O Agir do Eterno

O Agir do Eterno

O Agir do Eterno Eliyahu HaNavi (Elias, o profeta) estava angustiado. Tudo à sua volta havia se quebrado. O seu povo, seus próprios familiares, haviam abandonado o caminho do Eterno. E pior: Haviam perseguido até a morte aqueles que ainda se professavam como seguidores das Escrituras. A terra onde ele nascera, e crescera, já não era mais a mesma. Ele praticamente não conseguia reconhecer mais nada, talvez nem mesmo aqueles a quem ele amava, e que o retribuíam com ódio, e buscavam ceifar sua vida. Pode-se dizer que o mundo em volta de Eliyahu ruiu. Ele perdeu completamente o referencial, e se sentia totalmente desorientado, deprimido, sem nenhuma esperança. Ao ponto de dizer ao Eterno: “Agora basta, IHVH! Retira-me a vida, porque não sou melhor que meus pais.” (Melachim Alef/1 Reis 19:4) Imagine a frustração que vivia Eliyahu. Sua angústia, sua decepção, e sua vontade de não fazer mais nada, a não ser esperar a morte chegar. Esse era o cenário em que Eliyahu se encontrava. No mais profundo dos abismos. Mas, quando isso aconteceu? Foi justamente após uma grande vitória que ele teve contra os 850 falsos profetas que ameaçavam Israel que eram pagos por Jezabel para incitarem a nação a abandonarem ao IHVH. Sua vitória não foi somente “física”; no reino do espírito houve uma grande derrota das hostes malignas que nada puderam fazer quando o

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Parasha Pinehas

Parasha Pinehas

Pinehas Nm 25:10–29:40 / I Rs 18:46 – 19:21 / Jo 2:13-25         Na Parasha desta semana estaremos abordando como a atitude do sacerdote Finéias contra os inimigos do Eterno; também veremos que o Eterno ordena que os sacerdotes sejam contados e veremos a lei das divisões (heranças). Nosso texto começa com os seguintes versos: “Então o IHVH falou a Moshe, dizendo: Finéias, filho de Eleazar, o filho de Aharon, sacerdote, desviou a minha ira de sobre os filhos de Israel, pois foi zeloso com o meu zelo no meio deles; de modo que, no meu zelo, não consumi os filhos de Israel. Portanto dize: Eis que lhe dou a minha aliança de paz; e ele, e a sua descendência depois dele, terá a aliança do sacerdócio perpétuo, porquanto teve zelo pelo seu Elohim, e fez expiação pelos filhos de Israel” (Nm 25:10-13). A atitude de Finéias foi, na opinião de algunas, inclusive muito violenta, mas quanto à sua motivação ela foi correta, pois quando Finéias mata aquele casal que estava à caminho de prostituir-se, então ele estava fazendo algo que aplacaria a “ira” do Eterno! A palavra hema em hebraico significa “calor, desprazer intenso, indignação, ira, raiva veneno”. Esta palavra indica o rubor intenso do rosto quando alguém sente-se com raiva por causa de uma determinada situação. O resultado da ira é muitas vezes uma atitude radial

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Soldados da Torah e soldados de Mishkan

Soldados da Torah e soldados de Mishkan

Soldados da Torah e soldados de Mishkan Chumash Bamidbar [o livro dos Números] relaciona a conta da longa jornada do povo judeu através do deserto, do Monte Sinai até os portões da terra prometida. Depois de uma permanência prolongada antes de Monte Sinai, onde recebemos a Torah e onde o Mishkan (Tabernáculo) foi construído, Parasha Bamidbar começa com os preparativos rigorosos para a viagem à frente, conduzido com um espírito militar. Como um censo é tomado de todos os filhos de Israel e do campo é organizado de acordo com seus signos, o povo judeu literalmente se tornar o exército de Deus. O Zohar nos ensina que, O mundo não estava completo até que o povo judeu recebeu a Torah no Monte Sinai e o Mishkan foi construído. Então os mundos foram solidificados e completados, e os [mundos] superiores e os mais baixos [mundos] foram banhados em uma fragrância gloriosa. Uma vez que a Torah e o Mishkan foram estabelecidos, o Todo-Poderoso desejava tomar um censo dos soldados da Torah; quantos soldados da Torah estavam lá, quantos soldados do Mishkan estavam lá. Neste ponto da história, todo o povo judeu se alistou para a vida no exército de D-us, e o Zohar revela que o censo foi de fato duplo, enumerando quantos “soldados da Torah” e quantos ” soldados do Mishkan ” havia entre as pessoas. Qual é o significado desta distinção? Dois

