da vida. Estamos quase sempre prontos para errar em nossas afeições, e, portanto, facilmente o coração (isto é; emoções, sentimentos e desejos) fica dividido, obstruído, e passível de fracasso… apesar de sua fragilidade, porém, a partir dele são as totze’ot chayim(תּוֹצְאוֹת חַיִּים) , ou seja, as “fronteiras” e os problemas da vida. Nas Escrituras Sagradas, a palavra totze’ot é usada para se referir às fronteiras de um território ou o limite de uma cidade. Em outras palavras, a partir do coração (isto é; emoções, sentimentos e desejos) o “mapa” ou a “geografia” de nossa vida está sendo desenhada, e que expressa

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