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Uma comunidade que conta

Uma comunidade que conta

Uma comunidade que conta “Quando você toma um censo dos filhos de Israel…” (Ex 30:12) O agrupamento de certas leis ou eventos em uma Parasha é indicativo de que uma ideia ou mensagem comum está sendo expressa por essa alocação. A Parasha desta semana começa com o censo que foi conduzido no deserto. Uma vez que é proibida a contagem de judeus por numeração deles, o povo foi chamado para contribuir com um meio-shekel cada, que foi posteriormente contabilizado, permitindo assim o recenseamento a ser concluído de acordo com Halakha. A terminologia usada para o censo é “Ki tisa”, que literalmente significa “quando você eleva“. O que é edificante sobre a noção de ser contado? A Torah então registra a construção e função da pia que estava no pátio do Mishkan. Esta grande bacia de cobre foi colocada sobre uma bancada, cheia de água e usada pelo Cohanim para lavar as mãos e os pés antes de executar o serviço [Ex 30:17]. As duas parashiot anteriores lidam com a construção e função dos vasos sagrados. Por que a Torah atrasa a menção da pia e sua base até a Parasha desta semana? O capítulo conclui com Moshe sendo instruído a formular o composto de especiarias necessárias para ungir o Cohanim, o Mishkan e os vasos e os “Ketores” – “incenso”, um composto separado, composto de especiarias perfumadas para

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Ieshua era fariseu?

Ieshua era fariseu?

Ieshua era fariseu? P’rushim: vem do hebraico (פרושים), transliterado para o grego é pharisaioi e quer dizer “Separados”, e de forma definitiva em português Fariseus. Farisaismo: seita religiosa originária dos Chassidim (Piedosos), responsável por manter vivo o zelo pelas Escrituras, e a sua fiel observância como também a das tradições orais; este grupo não permitiu que o estudo e esperança nas profecias messiânicas se perdessem com o tempo, principalmente no período entre a morte do último profeta Zacarias e o Levante Macabeu (167 A.e.c). Ao contrário do que se pensa nem todos os Fariseus eram hipócritas e legalistas cegos, muitos aceitaram os ensinos de Ieshua e o reconheceram como Messias. Chassidicos: vem do termo hebraico Chassidim (חסידים) que é o plural de Chassid (חסיד) que em português é piedoso. O Movimento Moderno Chassídico tem características pontuais que remetem à origem de tal designação que a partir da volta do exílio Babilônico na época dos Macabeus era dada aos responsáveis pela reestruturação do culto à D-us, e da observância da Lei de D-us dada a Moshé como também das Leis Rabínicas ou as chamadas “Leis de cercas”, instituídas no exílio para preservar a cultura e Tradições Judaicas, o termo Chassídico significa então “justo e piedoso”. O termo Fariseu significa “separado”, mas não em sentido de ascetismo de se isolar das pessoas, pois os Fariseus eram muito ligados a questão de humanidade, justiça

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Parasha Balaq

Parasha Balaq

Balaq Nm 22.2–25.9 / Mq 5:6 – 6:8 / Rm 11:25-32         Na Parasha desta semana estaremos estudando sobre Bil´am e Balaq e sobre a impossibilidade de se amaldiçoar a Israel quando o Eterno assim não o deseja! Nosso texto tem início com as seguintes palavras: “Vendo, pois, Balaq, filho de Zipor, tudo o que Israel fizera aos amorreus, Moabe temeu muito diante deste povo, porque era numeroso; e Moabe andava angustiado por causa dos filhos de Israel. Por isso Moabe disse aos anciãos dos midianitas: Agora lamberá esta congregação tudo quanto houver ao redor de nós, como o boi lambe a erva do campo. Naquele tempo Balaq, filho de Zipor, era rei dos moabitas” (Nm 22:2-4). Neste trecho percebemos a notável preocupação de um rei moabita quando à congregação do povo de Israel que estava em peregrinação pelo deserto e conseqüentemente deveriam também vence-los, assim como já haviam feito com outros povos em outras oportunidades! Os moabitas são descendentes de Moabe, palavra que significa “família de um pai”. Eles são o resultado de um ato pecaminoso, pois eles procedem de uma das filhas de Lot, que, com a morte de sua mãe quiseram perpetuar o nome de sua família e coabitaram com seu próprio pai e como conseqüência nasceram dois filhos, sendo um deles Moabe. Sua preocupação era tão grande – e vemos isso no comentário que

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